Alberto Braune
Alberto Henrique Braune (Nova Friburgo, 17 de dezembro de 1864[1] — Nova Friburgo, 5 de maio de 1929) foi um farmacêutico brasileiro.[1]
Alberto Braune | |
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Nascimento | 1864 |
Morte | 5 de maio de 1929 |
Ocupação | farmacêutico |
Biografia
editarFilho dum médico alemão de Lübeck naturalizado brasileiro e parente materno do escritor ultrarromântico Álvares de Azevedo,[2] Braune ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, formando-se farmacêutico em 1886. Alberto Braune possuía em Nova Friburgo um consultório farmacêutico junto à Pharmacia Braune. Por durante certo tempo, também cumpriu a função de delegado no município.[1] Admirado pela população local da época por sua benevolência para com os mais pobres, onde às vezes os atendia gratuitamente.[3]
No ano de 1906, Alberto Braune se uniu a grupos políticos tradicionais - Galdino Antônio (pai de Galdino do Vale) e Carlos Maria Marchon - e criou o jornal A Paz; e desta forma Galdino do Vale tornou-se seu diretor usando-o como base de sustentação de seu grupo.[4] Em Nova Friburgo, no Partido Republicano Fluminense, junto com Ernesto Brasílio, Júlio Zamith, Farinha Filho e Nelson Kemp, teve influência na política local devido ao prestígio que conquistou junto aos habitantes.[1]
Nas décadas de 1910 e 1920, Alberto Braune exerceu alguns mandatos de presidente da Caixa Rural de Nova Friburgo.[1]
Embora não fosse médico, fazia partos, visitava doentes e receitava remédios.[1] A população da cidade o presenteou com um anel de formatura de farmacêutico, comprado com o dinheiro obtido numa subscrição popular, e o defenderam de acusações de exercício ilegal da profissão — as quais, no fim, não deram em nada.[3]
Homenagens
editar- A Avenida Alberto Braune, no centro da cidade de Nova Friburgo, possui o seu nome já que a Pharmacia Braune funcionava no número 29 desta via. Esta rua criada ainda em 1841, durante o Império de Dom Pedro II, recebendo o nome de Rua do Senado, que manteve até o fim da Guerra do Paraguai, quando, em 15 de janeiro de 1871, seu nome foi mudado para Rua General Argolo como homenagem a Alexandre Gomes de Argolo Ferrão Filho, esta denominação se manteve até o dia 30 de julho de 1928, quando passou a ser Avenida Alberto Braune.[3][1]
- Após seu falecimento, um monumento em sua homenagem foi edificado a partir de contribuições voluntárias. A estátua se encontra atualmente na Praça Getúlio Vargas[1][5]
- Em 1942, uma embaixada de farmacêuticos cariocas e não só, deslocou-se a Nova Friburgo com o intuito de homenagear a memória de Alberto Braune. Dentre esses farmacêuticos encontrava-se Antenor Rangel Filho, presidente da Associação Brasileira de Farmacêuticos. Foram recebidos pelo Prefeito de Nova Friburgo, Dante Laginestra.[6]
Referências
- ↑ a b c d e f g h «Alberto Braune». Fundação Dom João VI. Consultado em 11 de dezembro de 2017. Arquivado do original em 11 de dezembro de 2017
- ↑ Lopes Melo, Leyla (17 de janeiro de 2023). «A Origem do Sobrenome Braune». Nova Friburgo em Foco. Consultado em 29 de agosto de 2023
- ↑ a b c d Ana Blue (14 de maio de 2016). «Das mãos que construíram a nossa história: um homem chamado Alberto Braune». Jornal A Voz da Serra. Consultado em 10 de dezembro de 2017
- ↑ Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - (CPDOC). «Dicionário da Elite Política Republicana (1889-1930), verbete: Galdino do Vale» 🔗 (PDF). Fundação Getúlio Vargas - FGV. p. 1. Consultado em 9 de dezembro de 2017
- ↑ «Estátua de Alberto Braune é alvo de pichadores». Jornal A Voz da Serra. 23 de janeiro de 2017. Consultado em 17 de dezembro de 2017
- ↑ «Farmacêutico Alberto Braune» (PDF). A gazeta da Farmácia / Biblioteca Nacional Digital. Abril de 1942. p. 18. 24 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2017