Arraial Novo do Bom Jesus
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Maio de 2022) |
O Arraial Novo do Bom Jesus localizava-se a cerca de oito quilômetros do centro histórico do Recife e de Olinda, na antiga capitania de Pernambuco, no Estado do Brasil.
Esta fortificação inscreve-se no contexto da segunda das invasões holandesas do Brasil.
História
editarSOUSA (1885) localiza esta fortificação no lugar conhecido como "Gargantão", dominando Olinda, Recife e os Afogados (op. cit., p. 86). GARRIDO (1940) localiza-a em uma elevação, a uma légua do Recife (op. cit., p. 68). BARRETTO (1958) menciona que um forte, com a denominação de Forte do Morro do Bom Jesus ou Forte do Bom Jesus, ergueu-se no "Gargantão", entre Olinda e Recife, próximo ao Forte de São João Batista do Brum, sobre o Arco do Bom Jesus, porta de entrada em Recife para quem vinha de Olinda (ver Portas do Recife de Olinda). Teria estado guarnecido por seis praças sob o comando de um Sargento, e teria sido artilhado com doze peças de bronze (op. cit., p. 139).
O chamado Arraial Novo, erguido a partir de Setembro de 1645 por determinação do mestre-de-campo João Fernandes Vieira (1602-1681), foi inaugurado em 1 de janeiro de 1646. A sua função era a de guardar as munições de guerra e de boca das forças de resistência portuguesa (GARRIDO, 1940:68), que aí se concentravam, e de onde saíram para a primeira Batalha dos Guararapes (19 de abril de 1648), e para a segunda Batalha dos Guararapes (19 de fevereiro de 1649). Deste arraial foi coordenado o assédio português a Mauritsstadt (a cidade Maurícia, atual Recife).
BENTO (1971) adita: "O forte foi traçado pelo Mestre de Campo Teodósio Estrate, e erguido no local, onde, até bem pouco tempo funcionara o engenho Roterdam do holandês Willem Bierboom." (op. cit., p. 159)
Estava artilhado com oito peças de diversos calibres, vindas de Porto Calvo e de Penedo, reconquistadas (GARRIDO, 1940:68).
No local onde se ergueu o Forte do Arraial [novo] do Bom Jesus, desativado com o fim da campanha (1654), foi erigida uma coluna de granito comemorativa pelo Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, em 1872, restaurada em 1917 por iniciativa do General Joaquim Inácio Batista Cardoso (GARRIDO, 1940:68).
Atualmente, o sítio arqueológico, com os vestígios de uma muralha e de dois baluartes de terra, é ocupado por uma praça pública administrada pela prefeitura, à Av. do Forte s/n°, no bairro de Torrões, no Recife.
Bibliografia
editar- BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
- BENTO, Cláudio Moreira (Maj. Eng. QEMA). As Batalhas dos Guararapes - Descrição e Análise Militar (2 vols.). Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 1971.
- GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
- SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.
- SOUSA, Marcos da Cunha. A Conduta Militar Holandesa no Brasil. RIGHMB. Rio de Janeiro: Ano 55, n° 81, 1995. p. 89-100.
Ver também
editarLigações externas
editarEste artigo carece de caixa informativa ou a usada não é a mais adequada. |