Aristhóteles de Ananias Jr. (álbum)
Aristhóteles de Ananias Jr. é o primeiro e único álbum de estúdio da banda brasileira de rock alternativo Aristóteles de Ananias Jr., lançado em 1996 pelo selo Grenal Records.
Aristhóteles de Ananias Jr. | |||||
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Álbum de estúdio de Aristóteles de Ananias Jr. | |||||
Lançamento | 1996 | ||||
Gravação | 1996 | ||||
Gênero(s) | Rock experimental Rock alternativo Rock psicodélico Rock gaúcho | ||||
Duração | 31:07 | ||||
Gravadora(s) | Grenal Records | ||||
Produção | Marcelo Birck, Ricardo Frantz e Elaine Tomasi Freitas | ||||
Cronologia de Aristóteles de Ananias Jr. | |||||
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Ficha técnica
editarFormação da banda
editar- Marcelo Birck - guitarra, voz, prato, teclado, sampler, saxofone alto e capofone
- Luciano Zanatta - sax alto, sampler, pandeiro, voz
- Pedro Porto - baixo, voz, guitarra, percussão, oboé indígena, gaita de boca, apito
Convidados
editar- Diego Silveira - bateria, sax alto (faixas 7-11) voz (15-17), percussão (8-16)
- Demétrio Panarotto - sax alto (5)
- Elaine Tomasi Freitas - arranjos de sax (2)
- Márcio Petracco - violino (11), voz (15)
- Plato Divorak - voz (11)
- Ricardo Frantz - violino (4-10-14), arroto (1), voz (2), oboé indígena (11)
Gravação e produção
editarGravado em sistema analógico no Estúdio Alfa (16 canais) e em sistema digital no Estúdio Eger (24 canais). Técnicos: Homero Santoro (Alfa); Márcio Petracco, Carlo Pianta, Glauco, Samuel e Dido (Eger)
Edição na Deff Áudio Promoções Musicais, técnicos Marcelo Fornazier e André Birck.
Masterizado por Thomas Dreher.
Arte da capa: Vitor Hugo Cecatto e Marcelo Birck.
Produzido por Aristhóteles de Ananias Jr. e Ricardo Frantz
Faixas
editar- "Canibalismo Odara" (autores: Marcelo Birck, Luciano Zanatta, Ricardo Frantz) – 1:37
- "Heavy" (Marcelo Birck, Ricardo Frantz, Luciano Zanatta) – 2:20
- "Fúlvio Silas II" (Marcelo Birck) – 2:22
- "Grenal do Amor" (Marcelo Birck, Chico Machado) – 2:11
- "Saudades do Alegrete" (Marcelo Birck, Alexandre Birck, Leandro Blessmann) – 2:07
- "Futebol Metal" (Marcelo Birck, Luciano Zanatta, Pedro Porto) – 2:06
- "Guiriguidum" (Marcelo Birck, Pedro Porto) – 2:04
- "Pagode Acebolado" (Marcelo Birck) – 2:41
- "Psicosérgio" (Marcelo Birck) – 0:50
- "Anônima" (Marcelo Birck, Alexandre Birck, Leandro Blessmann) – 2:01
- "Trilha sem Rumo" (Marcelo Birck) – 2:19
- "Crom" (Marcelo Birck) – 1:18
- "Freeway" (Marcelo Birck) – 2:05
- "Bico de Pato" (Chico Machado) – 1:59
- "Mantra" (Marcelo Birck, Diego Silveira) – 0:43
- "Milonga" (Marcelo Birck, Pedro Porto, Luciano Zanatta) – 2:37
- "Kunta Pebem" (Marcelo Birck, Diego Silveira) – 2:27
Recepção
editarArthur de Faria, músico, compositor e pesquisador gaúcho, em sua publicação historiográfica Um Século de Música no Rio Grande do Sul (2001), disse que a banda "produziu uma fita demo excepcional e um CD quase inaudível de tão desconstruído", e definiu a proposta como "a experiência musical mais radical feita em música popular nestas terras".[1] Nas palavras de Eduardo Egs, escrevendo em 2006 para o Overmundo, "usando colagens de trechos de músicas, sobreposição de vozes e muito, mas muito atonalismo, o Aristhóteles causou impacto na cena porto-alegrense. O trabalho da banda foi reunido em um CD lançado em 1996 pelo Grenal Records, selo do próprio Birck. Hoje, passados dez anos, ainda impressiona ouvir as experiências sonoras desse registro".[2] O trabalho também foi elogiado em 2008 por Glerm Soares, pesquisador e músico experimental, que incluiu o disco na sua lista Top Ten para o Mondo Bacana, e disse: "Marcelo Birck é poderoso. Fico de cara quando não levam o cara a sério por preconceito ao seu lado escrachado. O cara inventou uma estética totalmente própria, misturando jovem guarda com atonalismo e tosqueira. As letras são um caso à parte, fuzzy-logic total, como diria Timothy Leary".[3]
O CD da banda foi incluído junto com a demo na Discoteca básica do rock sulista (anos 80, 90 & 00), elaborada por Fernando Rosa e Flávio Sillas Jr., respectivamente editor e colaborador da revista Senhor F.[4] O álbum foi incluído no livro 100 Grandes Álbuns do Rock Gaúcho (2021), de Cristiano Bastos e Rafael Conny, que depois de levantarem a história de cerca de 700 bandas ativas no estado nos últimos 50 anos, convidaram cem notórias personalidades da cultura, entre músicos, radialistas, produtores e jornalistas, para votar a lista final de selecionados.[5][6]
Referências
- ↑ Faria, Arthur de. Um Século de Música no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: CEEE, 2001, s/pp.
- ↑ Egs, Eduardo. "Três lados para cada história". Overmundo, 17/04/2006
- ↑ "Top Ten - Glerm". Mondo Bacana, 15/04/2008; (13)
- ↑ Rosa, Fernando & Sillas Jr., Flávio. "A presença do 'rock gaúcho' na cena independente nacional" Arquivado em 25 de maio de 2014, no Wayback Machine.. Senhor F, s/d
- ↑ Lucchese, Alexandre. "Livro sobre cem grandes discos do rock gaúcho levanta discussões antes de ser lançado; confira a lista". Zero Hora, 19/02/2021
- ↑ Heck, André. "Festival 100 Grandes Álbuns ocorre nos dias 19 e 20 de setembro pela Cubo Play". Jornal NH, 14/09/2021