António de Albuquerque

escritor português

António de Albuquerque (Viseu, 11 de março de 1866Sintra, 2 de julho de 1923), de seu nome António de Albuquerque do Amaral Cardoso de Vilhegas e Guzman Barba Alardo de Lencastre e Barros de Menezes Pina e Lemos foi um escritor e jornalista[1] português que ganhou projeção pelo seu romance O Marquês da Bacalhoa, publicado em 1908.[2]

António de Albuquerque
Nome completo António de Albuquerque do Amaral Cardoso de Vilhegas e Guzman Barba Alardo de Lencastre e Barros de Menezes Pina e Lemos
Nascimento 11 de março de 1866
Viseu, Portugal
Morte 2 de julho de 1923 (57 anos)
Sintra, Portugal
Nacionalidade Portugal Português
Ocupação Escritor
Magnum opus O Marquês da Bacalhoa

António de Albuquerque nasceu no seio de uma das famílias mais aristocráticas de Portugal. Teve uma educação parisiense, muito influenciada pela literatura francesa e pelos ideais republicanos e anarquistas. De regresso a Portugal, os seus modos mundanos e as suas ideias foram mal recebidos na capital e prejudicaram a sua carreira literária.[3]

Os seus romances tiveram inicialmente influências do realismo, mas tomariam posteriormente um pendor mais naturalista e decadentista.[4] O seu romance histórico O Marquês da Bacalhoa (1908) foi um sucesso polémico, com vendas de 6000 exemplares, mas gerou enorme controvérsia pela sua abordagem panfletária e crítica sobre a família real portuguesa, a classe política, o catolicismo, o suposto lesbianismo da rainha D. Amélia[3] e outros aspetos da sociedade da época.

Em 1923, já próximo da morte, António de Albuquerque converte-se ao catolicismo, lamentando o que escrevera sobre a família real e pedindo o perdão da rainha D. Amélia. Faleceu na sua casa de Sintra, aos 57 anos, no dia 2 de julho de 1923.[3]

A sua obra não é extensa, tendo publicado:[4]

  • Arco-íris (poesia)
  • Maria Teles (poesia)
  • Escândalo!: Cenas da Vida de Província (romance, 1904)
  • tradução de Les Civilisés (1906), de Claude Farrère (1876-1957)
  • O Marquês da Bacalhoa (romance histórico, 1908)
  • A Execução do Rei Carlos (romance histórico, 1909)
  • O Solar das Fontainhas: Cenas do Porto (investigação histórica, 1910)

Referências

  1. Raul Brandão (1918). Memórias: 1º volume. Porto: Renascença Portuguesa 
  2. Dicionário de Literatura Gay. Lisboa: INDEX ebooks. 2023. 90 páginas. ISBN 9798841927501 
  3. a b c Martim de Gouveia e Sousa. «Daqui houve gente de Portugal». Revista Millenium, Instituto Politécnico de Viseu 
  4. a b DGLAB-Direção Geral do Livro dos Arquivos e das Bibliotecas (1990). «António de Albuquerque». Consultado em 8 de dezembro de 2023 
  Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.