Ana Caroline Campagnolo
Ana Caroline Campagnolo Galvão (Itajaí, 26 de novembro de 1990) é uma política, professora e historiadora brasileira, filiada ao Partido Liberal (PL).[1][2] Em 2018, foi eleita Deputada Estadual de Santa Catarina, tomando posse em fevereiro de 2019.
Ana Caroline Campagnolo | |
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Deputada Estadual de Santa Catarina | |
No cargo | |
Período | 1º de fevereiro de 2019 até a atualidade (2 mandatos consecutivos) |
Dados pessoais | |
Nome completo | Ana Caroline Campagnolo Galvão |
Nascimento | 26 de novembro de 1990 (34 anos) Itajaí, Santa Catarina |
Nacionalidade | brasileira |
Progenitores | Mãe: Maria Raquel Campagnolo Pai: Job Campagnolo |
Alma mater | Universidade Comunitária da Região de Chapecó |
Cônjuge | Thiago Lívio Galvão |
Filhos(as) | Catarina Campagnolo Galvão
Joana Campagnolo Galvão |
Partido | |
Religião | Presbiteriana |
Ocupação | Professora, historiadora e política |
Biografia
editarAna Caroline Campagnolo leciona história em escolas públicas de Chapecó, no oeste de Santa Catarina, desde 2010, e sendo graduada pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó.[3][4] Conta que sua família é "conservadora e religiosa, mas que nunca se opôs a estudar ideologias que não são suas".[3] Cristã protestante, Campagnolo participou de eventos antifeministas.[4][5] Apoia o movimento Escola sem Partido.[6]
Disputa judicial por reprovação no mestrado
editarEm 2013, Ana foi selecionada no mestrado em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em Florianópolis, com o projeto "Virgindade e Família: mudança de costumes e o papel da mulher percebido através da análise de discursos em Inquéritos Policiais da Comarca de Chapecó (1970-1988)".[3][7] A orientadora selecionada pela banca foi a professora Marlene de Fáveri, que ministra a cátedra "História e Relações de Gênero".[3]
Depois de trocar de orientadora, apresentar seu trabalho e ser reprovada, Ana decidiu processar sua ex-orientadora, em julho de 2016, Campagnolo processou Marlene de Fáveri, por perseguição ideológica e discriminação religiosa. A sentença foi favorável à orientadora, tendo o Juízo concluído da improcedência da ação.[8][9]
Fáveri, em seguida, protocolou uma queixa-crime contra Campagnolo na 3ª Vara Criminal da Comarca da Capital de Santa Catarina. A ação, que versa sobre crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria), foi transferida para a Comarca de Chapecó.[10]
Eleições de 2018
editarNas eleições de 7 de outubro de 2018 foi eleita deputada estadual de Santa Catarina para a 19.ª legislatura, pelo Partido Social Liberal (PSL) com 0,95% dos votos válidos, equivalente a 34.825 votos.[11] Dia 28 de outubro, domingo, menos de uma hora após confirmada a eleição em segundo turno de Jair Bolsonaro para Presidente da República, Ana Caroline publicou em uma de suas redes sociais pedido para que alunos enviassem vídeos e informações com o nome do docente, da escola e da cidade, garantindo anonimato da denúncia: “Na semana do dia 29 de outubro (...) todas as manifestações político-partidárias ou ideológicas que humilhem ou ofendam sua liberdade de crença e consciência”. Justificou a medida em função de “muitos professores doutrinadores estarão inconformados e revoltados com a vitória do presidente Bolsonaro” e, portanto, “não conseguirão disfarçar sua ira e farão da sala de aula uma audiência cativa para suas queixas político-partidárias”. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) entrou com ação na justiça contra a deputada estadual. Em outra mensagem, mais recente, ela justifica o ato como “promessa de campanha”.[12][13][14][15]
Tuítes Antigos e Utilização de Maconha
editarConhecida por ser contrária à legalização e ao uso, Tuítes antigos encontrados por internautas seriam sinal de que a deputada seria usuária de maconha.
Ana negou pelo Instagram. Ela também desativou sua conta no Twitter, com objetivo que estes Tuítes não sejam mais encontrados.
“Brinquem à vontade, mas não esqueçam que eu fiz Proerd”, escreveu ela, se referindo a um programa de prevenção de uso de drogas da Polícia Militar.
Ela também nega que havia maconha no narguilé que aparece fumando em uma foto divulgada.[16]
Histórico Eleitoral
editarAno | Eleição | Partido | Candidato a | Votos | % | Resultado | Ref |
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2018 | Estaduais em Santa Catarina | PSL | Deputada Estadual | 34.825 | 0,95% | Eleita | [11] |
2022 | Estaduais em Santa Catarina | PL | 196.571 | 4,88% | Eleita | [17] |
Obras
editar- «Feminismo. Perversão e Subversão» (DistriBrasil, 2019)
- «Guia de Bolso Contra Mentiras Feministas» (Vide editorial, 2021)
- «O Mínimo sobre Feminismo» (Mínimo, 2022)
Em coautoria com Isadora Palanca e David Amato:
- «Ensino Domiciliar na Política e no Direito» (Estudos Nacionais, 2022)
Em coautoria com Martin Van Creveld:
- «O Sexo Privilegiado» (Vide Editorial, 2023)[18]
Ver também
editarReferências
- ↑ Candidata Ana Caroline Campagnolo 17771. Professor de Ensino Médio, PSL
- ↑ Estelita Hass Carazzai (29 de outubro de 2018). «Deputada eleita do PSL pede que estudantes denunciem professores contra Bolsonaro em sala de aula». Folha de S.Paulo. UOL. Consultado em 29 de outubro de 2018
- ↑ a b c d Aline Torres (31 de março de 2017). «Professora de história antifeminista processa orientadora por "perseguição"». UOL. Consultado em 29 de outubro de 2018
- ↑ a b Juliana Sayuri (25 de outubro de 2018). «Briga judicial entre professora e aluna ilustra racha político no país». Folha de S.Paulo. UOL. Consultado em 29 de outubro de 2018
- ↑ «Ex-feminista que criou Congresso Antifeminista vai atuar em pasta de Damares». Folha de S.Paulo. 19 de fevereiro de 2019. Consultado em 18 de junho de 2019
- ↑ YouTube (5 de novembro de 2018). «Deputada do PSL fala em entrevista sobre o Escola Sem Partido». (aos 2 min., 15s.) Canal Russian Bot. Consultado em 26 de novembro de 2018
- ↑ «Justiça julga improcedente ação de aluna contra professora da Udesc». Diário Catarinense. ClicRBS. 7 de setembro de 2018. Consultado em 29 de outubro de 2018
- ↑ «Ação contra professora da UDESC por perseguição religiosa é julgada improcedente». Consultado em 25 de novembro de 2019
- ↑ «TJ nega recurso de Campagnolo em ação por "perseguição religiosa" na Udesc». Consultado em 25 de novembro de 2019
- ↑ «Processo movido por professora contra deputada estadual de SC tramitará na comarca de Chapecó». Superior Tribunal de Justiça. 19 de fevereiro de 2021. Consultado em 6 de fevereiro de 2023
- ↑ a b «Conheça os 40 deputados estaduais eleitos em Santa Catarina»
- ↑ «Deputada estadual do PSL eleita por SC incita alunos a filmar e denunciar professores». G1. Globo.com. 29 de outubro de 2018. Consultado em 31 de outubro de 2018
- ↑ «MPF abre inquérito para apurar suposta intimidação a professores feita por deputada estadual do PSL eleita por SC». G1. Globo.com. 30 de outubro de 2018. Consultado em 31 de outubro de 2018
- ↑ «Ana Caroline Campagnolo vestiu camisa de Bolsonaro em sala de aula». www.odiariocarioca.com. Consultado em 31 de outubro de 2018
- ↑ Nunes, Dimalice. «Quem é Caroline Campagnolo, deputada que quer a denúncia de professores 'doutrinadores'?». CartaCapital
- ↑ redacaoterra (8 de abril de 2019). «Tuítes antigos vêm à tona, e deputada nega fumar maconha». Terra. Consultado em 30 de abril de 2024
- ↑ «Ana Campagnolo é a deputada estadual mais votada de SC nas Eleições 2022». ND Mais. Consultado em 12 de outubro de 2022
- ↑ Ana Campagnolo, Estante Virtual (consulta em 21.3.2024)