Açúcar União
Açúcar União é uma marca de açúcar brasileiro, que está no mercado desde 1910 e atualmente pertence ao Grupo Camil.
União | |
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Tipo | Açúcar |
Empresa | Camil Alimentos |
Origem | Brasil |
Lançamento | 1910 (114 anos) |
Proprietários anteriores |
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Website oficial | uniao |
História
editarA marca Companhia União dos Refinadores foi fundada em 4 de outubro de 1910 pelos irmãos Giuseppe e Nicola Puglisi, imigrantes italianos.[1][2][3] Inicialmente eles chegaram ao Brasil para vender o vinho produzido pela família na Itália, criaram a companhia Puglisi e obtendo sucesso, resolveram diversificar ingressando no mercado de açúcar.[4][5]
Eles conseguiram unificar pequenos refinadores de São Paulo para auxiliar o desenvolvimento do comércio além de garantir a qualidade do produto.[2] A sede ficava na Alameda Barão do Rio Branco e possuía mais outras duas sucursais.[4][5][6]
No ano de 1912, começaram as primeiras divulgações nos jornais da época e pelos anos de 1930, tornou-se patrocinadora de um programa de rádio, a Hora Doce.[4][7]
Entre as décadas de 1930 e 1950, diversificou a produção, oferecendo um açúcar especial para glacês e suspiros, além de lançar a embalagem de cinco quilos visando a utilização pelos comerciantes.[4] Em 1955, incorporaram receitas à embalagem do açúcar e no final da década de 1960, foi lançado o primeiro caderno de receitas da União.[4]
Já no ano de 1988, trocaram a embalagem de papel para a de plástico utilizada atualmente.[4] No início do século XXI, atendendo às novas tendências do mercado, lançaram o açúcar refinado em cubos, uma versão light com menos calorias e o açúcar orgânico.[4]
No ano de 2014, próximo a comemoração do sesquicentenário da empresa, a companhia lança um novo produto, o açúcar União Impalpável para receitas de pasta americana.[8][9][10]
Proprietários e Fábricas
editarDurante seus mais de cento e cinquenta anos de existência, o açúcar União passou por vários proprietários. Criada em 1910 por Nicola e Giuseppi Puglisi, possuía uma fábrica na Alameda Barão do Rio Branco com cerca de 6300 metros quadrados, empregando cerca de 150 trabalhadores, além dos distribuidores e vendedores que àquela época vendia o produto à domicílio.[4]
Foi vendida para usineiros pernambucanos em 1928, sendo reestruturada organizacionalmente. Sete anos mais tarde, foi adquirida pelo então seu presidente, José Ferraz Camargo, que assume o controle total da empresa.[11] No final da década de 1930, incorporou a Açucareira Santista S/A e cerca de trinta anos depois, a Refinaria Piedade.[11]
No ano de 1973, a marca foi transferida para a Copersucar quando ela adquiriu o controle acionário da Companhia União.[12] Neste período, dobrou sua capacidade produtiva.
Em 2005, o Grupo Nova América passou a ser o dono da marca União.[13][14] Durante esta gestão, a refinaria localizada na Mooca foi desativada em 2006, permanecendo abandonada por três anos. Em 2009, foi demolida, restando somente a sua chaminé.[15] Em 2007, a Refinaria União situada em Limeira foi fechada.[16][17]
No ano de 2009, a marca do açúcar União foi transferida para a Cosan quando esta incorporou as unidades industriais, portuárias e comerciais do Grupo Nova América.[18]
Em 2012, a marca é vendida para a Camil Alimentos e mudando, assim, sua logomarca que perdura até os dias atuais.[19][20]
Referências
- ↑ «Açúcar União». Guia dos Curiosos. 24 de abril de 2019. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ a b Soragi, Bruno (25 de junho de 2016). «Depois de unir refinadores de SP no século 20, União conquista preferência paulistana - Restaurantes Bares e cozinha - O Melhor de sãopaulo». Folha de S. Paulo. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ Lanna, Ana Lucia Duarte (dezembro de 2012). «Aquém e além-mar: imigrantes e cidades». Varia Historia (48): 871–887. ISSN 0104-8775. doi:10.1590/S0104-87752012000200018. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ a b c d e f g h «Nossa História». Açúcar União. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ a b «Patrimônio Cultural – Chaminé da Refinaria de Açúcar União». Rosana Amaral. 2 de junho de 2015. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ Carone, Edgard (4 de fevereiro de 2019). A evolução industrial de São Paulo (1889-1930). [S.l.]: Senac
- ↑ Hegenberg, Flavio Edmundo Novaes. Ensaios de Leônidas Hegenberg. [S.l.]: Editora E-papers
- ↑ «Ação da União traz doces notícias». Meio & Mensagem. 17 de novembro de 2014. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ União | Doces Notícias: A História Real de Murilo e Nara, consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ «Açúcar União repagina sua marca e estreia nova campanha após 4 anos » Geral » Clipping - ABRAS». ABRAS - Associação Brasileira de Supermercados. 18 de novembro de 2014. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ a b «Máquina do Tempo - Açúcar União na Mooca». Jornal da Mooca. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ «União paga R$ 3 bilhões em precatórios à Copersucar». União Nacional da Bioenergia. 2 de julho de 2020. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ «Grupo Nova América, dono do açúcar União, faz pedido de abertura de capital na CVM». O Globo. 4 de maio de 2007. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ «Nova América concretiza a compra da marca União». 3 de março de 2015. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ «Antiga fábrica Açucar União». Chega de demolir SP. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ «FIM DE UMA ERA». JornalCana. 14 de maio de 2007. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ «Após 10 anos, área segue 'abandonada'». Tribuna de Limeira. 2 de maio de 2017. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ Jr, Dalmir Reis. «História da Marca: Açúcar União». Propagandas Históricas | Propagandas Antigas. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ Freitas, Tatiana (30 de maio de 2012). «Camil entra em açúcar com União e Da Barra». Folha de S. Paulo. Consultado em 13 de maio de 2021
- ↑ Barbosa, Daniela (25 de outubro de 2012). «Camil compra Docelar por R$ 463,8 milhões». Exame. Consultado em 13 de maio de 2021