Aleteia (mitologia)

deusa da verdade na mitologia Romana e personificação da verdade
 Nota: Para outras acepções, veja Aleteia.

Aleteia (em grego clássico: Ἀλήθεια; romaniz.: Alétheia; lit. "verdade"; de a-, negação, e lethe, "esquecimento"[1]) é um daemon (espírito) que personifica a verdade e sinceridade e que é associada à romana Verdade (em latim: Veritas).[2] Ela opõe-se a Dolo (trapaça), Apáte (engano) e Pseudeia (mentira). Segundo a 11 Ode Olímpica de Píndaro, era filha de Zeus, enquanto no fragmento 205 de outra obra sua, o autor afirma que ela é o "começo de uma grande virtude". O fragmento 57 de Baquílides, por sua vez, afirma que Aleteia é da mesma cidade que os deuses e vive sozinha com eles.[3]

Aleteia também citada em duas fábulas de Esopo:[3]

Prometeu, aquele artesão que deu forma à nossa nova geração, decidiu um dia esculpir a forma de Aleteia, usando toda sua habilidade de modo que ela seria capaz de regular o comportamento das pessoas. Enquanto estava trabalhando, um chamado inesperado do poderoso Zeus levou-o para longe. Prometeu deixou o astuto Dolo no comando de sua oficina, [pois] recentemente tornou-se um dos aprendizes do deus. Inflamado pela ambição, Dolo usou o tempo à sua disposição para moldar com seus dedos sujos uma figura de mesmo tamanho e aparência que Aleteia com características idênticas. Quando ele quase concluiu a peça, que era realmente impressionante, ficou sem argila para usar nos pés dela. O mestre retornou. e então Dolo rapidamente sentou-se em seu assento, tremendo de medo. Prometeu ficou impressionado com a similaridade das duas estátuas e queria fazer parecer que todo o crédito fosse seu. Por conseguinte, colocou ambas as estátuas no forno e quando foram completamente cozidas, infundiu vida em ambas: a sagrada Aleteia caminhou com passos medidos, enquanto a sua irmã inacabada ficou presa em seus passos. Aquela falsificação, produto de subterfúgio, adquiriu o nome de Pseudólogo (falsidade), e eu devo prontamente concordar com as pessoas que dizem que ela não tem pés: de vez em quando algo que é falso pode começar com sucesso, mas com o tempo a verdade certamente prevalecerá.
 
Fábula 530.
Um homem estava viajando na natureza e encontrou Aleteia sozinha. Ele lhe disse, 'Antiga senhora, por que você mora aqui na natureza, deixando a cidade para trás?' Das grandes profundezas de sua sabedoria, Aleteia respondeu, 'Entre as pessoas de idade, havia mentiras apenas entre alguns, mas agora elas se espalharam por toda a sociedade humana!'
 
Fábula 531.

Ela também aparece na obra Imagens de Filóstrato de Lemno:[3]

A pintura descreve também [a cidade de] Oropo como uma jovem entre mulheres de olhos brilhantes, as Tálatas (os Mares), e descreve também o lugar usado por Anfiareu para meditação, uma fenda sagrada e divina. Aleteia vestida de branco está lá e a porta dos sonhos - pois aqueles que consultam o oráculo devem dormir - e Oniro (deus dos sonhos) é descrito em atitude relaxada [...] em suas mãos ele segura um corno, mostrando que traz os sonhos através da porta da verdade.
 
Imagens, 1.27.

Referências

  1. Laos 2015, p. 2.
  2. Potter 2015, p. 86.
  3. a b c Theoi.

Bibliografia

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  • «Aletheia». Theoi 
  • Laos, Nicolas (2015). he Metaphysics of World Order: A Synthesis of Philosophy, Theology, and Politics. Engene, Oregon: Pickwick Publications 
  • Potter, Brent. Elements of Reparation: Truth, Faith, and Transformation in the Works of Heidegger, Bion, and Beyond. Londres: Karnac Books