Évora (navio)
O navio Évora é uma embarcação histórica, que assegurou os serviços fluviais da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses entre o Barreiro e Lisboa, em Portugal, entre 1931 e 1975.[1] Foi remodelada no Século XXI, passando a ter funções turísticas.[2]
Évora | |
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Navio Évora, em Abril de 2018. | |
Construção | Friedrich Krupp AG |
Lançamento | 1931 |
Características gerais | |
Tipo de navio | Ferry-boat |
Comprimento | 36,53 m |
Boca | 8,04 m |
Pontal | 2,88 m |
Calado | 1,80 m |
Propulsão | Motor a gasóleo |
Passageiros | 240 |
História
editarEm 1931, o Conselho de Administração da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses aprovou um contracto com a casa alemã Fried Krupf A. G. Germaniawert, para o fornecimento de um navio a gasóleo, que deveria ser utilizado nos serviços fluviais entre Lisboa e o Barreiro.[3] Foi parcialmente construído com placas removidas de tanques da Primeira Guerra Mundial.[4]
Foi construído[4] e entregue no mesmo ano, tendo sido a primeira embarcação fluvial em Portugal a utilizar um motor a gasóleo,[1] providenciando uma viagem mais rápida e confortável do que as antigas embarcações a vapor.[4] Terá sido igualmente o primeirao navio no mundo a utilizar hélices em aço inoxidável.[4] Foi considerado o melhor barco deste género na sua época, devido à sua rapidez e conforto para os passageiros.[1] Foi abatido ao serviço nos finais de 1975.[1] Durante vários anos foi utilizado como adega, tendo albergado várias pipas para a conservação de milhares de litros de vinho moscatel roxo.[4]
Foi remodelado e redecorado em 2004, para fazer viagens de turismo, ao serviço da empresa Turisbuilding.[2] Em 2017 foi comprado pela empresa Seaventy, tendo sido alvo de novas obras de remodelação.[4]
Descrição
editarApós a remodelação de 2004, passou a ter 36,53 m de comprimento, 8,04 m de boca, um pontal de 2,88 m, e um calado médio de 1,80 m.[2] A arqueação bruta era de 282 t, podendo transportar 240 passageiros.[2] Depois das obras de 2017, passou a dispor de três decks: um porão, que serviu de adega, um deck interior, que alberga um bar e um espaço polivalente que pode servir de restaurante, sala de exposições ou espaço para reuniões; e um deck exterior, que é formado por um bar e uma esplanada de múltiplas funções.[4]
Ver também
editarReferências
Bibliografia
editar- REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X