Fanatismo
Fanatismo (do advérbio latino fānāticē [fren- fānāticus ; entusiasmado, extático; furioso, fanático, furioso])[1] é uma crença ou comportamento que envolve zelo acrítico ou um entusiasmo obsessivo.
Definições
editarO filósofo George Santayana define fanatismo como “redobrar seus esforços quando você esquece seu objetivo”.[2] O fanático apresenta padrões muito rígidos e pouca tolerância com ideias ou opiniões contrárias. Tõnu Lehtsaar definiu o termo fanatismo como a busca ou defesa de algo de forma extrema e apaixonada que vai além da normalidade. O fanatismo religioso é definido pela fé cega, pela perseguição aos dissidentes e pela ausência de noção de realidade.[3]
Causas
editarO fanatismo é o resultado da interação de múltiplas culturas entre si[4] e ocorre com mais frequência quando um líder faz pequenas variações de crenças já existentes, o que leva os seguidores ao frenesi. Neste caso, fanatismo é usado como um adjetivo que descreve a natureza de certos comportamentos que as pessoas reconhecem como seitas. Mead referiu-se ao estilo de defesa utilizado quando os seguidores são abordados.[4] A coisa mais consistente apresentada são as condições iniciais, ou preexistentes, e o estado mental necessário para induzir o comportamento fanático. Cada comportamento é óbvio quando apontado; uma mente fechada, nenhum interesse em debater o assunto e uma reação exagerada às pessoas que discordam.[4]
Em seu livro Crazy Talk, Stupid Talk, o autor estadunidense Neil Postman afirma que "a chave para todas as crenças fanáticas é que elas são auto-confirmadas....(algumas crenças são) fanáticas não porque são 'falsas', mas porque são expressas de tal forma que nunca se possa demonstrar que são falsas."[5]
Comportamentos semelhantes
editarO comportamento de um fã com entusiasmo avassalador por um determinado assunto é diferenciado do comportamento de um fanático pela violação, por parte do fanático, das normas sociais vigentes. Embora o comportamento do fã possa ser considerado estranho ou excêntrico, ele não viola tais normas.[6]
Ver também
editarReferências
- ↑ «THE MANY FACES OF FANATICISM» (PDF)
- ↑ Santayana, George (1905). Life of Reason: Reason in Common Sense. (New York: Charles Scribner's Sons) 13.
- ↑ «THE MANY FACES OF FANATICISM» (PDF)
- ↑ a b c Mead, Margaret (1977). «FANATICISM: The Panhuman Disorder». ETC: A Review of General Semantics. 34 (1): 35–38. ISSN 0014-164X. JSTOR 42575220
- ↑ Postman, Neil (1976). «Fanaticism». Crazy Talk, Stupid Talk. [S.l.: s.n.] pp. 104–112. ISBN 0-440-01554-5
- ↑ Thorne, Scott; Bruner, Gordon C. (2006). «An exploratory investigation of the characteristics of consumer fanaticism». Qualitative Market Research. 9 (1): 51–72. ISSN 1352-2752. doi:10.1108/13522750610640558
Bibliografia
editar- FANTINI, J. A. Aquarela da Intolerância: Racialização e Políticas de Igualdade no Brasil. In: Revista Leitura Flutuante. Em: http://revistas.pucsp.br/index.php/leituraflutuante/article/view/11130
- Mackellar, J. Fans, fanatics or just good fun - travel behaviours of the leisure fanatic. Journal of Vacation Marketing, 2006
Ligações externas
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