Alfredo Gottardi Júnior
Alfredo Gottardi Júnior (Curitiba, 7 de novembro de 1944) é um ex-futebolista brasileiro. Filho do goleiro da Seleção Brasileira e do Club Athletico Paranaense, Alfredo Gottardi,[1][2] atuou como meia-direita e zagueiro.[3][4][5][6]
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Alfredo Gottardi Júnior | |
Data de nascimento | 7 de novembro de 1944 (80 anos) | |
Local de nascimento | Curitiba, Paraná, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Pé | destro | |
Informações profissionais | ||
Clube atual | aposentado | |
Posição | meia-direita e zagueiro | |
Clubes de juventude | ||
1957–1962 | Athletico Paranaense | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1963 1964–1965 1966–1972 1972 1973–1977 1977–1978 1978–1979 1979 |
Athletico Paranaense Coritiba Athletico Paranaense São Paulo Athletico Paranaense Atlas Veracruz Athletico Paranaense |
1 (0) 67 (2) 2 (0) |
Carreira
editarGottardi Jr. jogava pelada no campo do Clube Atlético Primavera[6] quando um olheiro do Athletico Paranaense descobriu e o indicou para integrar o time do infanto-juvenil do clube. Com isso, em 1957, o filho de Alfredo Gottardi passou a treinar e a jogar no mesmo estádio onde o pai foi hexa-campeão estadual. No grupo de jogadores que integrou os times de base do Athletico no final da década de 1950 e início da década de 1960, foram revelados, além de Gottardi Júnior, Joel Malucelli (futuramente um dos fundadores do J.Malucelli Futebol S/A e presidente do Coritiba Foot Ball Club, mas o único que não tornou-se profissional), Amauri Fernando (primeiro jogador negro do clube), Raul Plassmann (goleiro do flamengo e da seleção brasileira), entre outros, e foram bi-campeões juvenis em 1961 e 1962.[7]
Em 1963, quando o técnico do time profissional era Geraldo Damasceno, o mesmo promoveu, além de Gottardi Jr., vários jogadores do juvenil para o time principal e com eles ficou invicto em várias rodadas, incluindo cinco vitórias consecutivas no campeonato paranaense.
Porém, o maior rival do rubro negro paranaense conseguiu retirar o filho de um dos maiores ídolos do clube do seu elenco, e no dia 1° de maio de 1964, Gottardi Júnior assinou contrato com o Coritiba Foot Ball Club.[8] Entre 1964 e 1965, atuou no alviverde curitibano, contudo, depois de um longo tempo afastado por lesão e após o seu retorno, foi pouco aproveitado como titular e com isso, sentiu-se desprestigiado e rescindiu o contrato antes do término, que era de dois anos.[6]
Em 1966, retornou ao Athletico Paranaense e fez parte do elenco que jogou o Campeonato Brasileiro de 1968 (na época conhecido como Torneio Roberto Gomes Pedrosa). Também integrou o elenco campeão paranaense de 1970, muito significativo para o clube na época, pois o rubro negro paranaense não comemorava um título estadual fazia 12 anos.[6]
Como o Athletico não classificou-se para o principal campeonato de futebol entre clubes do Brasil de 1972, Gottardi foi emprestado ao São Paulo Futebol Clube para jogar no Campeonato Nacional de Clubes[9] (assim foi chamado o campeonato brasileiro entre 1971 e 1974) daquele ano. Ao término da competição, retornou ao rubro negro e manteve-se no clube de 1973 até o primeiro semestre de 1977.
Para a temporada 1977/1978, foi contratado pelo Atlas Fútbol Club de Guadalajara, mas integrou um elenco que levou o clube ao descenso no campeonato nacional do México. Porém, suas atuações resultaram na contratação de seu passe pelo Club Deportivo Tiburones Rojos de Veracruz, de Veracruz, para o campeonato mexicano da primeira divisão da temportada 1978/1979. Novamente, em um elenco problemática liderados pelo técnico uruguaio José Sassía (o primeiro de vários técnicos desta temporada), o "El Tibu" (apelido do clube) foi rebaixado para a segunda divisão.[2][6]
Depois de duas temporadas no México e cansado do futebol, retornou ao Club Athletico Paranaense para fazer suas duas últimas partidas de futebol como jogador profissional. Ao "pendurar" as chuteiras, arriscou a carreira de técnico e iniciou no próprio rubro negro. Dirigiu o clube durante o campeonato paranaense de 1980. Neste ano, somente os oito primeiro colocados seguiam para o segundo turno. Os demais, disputariam o "torneio da morte" para definir os rebaixados. O Athletico ganhou este "torneio" e terminou o campeonato na nona classificação geral. Depois desta experiência, Gottardi Júnior desistiu da empreitada e preferiu investiu numa graduação de ensino superior[2]. Concluiu o curso de Administração de Empresas, que havia interrompido quando mudou-se para o México, na Fundação de Estudos Sociais do Paraná (FESP).[6]
Depois de formado, passou num concurso para trabalhar na Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Também foi diretor administrativo do Instituto de Previdência do Paraná (IPE).[6]
Títulos
editarComo jogador
editar- Athletico Paranaense
Como técnico
editar- Torneio da Morte: 1980[2]
Referências
- ↑ Título: Goleiros: Heróis e Anti-Heróis da Camisa 1 Google Books
- ↑ a b c d e Título: “Era divertido jogar bola”, Alfredo Gottardi Junior Globo Esporte em edição do dia 11/04/12
- ↑ Título: Athletico Paranaense 95 anos de glórias Tabela Esportiva
- ↑ Título: Ídolos da história falam dos 83 anos do CAP Atlético Paranaense
- ↑ "100 Melhores do Futebol Paranaense Jornal Gazeta do Povo em edição do dia 19/10/2008
- ↑ a b c d e f g Título: Alfredo, guardião do meio ambiente - Alfredo jogou no Coritiba, no Atlético Paranaense e no São Paulo. Destacou-se no México Notícias FIBRA - Fundação Itaipu-Brasil em edição de dez 2004
- ↑ Título: Lateral do Atlético é da geração dos que brilharam no gramado: O Atlético teve a ideia de fazer uma peneirada em 1957 e num golpe arrebanhou o maior número de futuros craques em uma só jogada / Estavam lá Alfredo Gotardi, Pedrinho, Renatinho, Adilson, além de Raul Plassmann Jornal Tribuna do Paraná em edição do dia 23/03/2015
- ↑ Título: Dia do Trabalho: o 1º de maio no futebol paranaense: 1º de maio de 1964 – Mudando de lado Jornal Tribuna do Paraná em edição do dia 1/05/2020
- ↑ Título: Todos os jogadores do São Paulo Enciclopédia SPFC 2019