Anísio de Alcântara Rocha
Anísio de Alcântara Rocha ComMM (Palmeiras, 14 de fevereiro de 1923 — Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 2014) foi um advogado e político brasileiro filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Por Goiás, foi deputado federal durante três mandatos.[2]
Anísio de Alcântara Rocha | |
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Anísio de Alcântara Rocha | |
Deputado federal por Goiás | |
Período | 1955 a 1967 (3 mandatos consecutivos) |
Dados pessoais | |
Nascimento | 14 de fevereiro de 1923 Palmeiras, BA |
Morte | 14 de janeiro de 2014 (90 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
Prêmio(s) | Ordem do Mérito Militar[1] |
Partido | PSD (1945–1965) MDB (1965–1979) PMDB (1980–2014) |
Profissão | advogado, político |
Biografia
editarAnísio de Alcântara Rocha nasceu no município brasileiro de Palmeiras no dia 14 de fevereiro de 1923, filho de Alfredo Carlos da Rocha e de Anísia Alcântara Rocha.[2] Anísio foi casado com Angélica Modesta Ribeiro Rocha, já falecida, com quem teve três filhos.[2]
Em 1945 ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, passando a atuar no movimento estudantil. Tomando parte na campanha pela reconstitucionalização do país, fundou o Comitê Universitário Pró-Candidatura Eurico Dutra à presidência da República e, com a eleição desse candidato em dezembro de 1945, tornou-se seu assessor universitário. Bacharelou-se em direito em 1949.
Transferindo-se para Goiás, em outubro de 1954 concorreu a uma cadeira de deputado federal por esse estado na legenda do Partido Social Democrático (PSD), obtendo a primeira suplência. Exerceu o mandato na Câmara de setembro a outubro de 1955, de dezembro do mesmo ano a dezembro de 1956 e novamente de abril a julho de 1957. Mais uma vez candidato a deputado federal por Goiás no pleito de outubro de 1958, ainda na legenda do PSD, durante sua campanha entrou em atrito com o governador do estado, José Ludovico de Almeida (1955-1959), em decorrência do fato de ter passado telegramas em nome do senador Pedro Ludovico Teixeira recomendando sua candidatura ao eleitorado. Eleito, assumiu sua cadeira em fevereiro de 1959 e em 1961 opôs-se à Instrução nº 204, adotada no governo de Jânio Quadros, estabelecendo amplas modificações na política cambial do país. Em setembro desse ano, após a renúncia do presidente, votou a favor da Emenda Constitucional nº 4, que instituiu o regime parlamentarista como medida conciliatória para propiciar a posse do vice-presidente João Goulart, cujo nome fora vetado pelos ministros militares. Nessa legislatura foi membro da Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados e apresentou um projeto que instituía a pena de morte.
Reeleito em outubro de 1962, sempre na legenda do PSD, foi um dos articuladores do movimento político-militar de março de 1964, participando da posse de Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara dos Deputados, na presidência da República na madrugada do dia 1º de abril desse ano. Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se ao partido de oposição, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), uma vez que seus adversários políticos no estado filiaram-se ao partido governista, a Aliança Renovadora Nacional (Arena). Em 1966 foi um dos principais responsáveis pelo lançamento da candidatura do general Artur da Costa e Silva à presidência da República, constituindo-se no único parlamentar oposicionista a votar no candidato arenista nas eleições indiretas realizadas ainda em 1966. Este fato motivou sua expulsão do MDB. Entretanto, por decisão unânime, o Tribunal Superior Eleitoral não só garantiu o seu voto, contrário à orientação de seu partido, como também considerou ilegal a sua expulsão do MDB. Ainda neste ano, no mês de novembro, elegeu-se primeiro suplente de deputado federal por Goiás, pela legenda do MDB. Deixou a Câmara em janeiro de 1967 e nesse mesmo ano assumiu a presidência do Instituto de Resseguros do Brasil, cargo que ocupou até 1968.
Em janeiro de 1977 assumiu a diretoria de habilitação do Departamento de Trânsito (Detran) do estado do Rio de Janeiro.
Em 1979 tornou-se diretor da Embramec — Mecânica Brasileira S.A., empresa subsidiária do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), função que desempenhou até 1984.
Em 1993, foi admitido pelo presidente Itamar Franco à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1]
Referências
- ↑ a b BRASIL, Decreto de 10 de agosto de 1993.
- ↑ a b c Brasil, CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «ANISIO DE ALCANTARA ROCHA | CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 4 de junho de 2018