Úbios (em latim: Ubii) foram uma tribo germânica mencionada pela primeira vez na história como habitando a margem direita do rio Reno no século I a.C.. O líder romano Júlio César formou com eles uma aliança militar em 55 a.C., como maneira de poder atacar alvos na outra margem do rio. Em 39 a.C. foram relocados para a margem esquerda por Marco Vipsânio Agripa, aparentemente a próprio pedido, por temerem as incursões de seus vizinhos, os Catos.[1]

Uma colônia para veteranos romanos foi fundada ali em 50 sob a patronagem da neta de Agripa, Agripina, a Jovem,[2] ela própria nascida em Ara dos Úbios (Ara Ubiorum), capital dos úbios. O estatuto de colônia garantia diversos privilégios a seus habitantes,[3] e a cidade passou a ter o nome completo de Colônia Cláudia Ara Augusta Agripinênsio, origem do seu nome atual, Colônia.

Os Úbios também habitavam Bona, terra dos Eburões.

Os Úbios permaneceram sendo aliados leais de Roma; foram fundamentais na combate à revolta dos batavos de 70 e estiveram entre os federados que apoiaram as tropas romanas combatendo na Panônia durante as Guerras Marcomanas, em 166-67. Parecem ter sido romanizados, a tal ponto que adotaram o nome de agripenses (Agrippenses), em honra ao seu "fundador",[4] e sua história posterior passa a ficar misturada com a de outros francos no panorama geral do leste da Gália.

Interações com os romanos

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Distribuição dos úbios por volta de 30

Em 55 a.C. Júlio César preparava-se para uma invasão da Britânia, quando diversas tribos germânicas, incluindo os úbios,[5] cruzaram o rio Reno. Este movimento populacional incluiu as tribos de Tencteros e Usípetes que procuravam terras seguras, depois de serem expulsos pelos suevos. César, preocupado que conflitos militares pudessem eclodir na região e ocupar parte das tropas destinadas à invasão, marchou rumo ao Reno, onde se encontrou com embaixadores das tribos germânicas e lhes ofereceu terras em conjunto com os Úbios e uma aliança contra os Suevos.

Localização

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Quando os romanos chegaram, várias tribos foram localizados na região dos Países Baixos, que residiam nas partes habitáveis mais altas, especialmente no leste e sul. Essas tribos não deixaram registros escritos. Todas as informações conhecidas sobre elas durante este período pré-romano é baseada no que os romanos, mais tarde, escreveram sobre as mesmas.

 
O local aproximado (hoje Holanda) onde as tribos germânicas se assentaram no séc. I. Os limites exatos são desconhecidos entretanto, e H a M em particular, não devem ser considerados como representações exatas

As tribos mostrado no mapa à esquerda são:

Outros grupos tribais não mostrados neste mapa, mas associado com a Holanda são:

Referências

  1. Smith, William. A Dictionary of Greek and Roman Geography s.v. "Colonia Agrippina".
  2. Tácito, Anais 12.27.1-2.
  3. Barrett, Anthony A. (1996). Agrippina: Sex, Power, and Politics in the Early Empire, New Haven e Londres: Yale.
  4. Tácito, Germânia c.28 e Histórias, iv.28 (mencionado por Smith, loc. cit.).
  5. Dião Cássio, livro 39, discutindo as ações de César em 55 a.C., apresenta uma motivação e uma sequência de eventos ligeiramente diferentes: "os úbios, cuja terra fazia fronteira com os sugambros, e que estavam em conflito com eles, invocaram seu auxílio" ("the Ubii, whose land was coterminal with the Sugambri and who were at variance with them, invoked his aid"; texto on-line) e César acabou cruzando o Reino; esta é a única menção que Dião faz dos úbios.

Ligações externas

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