Anni Albers

artista têxtil, pintora e designer alemã, professora da escola de arte alemã Bauhaus

Anni Albers (Berlim, Alemanha, 12 de junho de 1899 - Connecticut, 9 de maio de 1994), de nascimento Annieliese Fleischmann, foi uma artista têxtil, pintora e designer alemã, professora da escola de arte alemã Bauhaus.[1] Em seu trabalho, Anni combinou o antigo ofício da tecelagem manual com o design da Arte Moderna. Apesar de ser uma das mais importantes pioneiras da arte têxtil – uma geração à frente do movimento Fiber Art nos Estados Unidos e na Europa, e pelo menos duas gerações à frente das muitas práticas de Arte Contemporânea inspiradas em seu trabalho-, ela na época não teve o reconhecimento como artista inovadora e influente que seus colegas homens da Bauhaus tiveram, tendo sua obra reconhecida mais tardiamente.[2]

Anni Albers
Anni Albers
Nascimento Annelise Fleischmann
12 de junho de 1899
Berlim
Morte 9 de maio de 1994 (94 anos)
Orange, Orange
Cidadania Alemanha, Estados Unidos
Cônjuge Josef Albers
Alma mater
Ocupação designer, professora universitária, artista têxtil, litógrafa, designer têxtil, desenhador de joias, pintora, autora
Distinções
  • Hall da Fama das Mulheres de Connecticut (1994)
  • Women's Caucus for Art Lifetime Achievement Award (1980)
  • Gold Medal for Consummate Craftsmanship (1981)
Empregador(a) Black Mountain College
Página oficial
http://www.albersfoundation.org
Design for a Silk Tapestry, Anni Albers em 1926
Design para uma tapeçaria de seda, 1926

Biografia

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Anni Albers nasceu em Berlin-Charlottenburg em uma família de origem judaica convertida ao protestantismo. Sua mãe, Toni Fleischmann-Ullstein, vinha de uma conhecida família judaica alemã de editores, os Ullstein, e seu pai, Siegfried Fleischmann, era um importante fabricante de mobílias.[3]

Na adolescência ela já se interessava por arte e com o apoio dos pais, iniciou seus estudos de design com Martin Brandenburg no seu estúdio de arquitetura e pintura em Berlim. Apesar de ter sido desencorajada por Oskar Kokoschka (com quem havia tentado estudar pintura) de continuar, ela decidiu estudar na inovadora escola Bauhaus e, embora sua primeira inscrição tenha sido rejeitada, Anni finalmente foi aceita na escola. Ela recebeu algumas instruções básicas para os dois primeiros períodos e, em seguida, escolheu a tecelagem como sua especialidade. Mas essa não foi sua primeira escolha, mas sim uma das poucas opções da Bauhaus permitida para as mulheres.[4]

Em 1930, ela obteve seu diploma com a produção de um tecido refletor de luz e à prova de som, incorporando papel celofane e chenille, produzido para o auditório da Escola Sindical de Bernau. A partir de 1931, Annie assumiu o comando da oficina de tecelagem até que Lilly Reich foi nomeada para a posição, pouco antes de a Bauhaus ser forçada a fechar pelo governo nazista em 1933.[2]

Nesse mesmo ano, ela e o marido Josef Albers fugiram da ditadura nazista, deixando a Alemanha para viver nos Estados Unidos. Lá ela foi professora na Black Mountain College e conheceu países como Mexico, Cuba, Chile and Peru. Ela também viajava frequentemente para a Europa a trabalho. Anni era uma entusiasta de um design elementos elementos de utilidade, planejamento e organização; mas também de sensibilidade e imaginação para se tornar arte. Influenciada pela ideologia dos tempos de Bauhaus, "arte para todos", em 1951, ela iniciou uma colaboração com o departamento têxtil da Knoll que resultou em uma parceria de 30 anos. Muitos dos seus designs têxtis para móveis ainda são produzidos e um dos mais famosos e copiados é o Eclat, criado na década de 1970.[4]

Prêmios e reconhecimentos

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Exposições

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Os trabalhos de Anni Albers têm sido objeto de exposição em ao menos 111 exposições públicas, das quais 52 têm sido individuais.[6][7] Entre as mais importantes está sua exposição no MoMA em 1949, sendo a primeira exposição individual de uma artista têxtil neste museu.[8]

Algumas outras que se podem mencionar são:[7]

  • 1941. Anni Albers and Alex Reed: Exhibition of Necklaces. Willard Gallery, NY.
  • 1949. Anni Albers Têxteis. Museu de Arte Moderna de Nova York.[9]
  • 1959. Anni Albers: Pictorial Weavings. MIT.[10]
  • 1977. Anni Albers: Prints and Drawings. Brookling Museum.
  • 1985. The woven and graphic arts of Anni Albers. Rendwick Gallery, Washington D.C. / Yale University art Gallery.
  • 2017. Anni Albersː Tocar a vista. Museu Guggenheim Bilbao (Espanha)[11]

Referências

  1. 20minutos (7 de outubro de 2017). «Anni Albers, la mujer que tejió el arte, en el Guggenheim». www.20minutos.es - Últimas Noticias (em espanhol). Consultado em 10 de junho de 2021 
  2. a b «Anni Albers». DASartes. 31 de janeiro de 2019. Consultado em 10 de junho de 2021 
  3. Bauhaus-Frauen – Meisterinnen in Kunst, Handwerk und Design, Ulrike Müller, ISBN 978-3-938045-36-7
  4. a b Tate. «Seven Life Hacks from Anni Albers – List». Tate (em inglês). Consultado em 10 de junho de 2021 
  5. «Anni Albers». American Craft Council (em inglês). Consultado em 30 de outubro de 2020 
  6. Otto, Elizabeth; Rössler, Patrick (2019). Bauhaus Women A global perspective (em inglês). [S.l.]: Herbert Press 
  7. a b «Anni Albers Solo. The Josef and Anni Albers Foundation.» 
  8. «Anni Albers Solo. 1949 New York. The Josef and Anni Albers Foundation.» 
  9. «Anni Albers Textiles | MoMA». The Museum of Modern Art (em espanhol). Consultado em 30 de outubro de 2020 
  10. «Anni Albers Solo. 1959, Cambridge, Massachusetts. The Josef and Anni Albers Foundation.» 
  11. https://annialbers.guggenheim-bilbao.eus/introduccion