Antónia Pusich

poetisa, dramaturga, jornalista, pianista e compositora portuguesa (1805-1883)

Antónia Gertrudes Pusich (São Nicolau, Cabo Verde, 1 de outubro de 1805Lisboa, 6 de outubro de 1883) foi uma poetisa, dramaturga, jornalista, pianista e compositora portuguesa.[1][2]

Antónia Pusich
Antónia Pusich
Antónia Pusich em 1858 (gravura de António Joaquim de Santa Bárbara)
Nascimento Antónia Gertrudes Pusich
1 de outubro de 1805
Ilha de São Nicolau
Morte 6 de outubro de 1883
Lisboa
Sepultamento Cemitério dos Prazeres
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação compositora, jornalista, poeta, pianista, ativista pelos direitos das mulheres
Instrumento piano

Biografia

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Nascida na ilha de São Nicolau, em Cabo Verde, filha do governador de Cabo Verde (colónia) António Pusich, natural de Dubrovnik, e de Ana Maria Isabel Nunes.[3] Foi casada em primeiras núpcias com João Cardoso de Almeida Amado Viana Coelho em 1820 e de quem teve os filhos João António, Antónia, Alfredo, Maria, Ana e Ema.[4] Em 1830 casa com Francisco Teixeira Henriques de quem teve um único filho, Miguel Pusich Henriques Teixeira.[4] Voltou a casar em 1836 com José Roberto de Melo Fernandes e Almeida de quem teve quatro filhos António Pusich de Melo, Antónia Pusich de Melo, Ana Isabel Filomena Pusich de Melo e Maria Amélia Pusich de Melo.[4]

Como poetisa teve marcada influência no romantismo em Portugal.[1]

Foi a primeira mulher em Portugal que fundou e dirigiu um jornal e que neles ousou mostrar o seu nome verdadeiro e não um pseudónimo como era hábito na época.[5][6]

Colaborou em diversos periódicos como Paquete do Tejo[7], Revista universal lisbonense : jornal dos interesses physicos, moraes e litterarios por uma sociedade estudiosa[7] e Almanach, tendo sido directora e proprietária dos periódicos A assemblea litteraria, A Beneficência e A Cruzada.[8]

  • Olinda ou a Abadia de Cumnor Place (poesia)[4]
  • Irminio e Edgarde, ou doys mistérios (romance)[4]
  • O Regedor da Paróquia (drama/teatro)
  • Constança ou o Amor Maternal (drama/teatro)[4]
  • Saudade em memoria da virtuosa Rainha a senhora D. Estephania[4]
  • Canto saudoso ou lamentos na solidão á memoria do Dom Pedro Quinto[4]
  • Biographia do marechal A. Pusich[4]
  • Homenagem a Luís de Camões[4]
  • Poesia a S. M. El-Rey Fidelissimo o Sr. D. Fernando no seu dia natalicio no anno de 1848[4]
  • Homenagem a Sua Magestade a Rainha de Portugal Dona Estephania[4]
  • Galeria das senhoras na Câmara dos senhores deputados, ou as minhas observações[9][4]
  • Elegia à morte das infelizes victimas assassinadas por Francisco de Mattos Lobo, na noute de 25 de Julho de 1841[4]
  • Elegia à morte de D. Marianna de Sousa Holstein[4]
  • Elegia à Morte da Duqueza de Palmella[4]
  • O Sonho ou os gemidos das classes inactivas[4]
  • Preces ou Cântico Devoto dedicado aos Fiéis Portugueses[4]
  • Lamentos à saudosa memoria de d. Maria Henriqueta do Casal Ribeiro[4]
  • Parabéns a Sua Magestade o Senhor D. Fernando pelo consorcio de Sua Augusta Filha a Princeza D. Marianna[4]
  • Apontamentos biographicos e poesia, sobre o infeliz José Pedro de Senna, capitão do brigue Marianna, naufragado em Aveiro[4]
  • A conquista de Túnis[4]
  • Júlia[4]
  • À minha pátria, memoria sobre um ramo de agricultura e commercio[4]

Toponímia

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Bibliografia

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  • Pusich, Antónia Gertrudes (1805-83) in "Grande Enciclopédia Universal" Vol. 16, Edita Durclub, S.A. ISBN 972-747-928-6

Referências

  1. a b «Antónia Gertrudes Pusich». Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas. Consultado em 18 de abril de 2018. Cópia arquivada em 18 de abril de 2018 
  2. «Antónia Pusich». Infopédia. Consultado em 18 de abril de 2018. Cópia arquivada em 18 de abril de 2018 
  3. «Lisboa: Antónia Pusich homenageada em Dia da mulher cabo-verdiana». ASemana online. 27 de março de 2012. Consultado em 24 de abril de 2018. Cópia arquivada em 24 de abril de 2018 
  4. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x «Antónia Gertrudes Pusich». Portuguese Women Writers before 1900. Consultado em 24 de abril de 2018. Cópia arquivada em 24 de abril de 2018 
  5. «A assemblea litteraria : jornal de instrucção / D. A. G. Pusich». Biblioteca Nacional de Portugal. Consultado em 18 de abril de 2018. Cópia arquivada em 11 de novembro de 2017 
  6. a b «A Rua da 1ª mulher que ousou o seu nome no cabeçalho de um jornal». Toponímia de Lisboa. Consultado em 18 de abril de 2018. Cópia arquivada em 14 de dezembro de 2017 
  7. a b «Índice de autores / Pusich, Antónia Gertrudes, 1805-1883». Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 25 de abril de 2018. Cópia arquivada em 25 de abril de 2018 
  8. Silvia Bermúdez e Roberta Johnson (2018). A New History of Iberian Feminisms (em inglês). [S.l.]: University of Toronto Press. p. 102. 544 páginas. Consultado em 25 de abril de 2018 
  9. Silvia Bermúdez e Roberta Johnson (2018). A New History of Iberian Feminisms (em inglês). [S.l.]: University of Toronto Press. p. 475. 544 páginas. Consultado em 25 de abril de 2018 
  10. «Antónia Pusich (Rua)». Roteiro de Almada. Consultado em 25 de abril de 2018. Arquivado do original em 26 de abril de 2018 
  11. «Toponímia no feminino na região de Setúbal». Centro de Informação e Documentação da CIG. Consultado em 25 de abril de 2018 

Ligações externas

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