Archaeobatrachia é uma subordem de anfíbios anuros que contém espécies mais primitivas em relação a Neobatrachia. O clado é considerado parafilético. Muitas das espécies dessa subordem mostram certas características fisiológicas que não estão presentes em outros sapos e rãs, o que caracteriza esse grupo. Eles são amplamente encontrados na Eurásia, Nova Zelândia, Filipinas, Bornéo e no costa noroeste da América do Norte.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaArchaeobatrachia
Ocorrência: Jurássico Médio - Recente
Leiopelma hochstetteri
Leiopelma hochstetteri
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Subclasse: Lissamphibia
Ordem: Anura
Subordem: Archaeobatrachia *
Reig, 1958
Famílias
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Taxonomia

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Archaeobatrachia foi inicialmente proposta por Osvaldo Reig em 1958 para abrigar os clados Discoglossidae, Rhinophrynidae e Pelobatoidea.[1] O grupo sofreu diversas mudanças na sua composição durante os anos seguintes. Duellman em 1975 modificou a formação do clado que foi composto pelas famílias Leiopelmatidae, Discoglossidae, Pipidae, Rhinophrynidae, Pelobatidae e Pelodytidae.[2] Em 1979, Laurent criou uma nova subordem, a Mesobatrachia, onde incluiu os clados Pipoidea e Pelobatoidea, restingindo a Archaeobatrachia as famílias Leiopelmatidae e Discoglossidae.[3]

Em 1973, Savage reconheceu a distinção dos gêneros Ascaphus e Leiopelma, colocando cada um em sua própria família monotípica, Ascaphidae e Leiopelmatidae.[4] Esse arranjo de famílias distintas é disputado entre pesquisadores, alguns corroboram a distinção[5][6] enquanto outros consideram os dois gêneros relacionados entre si, e por isso inclusos numa mesma família, a Leiopelmatidae.[7][8] Os gêneros Bombina e Barbourula tradicionalmente incluídos na Discoglossidae foram transferidos para uma família distinta, a Bombinatoridae, com base em características morfológicas e filogenéticas.[9][10][11] O nome Discoglossidae descrito por Albert Günther em 1858 tem sido usado como nome da família que inclui os gêneros Discoglossus e Alytes, entretanto, o termo Alytidae descrito por Leopold Fitzinger em 1843 tem a prioridade de uso.[12]

Referências

  1. REIG, O.A. (1958). «Proposiciones para una nueva macrosistematica de los anuros. Nota preliminar». Physis. 21: 109-118 
  2. DUELLMAN, W.E. (1975). «On the classification of frogs». Occasional Papers of the Museum of Natural History University of Kansas. 42: 1-14 
  3. LAURENT, R.F. (1979). «Esquisse d'une phylogènese des anoures». Bulletin Zoologie Fr. 104: 397-422 
  4. SAVAGE, J.M. 1973. The geographic distribution of frogs: patterns and predictions. In: VIAL, J.L. (Ed.). Evolutionary Biology of the Anurans: Contemporary Research on Major Problems. University of Missouri Press, Columbia, Missouri, 351-445.
  5. GREEN, D.M.; CANNATELLA, D.C. (1993). «Phylogenetic significance of the amphicoelous frogs, Ascaphidae and Leiopelmatidae». Ethology, Ecology & Evolution. 5: 233-245 
  6. BOSSUYT, F.; ROELANTS, K. (2009). HEDGES, S.B.; KUMAR, S. (Ed.), ed. The Timetree of Life. New York, U.S.A.: Oxford University Press. pp. 357–364 
  7. FROST, D.R.; et al. (2006). «The amphibian tree of life». Bulletin of the American Museum of Natural History. 297: 1-370 
  8. IRISARRI, I.; SAN MAURO, D.; GREEN, D.M.; ZARDOYA, R. (2010). «The complete mitochondrial genome of the relict frog Leiopelma archeyi: Insights into the root of the frog Tree of Life». Mitochondrial DNA. 21: 173-182 
  9. FORD, L.S.; CANNATELLA, D.C. (1993). «The major clades of frogs». Herpetological Monographs. 7: 94-117 
  10. PUGENER, L.A.; MAGLIA, A.M.; TRUEB, L. (2003). «Revisiting the contribution of larval characters to an analysis of phylogenetic relationships of basal anurans». Zoological Journal of the Linnean Society. 139: 129–155 
  11. ROELANTS, K.; BOSSUYT, F. (2005). «Archaeobatrachian paraphyly and Pangaean diversification of crown-group frogs». Systematic Biology. 54: 111-126 
  12. DUBOIS, A. (2005). «Amphibia Mundi. 1.1. An ergotaxonomy of Recent amphibians». Alytes. 23: 1–24