Análise do comportamento aplicada

Análise Comportamental Aplicada (ABA), também chamada de engenharia comportamental[1][2], é uma disciplina científica que aplica os princípios de aprendizagem com base no condicionamento respondente e operante para mudar o comportamento de significância social. ABA é a forma aplicada de análise comportamental; as outras duas são o behaviorismo radical (ou a filosofia da ciência) e a análise experimental do comportamento (ou pesquisa experimental básica).[3]

O termo análise comportamental aplicada substituiu a modificação comportamental porque a esta sugeria mudar o comportamento sem esclarecer as interações relevantes entre comportamento e ambiente. Em contraste, a ABA muda o comportamento avaliando primeiro a relação funcional entre um comportamento alvo e o ambiente, um processo conhecido como avaliação comportamental funcional. Além disso, a abordagem busca desenvolver alternativas socialmente aceitáveis ​​para comportamentos mal-adaptativos, geralmente por meio da administração de contingências de reforço diferencial.

ABA e autismo

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Embora os provedores de serviços comumente implementem intervenções empiricamente validadas para indivíduos autistas, a ABA tem sido utilizada em uma série de outras áreas, incluindo comportamento animal aplicado, gerenciamento de comportamento organizacional, abuso de substâncias, gerenciamento de comportamento em salas de aula, terapia de aceitação e compromisso, exercícios atléticos, entre outros.[4][5][6]

Apesar de ser conhecida como "terapia" por muitas famílias que estão buscando entender mais sobre intervenções baseadas em práticas científicas, a ABA é uma ciência diretamente ligada a outras frentes como Behavorismo Radical e Análise Experimental do Comportamento. Atualmente, a ciência ABA é uma das mais recomendadas por especialistas, sendo a ciência de aprendizagem recomenda pela Organização Mundial da Saúde para pessoas com desenvolvimento atípico, especialmente o autismo.

Os primeiros estudos envolvendo essa ciência no tratamento de crianças com distúrbios do desenvolvimento foi feito nos anos 1960. Já no ano de 1987, o psicólogo clínico Ivar Lovaas, publicou um novo estudo que apontava importantes ganhos com o uso dos princípios da ABA no ensino de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).[7]

Há uma oposição substancial do Movimento de direitos dos autistas à sua aplicação, devido à percepção de que ele enfatiza a normalização em vez da aceitação e seu potencial para causar danos.[8][9]

Ver também

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Referências

  1. Pierce WD, Cheney CD (June 16, 2017). Behavior Analysis and Learning: A Biobehavioral Approach 6 ed. New York: Routledge. pp. 1–622. ISBN 978-1138898585. Consultado em 1 December 2018. Cópia arquivada em 3 June 2021  Parâmetro desconhecido |orig-date= ignorado (ajuda); Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata=, |data= (ajuda)
  2. Ayllon T, Michael J (October 1959). «The psychiatric nurse as a behavioral engineer». Journal of the Experimental Analysis of Behavior. 2 (4): 323–334. PMC 1403907 . PMID 13795356. doi:10.1901/jeab.1959.2-323  Verifique data em: |data= (ajuda)
  3. Baer DM, Wolf MM, Risley TR (1968). «Some current dimensions of applied behavior analysis». Journal of Applied Behavior Analysis. 1 (1): 91–97. PMC 1310980 . PMID 16795165. doi:10.1901/jaba.1968.1-91 
  4. Madden G, ed. (2013). APA Handbook of Behavior Analysis. Col: APA Handbooks in Psychology Series; APA Reference Books Collection. Washington, DC: American Psychological Association. ISBN 978-1-4338-1111-1. OCLC 771425225. Consultado em December 24, 2014  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  5. Roane HS, Ringdahl JE, Falcomata TS (2015). Clinical and Organizational Applications of Applied Behavior Analysis. [S.l.]: Elsevier Science. ISBN 978-0-12-420249-8 Predefinição:Pn
  6. «Division 25 - About Behavior analysis». American Psychological Association. Consultado em August 12, 2024  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. «Terapia ABA no autismo: entenda tudo sobre essa ciência». genialcare.com.br. 22 de agosto de 2024. Consultado em 23 de setembro de 2024 
  8. «EUCAP Position Statement on ABA». EUCAP (em inglês). 2 de abril de 2024. Consultado em 8 de agosto de 2024 
  9. https://www.thetransmitter.org/spectrum/controversy-autisms-common-therapy/?fspec=1 https://www.theatlantic.com/health/archive/2016/08/aba-autism-controversy/495272/

Ligações externas

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