Architectonicidae
Architectonicidae (nomeadas, em inglês, sundial -sing.; na tradução para o português, "disco-solar")[5][6][7] é uma família de moluscos gastrópodes marinhos de conchas orbiculares (em forma de círculo), de espiral baixa e umbílico amplo,[6] classificada por John Edward Gray, em 1850, e pertencente à subclasse Heterobranchia.[3] Sua distribuição geográfica abrange os oceanos tropicais e subtropicais da Terra, em águas rasas,[4] na areia,[8] com espécies, geralmente minúsculas e incolores, ocorrendo na zona batipelágica.[7]
Architectonicidae | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Uma concha de Architectonica perspectiva (Linnaeus, 1758),[1] uma das mais conhecidas espécies de moluscos Architectonicidae. Espécime da coleção do Museu de História Natural de Leiden. | |||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||
| |||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||
Gêneros | |||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||
Solariadae Carpenter, 1857 Solariidae Carpenter, 1857 Toriniidae Troschel, 1875 Teretropomatidae Rochebrune, 1881 Teretropomidae Rochebrune, 1881 Heliacidae Cotton & Godfrey, 1933 Mangonuidae Iredale, 1936 Mangonuiidae Iredale, 1936 Pseudomalaxinae Garrard, 1978 Philippiinae Melone & Taviani, 1985 (WoRMS)[3] |
Descrição
editarAlém de compreender, em sua totalidade, caramujos de conchas orbiculares, de espiral baixa e com umbílico amplo, lateralmente cônicas, os Architectonicidae são caracterizados por sua base plana, abertura angular-subquadrada e pela direção de seu enrolamento se modificar, durante a ontogênese: a concha embrionária, ou protoconcha, se apresenta dirigida para baixo e se inverte ao longo do crescimento, sendo denominada heterostrófica. Escultura de costelas em espiral, lisas ou frisadas. Opérculo córneo, com uma projeção em forma de cavilha. Animal com pé largo, oval, dotado de olhos em seus tentáculos.[8][9][10] Esta família pode, ainda, nos representantes menores, apresentar gêneros com concha de superfícies verrucosas (Pseudotorinia, Solatisonax) e com conchas de espiral achatada (Pseudomalaxis, Spirolaxis), incluindo espécies cujas voltas não se tocam (Spirolaxis).[11][12][13]
-
Cinco vistas da concha de Architectonica maxima (Philippi, 1849),[14] espécime do Indo-Pacífico. Alcançando mais de 8 centímetros de diâmetro, este é o maior membro da família Architectonicidae.[15]
Alimentação
editarOs moluscos Architectonicidae se alimentam de vermes e anêmonas-do-mar, ocasionalmente corais.[8]
Classificação de Architectonicidae: gêneros viventes
editarDe acordo com o World Register of Marine Species, suprimidos os sinônimos e gêneros extintos.[3]
- Adelphotectonica Bieler, 1987
- Architectonica Röding, 1798
- Basisulcata Melone & Taviani, 1985
- Discotectonica Marwick, 1931
- Granosolarium Sacco, 1892
- Heliacus d'Orbigny, 1842
- Philippia Gray, 1847
- Pseudomalaxis P. Fischer, 1885
- Pseudotorinia Sacco, 1892
- Psilaxis Woodring, 1928
- Solatisonax Iredale, 1931
- Spirolaxis Monterosato, 1913
Ligações externas
editarReferências
- ↑ «Architectonica perspectiva» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 30 de março de 2019
- ↑ «Heliacus variegatus» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 30 de março de 2019
- ↑ a b c d «Architectonicidae» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 30 de março de 2019
- ↑ a b OLIVER, A. P. H.; NICHOLLS, James (1975). The Country Life Guide to Shells of the World (em inglês). England: The Hamlyn Publishing Group. p. 48. 320 páginas. ISBN 0-600-34397-9
- ↑ ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 61-62. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0
- ↑ a b WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 40. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9
- ↑ a b «Family Architectonicidae - Sundial Shells» (em inglês). Seashells of New South Wales. 1 páginas. Consultado em 30 de março de 2019
- ↑ a b c RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 182. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2
- ↑ LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 45. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3
- ↑ Departamento de Geologia. «15 BREVE GLOSSÁRIO ETIMOLÓGICO PALEONTOLÓGICO, incluindo nomes de grupos taxonómicos» (PDF). Faculdade de Ciências - Universidade de Lisboa. pp. 89–90. Consultado em 30 de março de 2019
- ↑ Salvador, Rodrigo B. «Heliacus variegatus» (em inglês). Malacological Tales of Snails (WordPress). 1 páginas. Consultado em 30 de março de 2019
- ↑ «Pseudomalaxis nobilis Verrill, 1885». Conquiliologistas do Brasil: CdB. 1 páginas. Consultado em 30 de março de 2019
- ↑ «Spirolaxis centrifuga (Monterosato, 1890)». Conquiliologistas do Brasil: CdB. 1 páginas. Consultado em 30 de março de 2019
- ↑ «Architectonica maxima» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 30 de março de 2019
- ↑ Fonte: Wikipédia inglesa.