A Guerra dos Gibis (curta-metragem)

A Guerra dos Gibis é um curta-metragem de 2011 feito por Thiago Mendonça e Rafael Terpins e inspirado no livro A Guerra dos Gibis 2: Maria Erótica e o Clamor do Sexo, Imprensa, Pornografia, Comunismo e Censura na Ditadura Militar, 1964/1985, de Gonçalo Junior.[1]

A Guerra dos Gibis
Brasil
2011 •  cor •  20 min 
Gênero documentário
Direção Thiago B. Mendonça
Rafael Terpins
Produção Renata Jardim
Thiago B. Mendonça
Rafael Terpins
Música Eduardo Bid
Cinematografia Marcelo Grecco
Edição Thiago B. Mendonça
Idioma português

O documentário passou na Curta TV, da EBC,[2] e está disponível no Embaúba Play.[3]

Conteúdo

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O documentário aborda os quadrinhos eróticos e a censura durante a Ditadura Militar, sobretudo os das editoras EDREL e Minami & Cunha de São Paulo e Grafipar de Curitiba.[4] Ele é um híbrido entre animação limitada e documentário convencional, contendo ainda entrevistas e encenações de cituações reais. A animação foi inicialmente pensada para mostrar a passagem do tempo, porém os animadores preferiram retratar os personagens, como Maria Erótica, Katy Apache, Satã - A Alma Penada, Chico de Ogum, Beto Sonhador, Tarun, Sibele - A espiã de Vênus, e outros, interagindo com seus criadores, servindo como impulsionador da narrativa ou como alegoria visual. Os estilos de animação variam, desde animações baseadas na pop art de Roy Lichtenstein até animação com origâmis.[5]

Os entrevistados no documentário são Fernando Ikoma, Paulo Fukue, Franco de Rosa, Carlos Cunha e Faruk El Kathib, com a entrevista de Minami Keizi (morto em 2009) sendo roterizada baseada em pesquisa prévia. Também foram usados elementos ficcionais misturados aos factuais.[5] Em algumas entrevistas, Claudio Seto afirmou ter um irmão gêmeo e que ele era o verdadeiro Claudio Seto (o nome verdadeiro de Claudio Seto era Chuji Seto Takeguma), Gonçalo Junior disse que isso era piada de Seto, contudo, o filme brinca com isso e coloca o ator Atsumi Iwakiri como o "verdadeiro Claudio Seto".[6][5] A personagem Satã também é utilizada como uma força mística por detrás dos acontecimentos dos filmes. Em sua história fictícia, Satã precisa realizar 100 boas ações para poder descançar em paz no mundo do além, o que ocorre após ela ajudar os quadrinhistas diversas vezes. Sua última boa ação foi o encontro de Seto com Keizi no céu.[5]

Elenco

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Premiações

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Festival de Brasília, categoria Curta-Metragem (2012)[7]

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  • Melhor filme
  • Melhor direção de arte
  • Melhor trilha sonora
  • Prêmio TV Cultura

Referências

  1. Marcelo Naranjo (19 de julho de 2012). «Documentário A Guerra dos Gibis participa do Festival de Brasília». Universo HQ. Consultado em 1 de junho de 2024. Cópia arquivada em 1 de junho de 2024 
  2. «Curta DOC: realidade e ficção se misturam de forma criativa». EBC. 21 de abril de 2014. Consultado em 1 de junho de 2024. Cópia arquivada em 1 de junho de 2024 
  3. «Embaúba Play prepara seleção de filmes sobre a ditadura militar e seus desdobramentos». Correio da Amazônia. 28 de março de 2024. Consultado em 1 de junho de 2024. Cópia arquivada em 1 de junho de 2024 
  4. «Diretores de 'A Guerra dos Gibis' participam de entrevista ao vivo no portal estadão.com.br». Estadão. 28 de setembro de 2012. Consultado em 1 de junho de 2024. Cópia arquivada em 1 de junho de 2024 
  5. a b c d Serra, Jeniffer Jane (2015). «Animação no documentário brasileiro: uma análise do filme A guerra dos gibis» (PDF). Universidade de Campinas. Imagens que Falam: 157-177. ISBN 978-85-85783-55-6. Consultado em 5 de junho de 2024 
  6. «Quando o erótico fez escola nas HQs». Diário do Nordeste. 22 de setembro de 2012. Consultado em 2 de junho de 2024. Arquivado do original em 27 de maio de 2014 
  7. «FESTIVAL DE BRASÍLIA ENCERRA PROGRAMAÇÃO E DIVULGA LISTA DOS PREMIADOS». Papo de Cinema. 25 de setembro de 2012. Consultado em 1 de junho de 2024 
  8. «FESTIVAL DE CURTAS DE SÃO PAULO ANUNCIA OS FILMES PREMIADOS». Papo de Cinema. 2 de setembro de 2013. Consultado em 1 de junho de 2024. Cópia arquivada em 1 de junho de 2024 

Ligações externas

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