A Cor Púrpura (livro)
A Cor Púrpura (no original, The Color Purple) é um romance epistolar da premiada escritora estadunidense Alice Walker, lançado originalmente em 1982. No ano seguinte, foi agraciado com o Prêmio Pulitzer.[1] Entre outros temas, trata de questões de discriminação racial e sexual.
The Color Purple | |
---|---|
A Cor Púrpura | |
Autor(es) | Alice Walker |
Idioma | inglês |
País | Estados Unidos |
Gênero | ficção, romance epistolar |
Editora | Harcourt |
Lançamento | 1982 |
Edição portuguesa | |
Tradução | Paula Reis |
Editora | Círculo de Leitores |
Lançamento | 1986 |
Páginas | 210 |
Edição brasileira | |
Tradução | Peg Bodelson, Betulia Machado e Maria Jose Silveira |
Editora | Marco Zero |
Lançamento | 1986 |
Páginas | 315 |
Enredo
editarO livro narra a história de uma garota de 14 anos chamada Celie, que é abusada sexualmente pelo pai, tem dois filhos dele e é obrigada a se casar com o Sinhô. A história tem como pano de fundo o racismo no sul dos Estados Unidos, o machismo, o patriarcado, a amizade, o amor, o desamor, as carências educacionais para as mulheres, entres outros temas.
Alice Walker expõe os fatos em cartas que a protagonista escreve para Deus e para sua irmã Nettie, ambas nunca enviadas. A linguagem é diferenciada pois não usa a norma culta e sim uma escrita rústica e simplória, repleta de erros gramaticais e regionalismos, sempre extremamente próxima da fala utilizada na região mais agrária dos Estados Unidos.
Adaptações
editarO romance foi adaptado para o cinema em um filme homônimo e lançado em 1985. Teve direção de Steven Spielberg e contou com roteiro da própria autora. Foi protagonizado por Whoopi Goldberg como Celie, Danny Glover como Albert, e Oprah Winfrey como Sofia. Embora nomeado para 11 Oscars, não ganhou nenhum. A indiferença foi percebida e gerou controvérsias porque muitos o consideraram o melhor filme daquele ano,[2] incluindo o crítico Roger Ebert.[3]
Em 1 dezembro de 2005, uma adaptação musical do romance (baseado no filme) estreou no Teatro Broadway, em Nova York. O show foi produzido por Scott Sanders, Quincy Jones, Harvey Weinstein e Oprah Winfrey, que também era uma investidora.[4] A produção da Broadway encerrou seu funcionamento em 24 de fevereiro de 2008. Em 2016, houve uma nova montagem, rendendo à produção dois prêmios Tony e o Grammy de melhor Álbum de teatro Musical.
Em 2019, o musical foi adaptado também para o teatro no Brasil, pelo jornalista Artur Xexéo, e recebeu dezenas de prêmios pelas temporadas realizadas no Rio de janeiro e São Paulo em 2019 e 2020.[5]
Referências
- ↑ Richard Corliss (23 de dezembro de 1985). «Cinema: The Three Faces of Steve the Color Purple» (em inglês). Time. Consultado em 9 de março de 2011
- ↑ «Rotten Tomatoes page for The Color Purple» (em inglês). Rotten Tomatoes. Consultado em 9 de março de 2011
- ↑ Roger Ebert (20 de dezembro de 1985). «Roger Ebert's review of The Color Purple» (em inglês). Chicago Sun-Times. Consultado em 9 de março de 2011
- ↑ John Fleming (1 de dezembro de 2005). «"Passion for 'Purple' has Local Roots"» (em inglês). St. Petersburg Times. Consultado em 9 de março de 2011
- ↑ «A versão brasileira de Artur Xexéo (1951-2021) para o musical "A Cor Púrpura" volta aos palcos cariocas». Lu Lacerda. 4 de janeiro de 2022. Consultado em 6 de janeiro de 2025