Étienne Roda-Gil
Étienne Roda-Gil (nascido Estèva Roda i Gil, Montauban, 1º de agosto de 1941 - Paris, 28 de maio de 2004) foi um dos mais famosos letristas franceses, autor do êxito de Vanessa Paradis, Joe le Taxi.
Étienne Roda-Gil | |
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Nome completo | Esteve Roda i Gil |
Nascimento | 1 de agosto de 1941 Montauban |
Morte | 28 de maio de 2004 (62 anos) Paris |
Nacionalidade | Francesa |
Ocupação | Escritor, poeta, letrista |
Magnum opus | Joe le Taxi |
Biografia
editarÉtienne Roda-Gil nasce no campo de refugiados de Réalville, em França. Era filho de Antonio Roda Vallès, operário de tipografia e comissário político comunista cujos ideais foram herdados por Roda-Gil, e Leonor Gil Garcia, ambos espanhóis, catalães republicanos exilados. Sofre alguma xenofobia pela sua origem ao entrar para a escola, quando a família se muda para um apartamento num subúrbio de Paris. Ao leccionar o Liceu Henri IV, os seus professores, tal como Jean-Louis Bory, acordam nele a paixão pela literatura, conhecendo a obra de poetas como Federico García Lorca, Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud, Stéphane Mallarmé, entre outros. [1][2][3][4][5]
Roda-Gil é chamado ao serviço militar em 1959, durante a guerra de independência Argelina, mas foge para Londres, onde se torna uma figura conhecida no Soho. Regressa a Paris em 1968, onde trabalha como delegado de informação médica, e conhece Julien Clerc, que o convence a escrever a letra para uma canção, que se há-de tornar La Cavalerie, um dos primeiros êxitos de Clerc. Os dois tornam-se amigos e colaboradores durante uma década. Escrevem canções como La Californie, Ce n'est rien, Niagara, Si on chantait?, e This Melody. Roda-Gil começa a ser conhecido internacionalmente, e a escrever para artistas dentre os quais de destacam Mort Shuman, Juliette Gréco e France Gall, entre outros. Colabora ainda com Roger Waters e Andrzej Żuławski.[1][3]
Em 1987, escreve Joe le taxi, inspirado pelas experiências da taxista Maria José Leão dos Santos na noite parisiense.[6] Esta música fica conhecida mundialmente pela voz de Vanessa Paradis, e será novamente um êxito pela mão de 2 Many DJs.[3]
Para Gréco escreve uma série de canções que irão formar o álbum homónimo, em 1993. Escreve no total mais de 700 canções para artistas como Johnny Hallyday, Claude François, Françoise Hardy, Patricia Kaas, Julio Iglesias etc.[2][3]
Étienne Roda-Gil morreu em Paris no dia 28 de maio de 2004, aos 62 anos, de um acidente vascular cerebral.[3]
Reconhecimento
editar- Vence o Grand Prix de La Chanson da Société des Auteurs, Compositeurs et Éditeurs de Musique (SACEM) em 1989
- On l'appelait Roda, um documentário sobre a sua vida, realizado por Charlotte Silvera, é produzido em 2018[7]
Referências
- ↑ a b Kirkup, James (3 de junho de 2004). «Etienne Roda-Gil». The Independent (em inglês). Consultado em 10 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 17 fevereiro 2022
- ↑ a b Déserts, Sophie des (24 de fevereiro de 2015). «Étienne Roda-Gil et l'héritage sous clé». Vanity Fair (em francês). Consultado em 10 de janeiro de 2024
- ↑ a b c d e Perrin, Ludovic. «Si on chantait...». Libération (em francês). Consultado em 10 de janeiro de 2024
- ↑ «Etienne Roda Gil» (em inglês). 11 de janeiro de 2024. ISSN 0140-0460. Consultado em 11 de janeiro de 2024
- ↑ Aspar, Camille (1 de janeiro de 2010). «Les Républicains espagnols en France : l'engagement politique de l'exil républicain espagnol en France de 1939 aux années 2000.». Consultado em 11 de janeiro de 2024
- ↑ Schaller, Nicholas (5 de março de 2019). «"Joe le taxi", c'était elle» . L'Obs (em francês). Consultado em 10 de janeiro de 2024
- ↑ «On l'appelait Roda, l'homme de paroles» . Le Figaro (em francês). 29 de outubro de 2018. Consultado em 11 de janeiro de 2024
Ligações externas
editar- (em francês) Biografia