1.ª Brigada Mista

A Primeira Brigada Mista (Espanhol: 1.ª Brigada Mixta), também conhecida como Brigada Lister,[1] era uma brigada mista do Exército Republicano Espanhol na Guerra Civil Espanhola. Foi dissolvida em 9 de Fevereiro de 1939.

1ª Brigada Mista
Primera Brigada Mixta

Estandarte da 11ª Divisão do Exército Popular da República do qual a 1ª Brigada Mista fazia parte
País Segunda República Espanhola Espanha
Subordinação 11ª Divisão (1936-1939)
Missão Defesa
Tipo de unidade Brigada Mista
Ramo Exército Republicano Espanhol
Denominação Brigada Lister
Período de atividade 1936–1939
História
Guerras/batalhas Guerra Civil Espanhola
Logística
Efetivo Quatro batalhões:
1º, 2º, 3º e 4º
Comando
Comandantes
notáveis
Enrique Líster
Sede
Guarnição Madrid

História

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A Primeira Brigada Mista foi estabelecida a partir do Quinto Regimento em 10 de Outubro de 1936, em Alcalá de Henares, como resultado da reorganização das forças Armadas Republicanas Espanholas.[2] Foi colocada sob o comando do comandante Comunista Enrique Líster.[3][4] A primeira ação de combate da Primeira Brigada Mista foi a Batalha de Seseña. Sofreria muitas perdas na Batalha de Brunete, incluindo o seu comandante de brigada Cubano, Alberto Sánchez, bem como um grande número de oficiais e o Chefe de Estado Maior Emilio Conejo. Mais tarde, a Primeira Brigada Mista veria ação na Ofensiva de Aragão, na Batalha do Ebro e na Ofensiva da Catalunha.

Frente Central

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Mapa do ataque Republicano em Brunete. 6 - 11 de Julho de 1937.[5]

Durante o Cerco de Madrid, foi colocada em Vallecas,[6] onde, com grandes perdas, ajudou a repelir os ataques do Exército da África contra a capital. Após este combate, foi transferido para a margem esquerda do Rio Manzanares. Naquela época o seu tamanho cresceu para oito batalhões, sendo então dividida quando a 1.ª Brigada Bis foi estabelecida. A 1.ª Brigada Bis seria mais tarde renomeada como 9ª Brigada Mista.

Em 19 de Fevereiro, a Primeira Brigada Mista foi enviada para atacar o Cerro de los Ángeles, onde os rebeldes haviam estabelecido as suas posições e estavam a atirar contra a área circundante, mas, embora conseguisse ganhar algum terreno, o ataque fracassou.

Em 3 de Fevereiro, atacou as posições rebeldes em Villaverde, mas voltou para a capital para participar da Batalha de Jarama. No dia 8 de Fevereiro, estava perto de Vaciamadrid, onde em 19 de Fevereiro começou um assalto no monte El Pingarrón ; lá ocupou as trincheiras inimigas em quatro ocasiões, sendo finalmente repelida em todos os ataques. Durante os combates em Jarama muitos oficiais - incluindo todos os comandantes de batalhão - bem como um grande número de soldados foram mortos e a unidade teve que ser reconstituída na retaguarda.

Em Março de 1937 a brigada participou com sucesso na Batalha de Guadalajara e em Abril foi enviada novamente para atacar o Cerro de los Ángeles, terminando novamente em fracasso. Em Maio, participou de uma pequena operação ofensiva a sul de Toledo.

Em 5 de Julho, a Primeira Brigada Mista infiltrou-se nas linhas rebeldes perto de Brunete. Dois dias depois ocupou Villanueva de la Cañada e continuou o avanço. Mas no final do mês teve que recuar, junto com os remanescentes da 11ª Divisão.

Frente de Aragão

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Após um breve período de descanso, a brigada foi transferida para Aragão, juntamente com o resto do V Corpo Militar. Em 24 de Agosto, participou na Ofensiva de Saragoça, atacando o setor de Fuentes de Ebro em sucessivas investidas, sem conseguir fazer progressos significativos.[7] O comandante do "batalhão José Díaz" e o seu comissário morreram durante esses combates.

Em Dezembro, a Primeira Brigada Mista foi enviada para a Batalha de Teruel, onde repetiu a mesma manobra que em Brunete, infiltrando as linhas inimigas seguindo a 9ª e a 100ª brigada mista com a missão de capturar Concud e cortar a retaguarda Franquista. Mas a brigada perdeu o rumo e, em vez de rodear a aldeia, acabou atacando-a frontalmente, sendo imediatamente repelida e sofrendo pesadas baixas. Mesmo assim, nessa tarde conseguiu ocupar o lugar. Depois de conquistar Teruel, a Primeira Brigada Mista foi enviada para uma posição de retaguarda juntamente com o resto da 11ª Divisão, a fim de se recuperarem após as pesadas perdas que foram infligidas a estas unidades.

Na primavera de 1938, a Primeira Brigada Mista participou da Campanha de Aragão, mas com sucesso limitado. Apesar de ter tentado impedir o avanço do inimigo no setor entre Calanda e o entroncamento rodoviário de Valdealgorfa, o colapso de toda a frente obrigou-a a recuar.

Últimas ações na Catalunha

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Em Abril, embora a 1ª Brigada Mista estivesse presa na Catalunha juntamente com outras forças republicanas, conseguiu não se separar da sua divisão após a retirada apressada. Em Maio, foi enviada como reserva estratégica para a falhada Ofensiva de Balaguer, sem ver nenhuma ação de combate. Por essa altura, o comando da brigada havia sido reorganizado e a unidade havia sido reequipada.

Em 25 de Julho, a unidade atravessou o Ebro, participando na batalha que duraria os quatro meses seguintes. Depois de conquistar Móra d'Ebre, chegou à linha defensiva da Cordilheira de Pàndols e depois chegou ao Barranco de Santa Magdalena. Mas em 15 de Agosto, perdeu esse posto avançado recuando novamente para a Cordilheira de Pàndols, onde manteve a sua posição até ao final da batalha. No início de Novembro ainda estava na margem sul do Ebro, tendo sofrido grandes perdas de mão de obra e equipamentos. O comando da unidade foi alterado novamente, sendo confiado ao major José Montalvo.

Quando a ofensiva Franquista contra a Catalunha começou em 23 de Dezembro de 1938, a 1ª Brigada Mista estava na área de Garrigues, esperando para ser reorganizada, mas foi enviada para a frente da Batalha de Segre a fim de tapar uma brecha nas linhas republicanas. Por um tempo, conseguiu parar a ofensiva do Corpo Truppe Volontarie Italiano Fascista perto de Les Borges Blanques, mas no início de Janeiro de 1939 teve que recuar para o norte. Em 3 de Fevereiro, chegou a Girona, e em 5 de Fevereiro ainda se manteve firme contra a pressão Franquista nas margens do Rio Ter. No entanto, em 9 de Fevereiro, à noite, atravessou a fronteira Francesa em Portbou e desfez-se.[8]

Comandantes

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Ver também

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Referências

  1. Magí Crusells (2002); Las Brigadas Internacionales en la pantalla, p. 143
  2. Fernando de Bordejé y Morencos (2007); Galería de personajes españoles, pág. 368
  3. Miguel Moreno (2008); La medida del Abismo, pág. 185
  4. Santiago Álvarez (1994); Negrín personalidad Histórica, Volume 1, pág. 78
  5. Víctor Hurtado, Las Brigadas Internacionales, Edicions DAU. 2013, pág.44 Arquivado em 25 de abril de 2019, no Wayback Machine., ISBN 978-84-941031-1-7
  6. Julio Aróstegui, Jesús A. Martínez (1984); Junta de defensa de Madrid, pág. 395
  7. Alfonso Alvarez Bolado, Para ganar la guerra, para ganar la paz, Universidad Pontificia Comillas de Madrid (November 2001), ISBN 978-8487840791 pág. 190
  8. Translation
  9. El Pais - Los papeles de un comunista; La familia de Santiago Álvarez, fundador del PCG, dona a Comisiones Obreras todo su archivo personal

Ligações externas

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