Cumaru-nordestino

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Cumaru-nordestino (Amburana cearensis) também designado por outros nomes populares, é uma árvore característica dos biomas de caatinga e cerrado do Nordeste brasileiro, mas que também pode ocorrer em áreas de Mata Atlântica até o estado de São Paulo. Caracteriza-se principalmente pela variação no porte, dependendo do solo e da disponibilidade de água, e pela casca cor vermelho-marrom viva, que tem restos de velhas camadas da periderme se desprendendo em ritidoma. A casca, junto com partes do floema, tem uma substância, chamada cumarina, que tem aplicações medicinais, inclusive pela medicina popular.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaAmburana cearensis
Árvore de cumaru-nordestino no Boqueirão do Rio Salgado, em Lavras da Mangabeira, Ceará
Árvore de cumaru-nordestino no Boqueirão do Rio Salgado, em Lavras da Mangabeira, Ceará
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Género: Amburana
Espécie: Amburana cearensis
Nome binomial
Amburana cearensis
Detalhe da casca da árvore

História e utilização

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Os primeiros usos do cumaru-nordestino, foram com os povos indígenas do semiárido brasileiro. Atualmente, o povo Fulni-Ô, de Pernambuco, ainda utiliza essa planta de forma medicinal, além de possuir uma grande importância religiosa. Assim, são responsáveis por preservar conhecimentos milenares sobre o uso do cumaru.[1] No Ceará, o povo Tapeba também usa essa planta na sua medicina tradicional, principalmente para problemas respiratórios.[2]

Nomes vernáculos

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Nomes em português: ambaúrana, amburana, amburana de cheiro, angelim, baru, cabocla, cerejeira rajada, cumaré, cumaru, cumaru de cheiro, cumaru do ceará, cumbaru das caatingas, emburana, emburana de cheiro, imburana, imburana brava, imburana cheirosa, imburana de cheiro, louro ingá, umburana, umburana lisa, umburana macho, umburana vermelha, umburana de cheiro,[3] umburana-de-cheiro, umburana do cheiro:[4]

Referências

  1. Da Silva, Valdelina A. (2003). «Etnobotânica dos índios Fulni-Ô». UFPE. Consultado em 28 de maio de 2024 
  2. Morais, Selene Maia de; Dantas, Joana D'arc Pereira; Silva, Ana Raquel Araújo da; Magalhães, Everaldo Farias (junho de 2005). «Plantas medicinais usadas pelos índios Tapebas do Ceará». Revista Brasileira de Farmacognosia: 169–177. ISSN 0102-695X. doi:10.1590/S0102-695X2005000200017. Consultado em 28 de maio de 2024 
  3. Amburana claudii, Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, Universidade de São Paulo
  4. Americas Regional Workshop (Conservation & Sustainable Management of Trees, Costa Rica) 1998. Amburana cearensis. 2006 IUCN Red List of Threatened Species. Arquivado em 2014-06-27 no Wayback Machine Retrieved 9 July 2007.)