Assassinato do prior do Convento de Nossa Senhora do Carmo
O assassinato do prior do Convento do Carmo foi um crime que aconteceu no século XIX em São Paulo. Antônio Inácio do Coração de Jesus e Melo era um frei carmelita que ocupou o posto de prior do Convento do Carmo na cidade de São Paulo e que foi assassinado em 1859.[1][2]
Assassinato do prior do Convento de Nossa Senhora do Carmo | |
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Data | 1859 |
Tipo de ataque | assassinato |
Mortes | 1 |
Vítimas | Frei Antônio Ignácio do Coração de Jesus Mello |
O Convento do Carmo, naquela época, era formado por dois edifícios: o antigo, que havia sido erguido no fim do século XVI e foi demolido em 1928, e o novo, erguido no século XVIII e que existe até hoje. No segundo prédio ficavam os aposentos do prior. Ele era situado no início da atual avenida Rangel Pestana, onde hoje se localiza o prédio da Secretaria da Fazenda do estado de São Paulo.
Conhecido como um homem rígido, que atuava com aspereza, esse teria sido o motivo de seu assassinato,[carece de fontes] encontrado estrangulado em seu quarto na manhã de 5 de agosto de 1859.[2] O crime foi cometido por dois escravos que costumavam acompanhá-lo como auxiliares, e em resposta a sua severidade. Os escravos alegaram que um deles não teriam recebido dinheiro devido pelo trabalho realizado em dia de folga.[2]
A população da cidade exigiu a pena máxima aos dois escravos: que eles fossem enforcados no centro da capital paulista. Porém, graças a Couto de Magalhães, que atuou como advogado de defesa, a pena máxima foi revertida para uma condenação às galés.
Referências
editarBibliografia
editar- Molina, Sandra Rita (2002). «Na dança dos altares: a Ordem do Carmo e a Irmandade da Boa Morte entre o poder e a sobrevivência no Rio de Janeiro dos primeiros tempos do império (1814-1826)». Revista de História (147): 127-128. doi:10.11606/issn.2316-9141.v0i147p109-134. Consultado em 16 de setembro de 2019
- Molina, Sandra Rita (2006). A morte da tradição: a Ordem do Carmo e os Escravos da Santa contra o Império do Brasil (1850-1889) (PDF) (Tese). Universidade de São Paulo. Consultado em 16 de setembro de 2019