Amadio Vettoretti (Treze de Maio, 13 de fevereiro de 1939Tubarão, 27 de agosto de 2011[1][2]) foi um historiador brasileiro.

Amadio Vettoretti

Amadio Vettoretti em 2006
Nascimento 13 de fevereiro de 1939
Treze de Maio
Morte 27 de agosto de 2011 (72 anos)
Tubarão
Nacionalidade Brasileiro
Ocupação Historiador

Foi diretor do Arquivo Público de Tubarão, membro da Academia Tubaronense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina.

Biografia

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Filho de colonos de ascendência italiana, Amadio teve uma infância humilde onde a única maneira de ter acesso ao estudo era ingressar em seminários. Na adolescência, durante sua passagem pelo Seminário de Turvo (SC), já demostrava interesse especial pela história.


Em 1965, casou-se com Susana de Carvalho Vettoretti, fixando-se em Tubarão. Iniciou sua vida profissional como fotógrafo.

Em 1974, de câmera fotográfica em punho, registrou a devastação causada pelas cheias que assolaram a cidade de Tubarão e região.

Esse trabalho deu origem a um extenso documentário sobre a catástrofe.

O documentário também foi peça fundamental na obtenção de recursos para a drenagem do Rio Tubarão.[3]

Também em 1974, formou-se em Estudos Sociais pela FESSC, hoje Unisul. Em 1982, recebeu o título de Bacharel em História pelo mesma instituição.

Em 1984 deixou a fotografia e ingressou no serviço público municipal, a convite do então prefeito Miguel Ximenes de Melo Filho.

Em 1986 foi incumbido da tarefa de organizar o Arquivo Público de Tubarão. Tarefa esta à qual dedicou o resto de sua vida.

Em 1989, na administração de Estener Soratto da Silva, o projeto ganhou novas dimensões: uma nova sede para o renomeado "Arquivo Publico e Histórico de Tubarão" e verbas para a publicação de um livro sobre a historia de Tubarão.

Em 1992 foi publicado o seu primeiro livro, "Tubarão: Das origens ao século XX".

Em 1994 concluiu a sua pós-graduação em história pela Unisul.

Durante os 25 anos que esteve a frente do Arquivo Público e Histórico de Tubarão, recolheu farta documentação sobre a história de Tubarão e da região.

Baseado nestes documentos, corrigiu erros históricos sobre a história da cidade, assim como identificou figuras importantes que não passavam de ilustres desconhecidos até então.

Da mesma forma, aprofundou os estudos sobre a vida e costumes dos tubaronenses, desde os primórdios. Destaca-se neste trabalho a descoberta de detalhes sobre a origem[4] de Anita Garibaldi, até então desconhecidos.

Em 1997 publicou o livro "Palacete Cabral, a Casa da Cidade: Centenário" e, em 2004, "Estação da Piedade".

Amadio Vettoretti também foi um grande pesquisador sobre a Imigração Italiana no sul de Santa Catarina, tendo colaborado em diversas publicações e livros sobre o assunto.

O seu principal legado, o Arquivo Público e Histórico de Tubarão, é hoje o maior do Sul de Santa Catarina e um dos maiores do Estado.

Após breve enfermidade, morreu em 27 de agosto de 2011, recebendo diversas homenagens,[5][6] inclusive na Câmara Federal.

Reconhecimento

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Placa identificatória do Arquivo Público e Histórico Amadio Vettoretti

Em reconhecimento ao seu trabalho a Câmara de Vereadores de Tubarão, na Sessão Legislativa de 19 de abril de 2012, deliberou o Projeto de Lei Ordinária n° 105/2011,[7] de autoria do Poder Executivo Municipal, que denomina de Amadio Vettoretti o Arquivo Público e Histórico do Município de Tubarão.

  • História de Tubarão : Das origens ao século XX. Tubarão : Prefeitura Municipal de Tubarão , 1992.
  • Palacete Cabral, a Casa da Cidade : Centenário. Tubarão : Prefeitura Municipal de Tubarão, 1997.
  • Estação da Piedade. Tubarão : Copiart, 2004.

Referências

Ver também

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