Alexandre Mancini
Alexandre Mancini (Belo Horizonte, 8 de maio de 1974) é um artista visual dedicado a azulejaria brasileira.
Alexandre Mancini | |
---|---|
Nascimento | 8 de maio de 1974 Belo Horizonte |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | artista visual, ladrilheiro |
Biografia
editarNascido e residente em Belo Horizonte (MG) Alexandre Mancini, artista autodidata de origem multiétnica,[1] iniciou em 2006 seu trabalho dedicado a azulejaria brasileira após anos de amplos estudos. Conhecedor da matéria, agiu como pioneiro na renovação desta azulejaria a partir dos anos 2000 ao criar e produzir seus próprios painéis assim como divulgar, no Brasil e no exterior, a rica história de seus predecessores.
Foi fortemente influenciado por Athos Bulcão quanto a utilização de elementos geométricos simples em livres combinações no espaço destinando, para tanto, a montagem de seus painéis aos operários encarregados do assentamento através de regras mínimas e liberdade máxima. A composição modular aleatória compreendida por Alexandre Mancini o levou a ser formalmente reconhecido como discípulo de Athos Bulcão através da chancela dada pela Fundação que leva o nome do mestre, a Fundação Athos Bulcão, que mantém junto a Mancini uma parceria iniciada em 2012. "A capacidade de Athos Bulcão para sintetizar ideias complexas utilizando elementos geométricos simples é, em minha visão, revolucionária. Além disso, a sensibilidade em integrar esses elementos ao espaço arquitetônico, ou seja, disponível ao olhar de qualquer pessoa, eleva a arte ao seu estado democrático pleno",[2] diz Mancini.
Artista de essência concreta desenvolve também painéis de caráter abstrato geométrico onde a obra não é mais formada pelas partes, mas sim pelo todo, ou seja, através de composições integrais e plenas, resgatando outras lições da azulejaria brasileira. Considerando a geometria como linguagem universal compreende que a arte azulejar deve se integrar a arquitetura, de forma funcional ou como protagonista, assim como ser objeto de coleção. Segundo o arquiteto Pedro Morais "seu trabalho é exemplar na valorização e resgate do azulejo como suporte perene para obras públicas"[3].
Ao longo de sua carreira Alexandre Mancini criou e executou inúmeros painéis de azulejos, que somam mais de 2.000m² de obras únicas e assinadas, encontradas em cidades em todo o Brasil com destaque para Belo Horizonte, sua cidade natal, como os seis painéis na Praça da Pampulha[4], localizada junto ao complexo arquitetônico da região, no Edifício Sede do Sebrae/MG (2014) e na Sede do Clube Atlético Mineiro (2012-2014). Mancini foi autor de um dos pôsteres oficiais das Olimpíadas Rio 2016 e em 2013 realizou o experimento musical / azulejar intitulado Tempestade Triângulos junto ao jazzista norte-americano Jimmy Duchowny. Em 2014 realizou palestras em Portugal (Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e na Escola Superior de Arte e Design de Caldas da Rainha)[5] na tentativa de aproximar o diálogo e as experiências entre as duas tradições azulejares.
Galeria
editar-
Alexandre Mancini em seu escritório de criação
-
Painel de Alexandre Mancini em Belo Horizonte - MG
-
Painel de azulejos de Alexandre Mancini em Brumadinho - MG
-
Alexandre Mancini em seu ateliê
-
Painel de Alexandre Mancini
-
Painel de Alexandre Mancini em Brasília
-
Painel de Alexandre Mancini
-
Painel de azulejos de Alexandre Mancini
-
Painel de azulejos de Alexandre Mancini na Praça da Pampulha
-
Painel de azulejos de Alexandre Mancini em São Paulo - SP
-
Azulejo assinado por Alexandre Mancini
Referências
editar- ↑ Amaral Cardoso, Joana (9 de outubro de 2014). «Pela estrada fora da azulejaria brasileira com Alexandre Mancini». Publico. Consultado em 24 de janeiro de 2024
- ↑ https://www.metropoles.com/entretenimento/alexandre-mancini-mantem-vivo-o-trabalho-de-athos-bulcao
- ↑ «pedromorais». odesvio.wordpress.com. Consultado em 24 de abril de 2018
- ↑ «NOVA PRAÇA DA PAMPULHA». www.arqbh.com.br. Consultado em 24 de abril de 2018
- ↑ Cardoso, Joana Amaral. «Artes. Pela estrada fora da azulejaria brasileira com Alexandre Mancini». PÚBLICO