António Maria de Bettencourt Rodrigues
António Maria de Bettencourt[nota 1] Rodrigues GCC (São Nicolau, Cabo Verde, 6 de março de 1854 — Cascais, Estoril, Monte Estoril, 4 de outubro de 1933) foi um médico, diplomata e político português.
António Maria de Bettencourt Rodrigues | |
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Nascimento | 5 de março de 1854 |
Morte | 1933 |
Cidadania | Portugal, Reino de Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | médico, escritor, político |
Distinções |
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Família
editarFilho mais novo de José Júlio Rodrigues (Goa, Goa Norte, Bardez, Salvador do Mundo, 6 de maio de 1812 - Luanda), Goês católico, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Delegado do Procurador Régio no Funchal, juiz do Tribunal da Relação de Luanda, e de sua mulher (Funchal, Sé, 13 de agosto de 1842) Teresa Cristina de Sá e Bettencourt (Funchal, Sé - ?).[1][2]
Biografia
editarMédico alienista, doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Paris, Ministro Plenipotenciário em Paris em 1913 e de 1917 a 1918, Senador pelo Círculo Eleitoral da Estremadura em 1918, Ministro dos Negócios Estrangeiros dos Governos Óscar Carmona e José Vicente de Freitas de 1926 a 1928, durante a Ditadura Militar, e Presidente da Delegação Portuguesa à Sociedade das Nações[3][4]
A 5 de Outubro de 1927 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.[5]
Entidades científicas e culturais
editarBettencourt-Rodrigues era filiado a várias entidades de cunho científico e cultural:[6]
- Sociedade de Medicina Legal de Nova Iorque;
- Academia Real de Ciências de Lisboa;
- Academia da França;
- Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo;
- Instituto Pasteur de São Paulo;
- Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo.[nota 2]
Atuação política
editarNo seu retorno a Portugal,[6] atuou na sua política, destacando-se como:
- Ministro plenipotenciário de Portugal em Paris;
- Senador pelo Círculo Eleitoral de Estremadura;
- Ministro dos Negócios Estrangeiros;
Obras e reconhecimentos
editarDeixou publicada uma importante obra científica.[4][7]
Publicou também as seguintes obras:[6]
- A República Portuguesa (1911);
- Prováveis alianças e agrupamentos de nações. Uma confederação luso-brasleira: Factos, opiniões e alvitres (1923);
- Por estradas e atalhos (1932).
Foi agraciado com a comenda da Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.[6]
Notas e referências
Notas
- ↑ Aleixo Manuel da Costa, "Dicionário de Literatura Goesa", Vol. 3, p. 157 faz-se eco duma lenda que nasceu, vá lá saber-se por quê, de que estes irmãos se chamavam de Bettencourt porque eram conhecidos em Coimbra por os "bitoncares", talvez porque o pai era natural de Britona. Então, para acabar com esse epíteto que os desagradava, tê-lo-iam transformado em de Bettencourt! Esta lenda só foi possível por ignorar o seu autor que a mãe dos dois irmãos Rodrigues se chamava de Bettencourt, pelo que o nome que usaram era perfeitamente legítimo.
- ↑ Participou da primeira reunião preparatória da entidade, quando foi indicado membro. Atuou na primeira diretoria, entre 1895 e 1896.[6]
Referências
- ↑ Fernando de Meneses Vaz, "Famílias da Madeira e Porto Santo", Vol. 1, p. 138, tít. de Araújos, § 4.º, n.º 9
- ↑ "Os Luso-Descendentes da Índia Portuguesa", Jorge Eduardo de Abreu Pamplona Forjaz e José Francisco Leite de Noronha, Fundação Oriente, 1.ª Edição, Lisboa, 2003, Volume III N - Z, pp. 428 e 431
- ↑ A. H. de Oliveira Marques (coord.), "Parlamentares e Ministros da 1.ª República (1910-1926)", p. 377
- ↑ a b "Os Luso-Descendentes da Índia Portuguesa", Jorge Eduardo de Abreu Pamplona Forjaz e José Francisco Leite de Noronha, Fundação Oriente, 1.ª Edição, Lisboa, 2003, Volume III N - Z, p. 431
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Maria de Bettencourt Rodrigues". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 19 de março de 2016
- ↑ a b c d e BEGLIOMINI, Helio - Fundadores da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo - São Paulo: Expressão e Arte, 2022. Pág.73-76
- ↑ Aleixo Manuel da Costa, "Dicionário de Literatura Goesa", Vol. 3, pp. 151 a 157