António Mourão
António Mourão, nome artístico de António Manuel Dias Pequerrucho, (Montijo, 3 de junho de 1935 — Lisboa, 19 de outubro de 2013) foi um fadista português.
António Mourão | |
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Informações gerais | |
Nome completo | António Manuel Dias Pequerrucho |
Nascimento | 3 de junho de 1935 |
Local de nascimento | Montijo Portugal |
Morte | 19 de outubro de 2013 (78 anos) |
Local de morte | Lisboa |
Género(s) | Fado |
Editora(s) | RCA, Valentim de Carvalho, Movieplay |
Intérprete do conhecido tema "Ó Tempo Volta para Trás", afastou-se do mundo artístico nos anos 90.
Biografia
editarAntónio Mourão nasceu no Montijo em 3 de junho de 1935.[1][2]
Foi ao cumprir o serviço militar obrigatório que a sua voz começou a dar nas vistas. Passou a cantar, como amador, nas casas de fado de Lisboa. Em 1964, foi contratado para a "Parreirinha de Alfama", casa típica de Argentina Santos, onde fez a sua estreia profissional.[1][2] Depois foi contratado pelo fadista Sérgio para atuar na lisboeta casa de fados "Viela".[2]
A verdadeira notabilidade seria ganha em 1965 com a sua participação na revista E Viva o Velho!, no Teatro Maria Vitória, onde interpretou a canção "Ó Tempo Volta para Trás", da dupla Eduardo Damas / Manuel Paião, que se tornaria num dos maiores êxitos da história da música portuguesa.[1][2]O disco viria a ultrapassar os 200 mil exemplares vendidos.[1]
António Mourão tornou-se num cantor muito popular, pelo que, de forma natural, percorreu todo o país e chegou a cantar em vários palcos no estrangeiro, em países como Estados Unidos da América, Canadá, Austrália, Venezuela, África do Sul, França e Alemanha.[1]
Voltaria à revista várias vezes, em peças como Ó Zé aperta o Cinto ou Não Há Nada Para Ninguém.[1]
Gravou discos para editoras como a RCA, a Valentim de Carvalho ou a Movieplay.[2]
Também gravou outros temas marcantes, de fado e de folclore, como "Os Teus Olhos Negros, Negros", "Chiquita Morena", "Oh Vida Dá-me Outra Vida", "Fado do Cacilheiro" ou "Varina da Madragoa".[1] Foi o primeiro nome a gravar Carlos Paião num single de 1979.[carece de fontes]
O António Mourão voltou a arriscar ao ser um dos primeiros portugueses a gravar êxitos de Amália Rodrigues, como "Maria Lisboa".[2] Mesmo tendo seguindo um forte vertente popular, nos seus trabalhos é possível encontrar grandes poetas portugueses, como Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro ou José Carlos Ary dos Santos.[2]
Não há fado sem verdade foi o último álbum que gravou.[2]
Centrando-se numa certa desilusão com o meio musical português, António Mourão acabou por se retirar, quase por completo, do meio artístico nos anos 1990, apesar de ser acarinhado pelo público e ter recebido muitos prémios.[1]
O fadista António Mourão morreu em 18 Outubro de 2013, com 78 anos, na Casa do Artista, em Lisboa.[2]
Discografia
editarÁlbuns de estúdio
editar- O Fadista da Nova Vaga (LP, RCA, 1967)
- É Sempre Sucesso (1968)[1][2]
- Folclore das Províncias (1970)[1][2]
- Ouvi-te Cantar (1971)
- Meu Amor, Meu Amor[1][2] (LP, Decca, 1971)
- Se Quiseres Ouvir Cantar[1][2] (LP, Decca, 1973)
- Pregão da Liberdade (1975)
- Cantigas Que a Gente Canta (1977)
- Canta o Amor (1978)
- O Nosso Folclore (LP, Decca, 1978)
- Canto e Recanto (1980)[2]
- Oh Razão da Minha Vida[1][2] (LP, Orfeu, 1983)
- Sucessos Populares (1987)
- Pensando em Ti (LP, Discossete, 1993)
- A Voz Que Volta (1992)
- Não Há Fado Sem Verdade[1] (CD, Movieplay, 1993)
Compilações
editar- Álbum de Recordações (2xLP, Polygram, 1984)
- Os Maiores Sucessos de António Mourão (RCA)
- Os Maiores Sucessos de António Mourão Vol. 2 (RCA)
- Os Últimos Êxitos de (Decca)
- 'Colecção O Melhor dos Melhores (n.º 29) (1994, CD, Movieplay)[3]
- 25 Anos de Cantigas (1989)
- Temas de Ouro da Música Portuguesa (Polygram, 1992)
- Música de Portugal (1995)
- Clássicos da Renascença (Movieplay, 2000)
- Magia do Fado (Espacial, 2000)
- O Melhor de António Mourão (Iplay, 2008)
- Essencial (EVC, 2014)
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n «Artigos de apoio : António Mourão». Indica dia "5" como dia de nascimento. Infopédia. 19 de outubro de 2013. Consultado em 25 de março de 2017}
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o Agência Lusa (19 de outubro de 2013). «Morreu o fadista António Mourão». Indica dia "3" como dia de nascimento. Correio da Manhã. Consultado em 23 de junho de 2016
- ↑ «Catálogo - Detalhes do registo de "António Mourão; O melhor dos melhores; 29"». Fonoteca Municipal de Lisboa. Consultado em 22 de fevereiro de 2016
Ligações externas
editar- «Discografia de António Mourão» (em inglês). no Discogs