Angélico Sândalo Bernardino
Dom Angélico Sandalo Bernardino (Saltinho, 19 de janeiro de 1933) é um bispo católico brasileiro. Foi bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo e é bispo emérito de Blumenau.[1]
Angélico Sândalo Bernardino | |
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Bispo da Igreja Católica | |
Bispo emérito de Blumenau | |
Título |
1º Bispo da Diocese de Blumenau |
Hierarquia | |
Papa | Francisco |
Arcebispo metropolita | Francisco Carlos Bach |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Diocese de Blumenau |
Nomeação | 19 de abril de 2000 |
Entrada solene | 24 de junho de 2000 |
Sucessor | José Negri, PIME |
Mandato | 2000 - 2009 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 12 de julho de 1959 Ribeirão Preto por Luís do Amaral Mousinho |
Nomeação episcopal | 12 de dezembro de 1974 |
Ordenação episcopal | 25 de janeiro de 1975 por Paulo Evaristo Cardeal Arns, O.F.M. |
Lema episcopal | DEUS É AMOR |
Dados pessoais | |
Nascimento | Saltinho 19 de janeiro de 1933 (91 anos) |
Nacionalidade | brasileiro |
Residência | Brasilândia (distrito de São Paulo) |
Funções exercidas | -Bispo auxiliar de São Paulo (1975-2000) |
dados em catholic-hierarchy.org Bispos Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Origens e formação
editarFilho de Duilio Bernardino e Catarina Sandalo, ambos filhos de imigrantes italianos, Dom Angélico nasceu no então distrito de Saltinho, no município de Piracicaba.[2]
Estudou Filosofia no Seminário Central do Ipiranga, em São Paulo, e Teologia no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, em Viamão. Em Ribeirão Preto cursou a faculdade de Jornalismo. Foi ordenado sacerdote aos 12 de julho de 1959. Foi diretor espiritual do Seminário Arquidiocesano em Brodowski, de 1961 a 1962; coordenador de pastoral; diretor do jornal Diário de Notícias; Assistente Eclesiástico do Movimento Familiar Cristão, das Equipes de Nossa Senhora e dos Cursilhos de Cristandade.[3]
Episcopado
editarArquidiocese de São Paulo
editarFoi nomeado bispo-auxiliar de São Paulo pelo Papa Paulo VI, em 12 de dezembro de 1974, com a sede titular de Tambeae. Recebeu a ordenação episcopal no dia litúrgico da Conversão do Apóstolo São Paulo, dia 25 de janeiro de 1975, pelo Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns.[1]
Na Arquidiocese de São Paulo teve atuação marcante em favor da população menos favorecida, sendo bispo responsável pela Pastoral Operária. Foi Vigário Episcopal das Regiões Episcopais em São Miguel Paulista, (a referida região foi desmembrada da Arquidiocese de São Paulo e se constitui na atual Diocese de São Miguel Paulista) e das Regiões Episcopais de Belém e Brasilândia.[3]
Tornou-se um dos principais representantes do setor progressista da Igreja durante a ditadura militar e no período de redemocratização. Solidário aos movimentos sociais, engajou-se na luta por moradia e saúde na Zona Leste e foi coordenador da Pastoral Operária.[4]
Foi responsável pela Cáritas no regional Sul-1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; diretor do Jornal O São Paulo. Em 1992 participou da Quarta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Santo Domingo. Em 1999 foi delegado eleito na Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para América que ocorreu em Roma. De 1995 a 2002 foi membro da Comissão Episcopal de Pastoral-Setor Vocações e Ministérios da CNBB, período em que ocorreu o Ano Nacional das Vocações.[3]
Diocese de Blumenau
editarFoi nomeado pelo Papa João Paulo II, aos 19 de abril de 2000, para ser o primeiro bispo da nova Diocese de Blumenau.[1] Tomou posse em Blumenau no dia 24 de junho de 2000. No período em que esteve em Santa Catarina foi presidente do regional Sul-4 da CNBB; delegado eleito na Conferência de Aparecida.[3]
Em 18 de fevereiro de 2009 teve a sua renúncia aceita por limite de idade, pelo Papa Bento XVI, no governo da Diocese de Blumenau, tornando-se então bispo emérito dessa diocese.[1] Foi presidente da subcomissão para os bispos eméritos da CNBB.[5]
Após a aposentadoria, passou a residir no Jardim Primavera, zona norte de São Paulo.[2][6]
Em 7 de abril de 2018, atendeu a um pedido do ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva para celebrar uma missa em homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.[7] Dom Angélico também celebrou em 2022 o casamento de Lula com Rosângela Lula da Silva.[6]
Obras selecionadas
editar- Concílio da primavera na Igreja[8]
Ordenações episcopais
editarDom Angélico foi consagrante na ordenação episcopal de três bispos:[1]
- Dom Geraldo Majella Agnelo (1978)
- Dom João Bergese (1981)
- Dom Leonardo Ulrich Steiner, O.F.M. (2005)
Referências
- ↑ a b c d e «Bishop Angélico Sândalo Bernardino». catholic-hierarchy. 27 de junho de 2022. Consultado em 27 de junho de 2022
- ↑ a b Rocha, Stefany de Jesus. «Os caminhos de dom Angélico nas ruas de seu país». www.ihu.unisinos.br. Consultado em 2 de novembro de 2024
- ↑ a b c d «Dom Angélico Sândalo Bernardino». Diocese de Blumenau. 1 de novembro de 2024. Consultado em 2 de novembro de 2024
- ↑ «Quem é Dom Angélico». memoriasdaditadura.org.br. Consultado em 2 de novembro de 2024
- ↑ «DOM ANGÉLICO SÂNDALO FALA SOBRE OS BISPOS EMÉRITOS, EM COLETIVA COM A IMPRENSA». Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. 10 de maio de 2011. Consultado em 27 de junho de 2022
- ↑ a b «Quem é dom Angélico, que vai celebrar o casamento de Lula e Janja». noticias.uol.com.br. 18 de maio de 2022. Consultado em 2 de novembro de 2024
- ↑ «Bispo diz que houve golpe e pede para Lula cuidar da saúde». Veja. 7 de abril de 2018. Consultado em 8 de abril de 2018
- ↑ «Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo de Blumenau, lança livro sobre o Concílio Vaticano II | Paulus Editora». 5 de novembro de 2012. Consultado em 2 de novembro de 2024
Ligações externas
editar
Precedido por — |
Bispo de Blumenau 2000 - 2009 |
Sucedido por Dom José Negri, PIME |