Adelaide Kemble (Londres, 1814 – Warsash, 4 de agosto de 1879) foi uma cantora de ópera inglesa da Era vitoriana, e membro da família de atores Kemble. Era a irmã mais nova da famosa atriz e abolicionista Fanny Kemble. Seu pai era o ator Charles Kemble.

Adelaide Kemble
Adelaide Kemble
Litografia de 1841 de Adelaide Kemble por Richard James Lane
Nascimento Adelaide Kemble
13 de fevereiro de 1815
Londres
Morte 4 de agosto de 1879
Warsash
Cidadania Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda
Progenitores
  • Charles Kemble
  • Maria Theresa Kemble
Cônjuge Edward John Sartoris
Filho(a)(s) Greville Sartoris, Mary Theodosia Sartoris, Algernon Charles Frederick Sartoris
Irmão(ã)(s) John Mitchell Kemble, Fanny Kemble, Henry James Vincent Kemble
Ocupação cantora de ópera, escritora

Biografia

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Adelaide estudou em Londres com John Braham e na Itália, com a grande soprano Giuditta Pasta. Em 2 de novembro de 1841, fez sua primeira apresentação operística no palco de Londres em Norma de Vincenzo Bellini.

Em 1843 casou-se com Edward John Sartoris, um rico italiano, e retirou-se dos palcos após uma breve, mas brilhante carreira. Eles foram os anfitriões, na casa em Belgavia, de Chopin, onde, em 1849, ele fez sua estreia em Londres. O evento foi marcado por uma placa comemorativa. Adelaide escreveu A Week in a French Country House (1867), uma história brilhante e bem-humorada, seguida por outros contos mais medíocres. Relatou um incidente interessante de um dos últimos concertos de Giuditta Pasta em Londres, cujo registro vocal havia decaído consideravelmente, e ela perguntou à companheira cantora Pauline Viardot, o que achava de sua voz naqueles dias, e obteve a resposta:

"Ah! É um desastre, mas assim é A Última Ceia de Leonardo da Vinci".

Seu filho, Algernon Charles Frederick Sartoris, casou-se com Nellie Grant, filha do famoso general e presidente americano Ulysses S. Grant, em 21 de maio de 1874 no East Room da Casa Branca.

O jovem Frederic Leighton (pintor de Flaming June e presidente da Academia Real Inglesa de 1878 até sua morte em 1895) foi introduzido no seu círculo de amizades em Roma, e foi muito influenciado por ela em muitos aspectos, mais evidentemente, talvez, nas áreas social e musical. Seus vesperais certamente serviram de inspiração mais tarde para a criação do seu famoso anuário "Leighton Musics", realizado em sua casa (atual Leighton House Museum), em Londres. A senhora Sartoris e o jovem artista vitoriano mantiveram uma estreita amizade pelo resto de sua vida.[1]

Trabalhos selecionados

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Referências

  1. E. Barrington. The Life, Letters, and Work of Frederic Leighton. 1896.

Fontes

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