Arlete Sampaio

política brasileira

Arlete Avelar Sampaio (Itagibá, 28 de junho de 1950) é uma médica e política brasileira.[1] Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), integra a Câmara Legislativa do Distrito Federal desde 2019, durante a oitava legislatura.[2] Anteriormente, foi deputada distrital na quarta[3] e sexta legislaturas,[4] bem como vice-governadora, de 1995 a 1999.[5]

Arlete Sampaio
Arlete Sampaio
Deputada distrital do Distrito Federal
Período 1º de janeiro de 2019
até 1º de janeiro de 2023
Período 1º de janeiro de 2011
até 1º de janeiro de 2015
Período 1º de janeiro de 2003
até 1º de janeiro de 2007
3.ª Vice-governadora do Distrito Federal
Período 1º de janeiro de 1995
até 1º de janeiro de 1999
Governador Cristovam Buarque
Antecessor(a) Márcia Kubitschek
Sucessor(a) Benedito Domingos
Secretária de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do Distrito Federal
Período 4 de janeiro de 2011
até 30 de janeiro de 2012
Governador Agnelo Queiroz
Dados pessoais
Nome completo Arlete Avelar Sampaio
Nascimento 28 de junho de 1950 (74 anos)
Itagibá, Bahia
Nacionalidade brasileira
Progenitores Mãe: Maria Avelar Sampaio
Pai: Juvenal de Almeida Sampaio
Alma mater Universidade de Brasília
Partido PT (1986-presente)
Profissão Médica, política

Educação, medicina e sindicato

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Baiana, Sampaio se tornou moradora de Brasília em 1971.[6] Daquele ano até 1977, quando se formou, estudou na Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília.[7] Enquanto cursava medicina, envolveu-se no movimento estudantil[8] e, ao participar de uma greve, foi expulsa pelo reitor José Carlos de Almeida Azevedo.[9] Em virtude de uma ordem judicial, conseguiu retornar à faculdade e, assim, concluir seus estudos.[7] Posteriormente, especializou-se em saúde pública.[10]

Sampaio trabalhou como médica sanitarista,[11] coordenando programas de saúde.[8] Em Ceilândia, chefiou centros de saúde e foi vice-diretora do Hospital Regional.[12] Engajou-se no movimento sindical e, entre 1985 a 1994, dirigiu o Sindicato dos Médicos. Durante o processo pela autonomia política da capital federal, coordenou o Movimento pela Representação Política do DF e fez parte das Diretas Já.[13]

Carreira política

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Sampaio foi uma das fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do DF,[14][15] Presidiu a Comissão Executiva Regional do PT por mais de um mandato.[16] Candidatou-se pela primeira vez a um cargo público eletivo no pleito de 1986, para uma vaga no Senado Federal, não sendo eleita.[8] Foi a única mulher a concorrer ao Senado naquele ano, em que os eleitores brasilienses elegeram seus representantes para o Congresso Nacional de maneira inédita.[17]

Na eleição de 1990, Sampaio foi candidata a vice-governadora na chapa liderada por Carlos Saraiva, seu colega de partido. A dupla não logrou êxito, alcançando pouco mais de 20% dos votos válidos.[16][18] Na eleição seguinte, elegeu-se vice-governadora na chapa de Cristovam Buarque, no segundo turno, com 53,8%.[8][19] Empossada em 1995, coordenou o orçamento participativo e as administrações regionais.[8][16] Em 1998, concorreu ao Senado pela segunda vez e foi derrotada por Luiz Estevão, recebendo 347 mil votos (36%), ante 460 mil (47,7%) de Estevão.[20]

Sampaio assumiu seu primeiro mandato no legislativo distrital em 2003, após ser eleita no ano anterior com a maior votação para o cargo (35.466 votos).[21] No decorrer da quarta legislatura, presidiu a Comissão de Educação e Saúde e liderou a bancada petista na casa.[13] Em 2005, foi designada relatora da CPI da Saúde.[22][23] Disputou o governo distrital em 2006, apoiada por uma coligação formada por seis partidos.[16] Obteve 275 mil votos (20,9%), a terceira colocada, atrás da governadora Maria de Lourdes Abadia (23,9%) e do eleito, José Roberto Arruda (50,3%).[24][25]

Em 2010, Sampaio elegeu-se para seu segundo mandato na Câmara Legislativa. Com 26.376 votos (1,87%), foi a terceira candidata mais votada.[26] Nomeada secretária de Desenvolvimento Social pelo governador Agnelo Queiroz,[27] só assumiu o mandato na sexta legislatura em janeiro de 2012, quando renunciou do governo Queiroz.[28] Não se candidatou à reeleição em 2014,[29] mas retornou ao cargo em janeiro de 2019 após ser eleita, em 2018, com 15.537 votos, ou 1,05%.[30]

Referências

  1. «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais: Arlete Sampaio». Tribunal Superior Eleitoral. 2020. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  2. «Deputados 2019 - 2022». Câmara Legislativa do Distrito Federal. 2020. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  3. «(2003 - 2006) Quarta Legislatura». Câmara Legislativa do Distrito Federal. 2020. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  4. «(2011 - 2014) Sexta Legislatura». Câmara Legislativa do Distrito Federal. 2020. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  5. «Conheça Arlete Sampaio 13131». Partido dos Trabalhadores. 4 de outubro de 2018. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  6. «Baiana, Arlete Sampaio chegou a Brasília em 1971 disposta a fazer história». Diário do Poder. 1 de março de 2020. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  7. a b «Greve de estudantes de 1977 marca novo encontro da Comissão Anísio Teixeira». Correio Braziliense. 18 de março de 2014. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  8. a b c d e «Candidatos - Governador - Distrito Federal - Arlete Sampaio». Folha de S. Paulo. 12 de agosto de 2006. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  9. «COMISSÃO ANÍSIO TEIXEIRA DE MEMÓRIA E VERDADE» (PDF). Universidade de Brasília. Setembro de 2015. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  10. Ricardo Taffner e Freddy Charlson (7 de outubro de 2018). «Eleições 2018. Veja a lista dos 24 deputados distritais eleitos». Metrópoles. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  11. Ana Maria Campos (11 de novembro de 2010). «Ida de deputados para secretarias deve abrir caminho para suplentes». Correio Braziliense. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  12. «Arlete Sampaio: A des-humanização da saúde pública no Distrito Federal». Cidade Livre. 15 de julho de 2019. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  13. a b «Deputada Arlete Sampaio». Câmara Legislativa do Distrito Federal. 2020. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  14. Ana Viriato (30 de novembro de 2017). «Com correntes rachadas, PT ainda não tem nome para o Buriti em 2018». Correio Braziliense. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  15. «Palavras da Arlete». Brasiliários. 6 de outubro de 2016. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  16. a b c d «ARLETE SAMPAIO (PT)». G1. 21 de agosto de 2016. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  17. Passos, Edilenice (Dezembro de 2009). Senadores do Distrito Federal (PDF). 7. Brasília, Distrito Federal: Senado Federal do Brasil. 14 páginas 
  18. Roberto Fonseca (7 de outubro de 2018). «Com Miragaya, PT tem o pior resultado na história para governador do DF». Correio Braziliense. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  19. «Resultados das Eleições 1994 - 2º turno - Distrito Federal - governador». Tribunal Superior Eleitoral. 2020. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  20. «Eleições - Eleições anteriores - Eleições 1998 - Candidaturas, votação e resultados - Resultado da eleição de 1998». Tribunal Superior Eleitoral. 2020. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  21. «Eleições - Eleições anteriores - Eleições 2002 - Candidaturas, votação e resultados - Resultado da eleição de 2002». Tribunal Superior Eleitoral. 2020. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  22. Mariana Santos (6 de maio de 2005). «CPI acha até remédio vencido no Santa Juliana». Jornal do Brasil. Senado Federal do Brasil. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  23. Eruza Rodrigues (21 de fevereiro de 2006). «CPI da Saúde indicia ex-secretário». Jornal do Brasil. Senado Federal do Brasil. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  24. «Eleições 2006 - Distrito Federal. Apuração 1º turno. Governador». G1. 2006. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  25. «No Distrito Federal, José Roberto Arruda é eleito». Uol. 1º de outubro de 2006. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  26. «Resultados: Distrito Federal: eleições 2010». Terra. 2010. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  27. «Arlete Sampaio é a nova Secretária de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do DF». Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal. Janeiro de 2011. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  28. «Diário Oficial do DF traz exoneração da secretária Arlete Sampaio». G1. 30 de janeiro de 2012. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  29. «PT elege um distrital a menos, mas mantém maior bancada no DF». G1. 6 de outubro de 2014. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  30. «Eleições 2018: apuração Distrito Federal». O Estado de S. Paulo. 2018. Consultado em 11 de setembro de 2020 

Ligações externas

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