Ariobarzanes I da Capadócia
Ariobarzanes, cognominado Filorromano (evidências numismáticas), chamado também de Ariobarzanes I da Capadócia, foi um rei da Capadócia, escolhido pelos capadócios e que governou, de c. 93 a.C. a 63 a.C., com o apoio dos romanos.[1]
Ariobarzanes I da Capadócia | |
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Nascimento | século II a.C. |
Morte | século I a.C. |
Cônjuge | Atenais Filostorgo I |
Filho(a)(s) | Isias Filostorgo, Ariobarzanes II da Capadócia |
Ocupação | monarca |
Ascensão
editarEle tornou-se rei em c. 93 a.C., nos eventos que antecederam as Guerras Mitridáticas, entre Mitrídates VI do Ponto e a República Romana.[1]
Após o assassinato de Ariarates VII, esfaqueado por seu próprio tio, Mitrídates, este colocou seu filho, Ariarates, uma criança, como rei, deixando Górdio, assassino do pai de Ariarates VII, de guardião.[2]
Os capadócios se revoltaram, e chamaram o outro filho de Laódice e Ariarates VI, Ariarates VIII, para reinar, mas Mitrídates o derrotou, exilou, e ele morreu de doença causada pela ansiedade, no exílio.[3]
Nicomedes III da Bitínia então enviou Laódice a Roma, para testemunhar que tinha tido não dois, mas três filhos com Ariarates VI.[3] Mitrídates também enviou Górdio, para dizer que o rei criança, Ariarates, filho de Mitrídates, era filho de Ariarates V, que havia tombado, aliado aos romanos, lutando contra Aristônico.[3] O Senado Romano, percebendo as mentiras dos dois lados, tirou a Capadócia de Mitrídates e a Paflagônia de Nicomedes, oferencendo a liberdade aos capadócios, mas estes queriam um rei, e o Senado escolheu Ariobarzanes.[3]
Exílio e retorno. E de novo exílio e retorno
editarMitrídates se aliou a Tigranes, casando Cleópatra, sua filha, com este rei da Arménia. Tigranes avançou sobre a Capadócia, e Ariobarzenes fugiu para Roma. Na mesma época, morreu Nicomedes, e seu filho, Nicomedes IV da Bitínia, foi expulso por Mitrídates, que tomou seus territórios. Nicomedes também fugiu para Roma, e o Senado Romano decretou que tanto Ariobarzanes quanto Nicomedes deveriam ter seus domínios restaurados. Neste momento, Mitrídates formou uma aliança com Tigranes, para lutar contra Roma.[4]
Segundo Apiano, Ariobarzanes foi exilado e retornou duas vezes, o primeiro exílio correspondente aproximadamente a 93 - 92, e o segundo a 90 - 89 a.C..[1]
Primeira Guerra Mitridática
editarEm 88 a.C.,[1] no vigésimo-terceiro ano de seu reinado, Mitrídates iniciou a guerra contra Roma.[5]
A Capadócia foi ocupada por Mitrídates, Ariobarzanes só voltou a reinar com a paz, em 84 a.C..[1]
Demais guerras
editarEle continou reinando, mesmo sendo atacado por Mitrídates, até 66 a.C., quando foi exilado de novo, até ser restaurado por Pompeu.[1] Pompeu, além de devolver a Capadócia a Ariobarzanes, também incluiu como seus domínios Sofena e Gordiena, retiradas do filho de Tigranes, e a cidade de Castabala, além de algumas cidades da Cilícia.[6]
Sucessão
editarEm c.63 a.C.,[1] ele renunciou e deixou o reino para seu filho,[6] Ariobarzanes II da Capadócia.[1] O nome da sua esposa, descoberto em uma inscrição, era Atenais, e seu filho tinha o epíteto Filopátor.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i William Smith, Dictionary of Greek and Roman biography and mythology, Ariobarzanes, Kings of Capadocia, Ariobarzanes I [em linha]
- ↑ Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 38.1 [la] [en] [en] [fr] [ru]
- ↑ a b c d Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 38.2 [la] [en] [en] [fr] [ru]
- ↑ Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 38.3 [la] [en] [en] [fr] [ru]
- ↑ Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 38.8 [la] [en] [en] [fr] [ru]
- ↑ a b Apiano, História de Roma, As Guerras Mitridáticas, 105 [em linha]