Áureo Castro
Áureo da Costa Nunes e Castro (Candelária, 18 de janeiro de 1917 – Macau, 21 de janeiro de 1993) foi um padre católico, compositor, músico e professor português.[1]
Áureo Castro | |
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Nome completo | Áureo da Costa Nunes e Castro |
Nascimento | 18 de janeiro de 1917 Candelária, Portugal |
Morte | 21 de janeiro de 1993 (76 anos) Macau, Portugal |
Nacionalidade | português |
Ocupação | Padre, compositor, músico e professor |
Religião | Catolicismo |
Biografia
editarÁureo Castro estabeleceu-se na então colónia portugesa de Macau a 15 de setembro de 1931, aos catorze anos entrou para o Seminário Diocesano de São José, onde estudou teoria, solfejo e harmonia com os padres Wilhelm Schmid e António André Ngan. A 8 de setembro de 1943, Áureo Castro foi ordenado sacerdote.[2]
Áureo foi professor no Seminário Diocesano de São José e capelão e vigário na Igreja da Sé. Posteriormente, foi nomeado pároco da Igreja de São Lourenço e foi diretor do semanário católico O Clarim.[3][4] Áureo foi também professor de canto coral e religião e moral no Liceu de Macau e na Escola Comercial Pedro Nolasco.[2]
Em 1951, Áureo viajou a Lisboa para estudar música no Conservatório Nacional de Lisboa, onde também estudou canto e piano com Ans Biermann, Arminda Correia e Jorge Croner de Vasconcelos (1910-1974).[2] Foi também assistente do musicólogo e regente português Mário de Sampayo Ribeiro (1898-1966) no coro da Universidade de Lisboa. Licenciou-se com distinção em composição musical no ano de 1958. Em Portugal, completou a "Sonata n.º 1, Três Corais sobre Melodias Gregorianas", "Sonata n.º 2, Sonatina n.º 1" e a "Sonatina n.º 2 Te Deum" para coro e órgão, que estrearam na Igreja de São João de Deus em Lisboa. Quando regressou a Macau, promoveu o canto religioso e em 1957 fundou o "Grupo Coral Polifónico". Em 1962, juntamente com César Brianza, fundou a "Academia de Música de São Pio X", uma organização de ensino subordinada à Diocese de Macau. Durante muitos anos, foi director da referida Academia.[2]
A suite para piano infantil "Danças da Siu Mui-Mui", foi composta entre 1967-68 e publicada em Hong Kong no ano de 1971.
Em 1983, fundou a Orquestra de Câmara de Macau com o compositor britânico Stuart Bonner[3][5] e um grupo de músicos amadores da Academia de Música de São Pio X, sendo mais tarde incorporada no Instituto Cultural de Macau.
Foi condecorado duas vezes com a Medalha de Mérito Cultural pelo Governo de Macau, em 1987 e 1990.[6]
Áureo morreu a 21 de janeiro de 1993, aos setenta e seis anos, no Complexo Hospitalar Conde de São Januário, em Macau, e foi sepultado no Cemitério de São Miguel Arcanjo.
Referências
- ↑ Jr., Gabriel Baguet. «Percursos e trajectórias de uma História: A Música em Macau na Transição de Poderes». Instituto Camões: 92. Consultado em 13 de agosto de 2016
- ↑ a b c d «Áureo Castro: Uma nota biográfica». Fazendo. Consultado em 13 de agosto de 2016
- ↑ a b Rangel, Jorge Alberto Hagedorn (4 de janeiro de 2016). «Pe. Áureo Nunes e Castro recordado em livro do IIM». Jornal Tribuna de Macau
- ↑ «Padre Áureo homenageado no FAM». O Clarim. 29 de maio de 2015
- ↑ Lusa (21 de março de 2012). «Orquestra chinesa de Macau em três palcos portugueses». Diário de Notícias
- ↑ «João Guedes assina biografia sobre Áureo Castro». Ponto Final. 7 de janeiro de 2016
Leitura adicional
editar- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Aureo Castro», especificamente desta versão.
- «Publicada em Macau biografia do padre Áureo e Castro». Revista MACAU. 7 de janeiro de 2016
- Rangel, Jorge Alberto Hagedorn (25 de janeiro de 2016). «Áureo Castro – o músico e o pedagogo». Jornal Tribuna de Macau
- Mesquita, Catarina (4 de maio de 2015). «Áureo Castro, o padre "que rezava a cantar"». Ponto Final