Esta foi a vigésima terceira vez que os 100 metros femininos foram disputados nas Olimpíadas de Verão. Um total de 40 atletas se classificaram para o evento pelo índice olímpico ou pelo ranking. Julien Alfred ganhou a primeira medalha olímpica de Santa Lúcia após levar o ouro na final.[1]
Havia muitas candidatas a favoritas nos 100 metros femininos, mas a bicampeã olímpica Elaine Thompson-Herah não conseguiu defender seus títulos olímpicos de 2016 e 2020, pois uma lesão no tendão de Aquiles a forçou a se retirar das seletivas olímpicas da Jamaica, não permitindo que ela se classificasse para esses jogos.[2] A medalhista de bronze da prova da Olimpíadas de Tóquio Shericka Jackson desistiu após sofrer uma cãibra em uma corrida de preparação na Hungria, optando competir apenas nos 200 metros.[3] A norte-americana Jacious Sears, que manteve o tempo mais rápido do ano por mais de dois meses, se machucou durante uma competição e não pôde participar das seletivas americanas, a competição que daria a vaga para os Jogos Olímpicos.[4]
Houve uma rodada preliminar inicial para dar uma chance de competir às atletas que representavam países que não tiveram corredoras classificadas para a competição. Nenhuma das classificadas nas preliminares avançou para mais uma rodada. As veteranas correram rápido na primeira rodada, Ta Lou-Smith teve o tempo mais rápido com 10s87. Shelly-Ann Fraser-Pryce e Daryll Neita fizeram 10s92, ficando empatadas com o segundo tempo mais rápido. Nas semifinais, Fraser-Pryce não compareceu à linha de largada devido a uma lesão não revelada.[6] Alfred teve o tempo de qualificação mais rápido, 10s84, Richardson e Clayton dividiram o segundo melhor tempo, com 10s89.[7]
Na final, Alfred começou rápido, assumindo a liderança nos primeiros 10 metros. Ao lado dela, Richardson teve um reação de apenas 0s221, colocando-a em último lugar nos primeiros metros. Conforme Alfred aumentava a sua liderança, uma fileira de perseguidores se formou na pista; Mujinga Kambundji, Clayton, Melissa Jefferson e Neita. Ta Lou-Smith sentiu algo e pararia de correr a 40 metros do fim. Richardson, em um corrida de recuperação, foi ultrapassando as adversárias mas não conseguiu alcançar Alfred, uma vez que diferença já era grande demais. Mesmo dando uma relaxada nos últimos três passos, Alfred garantiu a vitória e obteve um novo recorde pessoal, 10s72, sendo a primeira medalha olímpica para Santa Lúcia.[5] Melissa Jefferson fechou o pódio, obtendo a terceira posição.[1][8]
Os 100 metros feminino estão presentes no programa de atletismo olímpico desde 1928. É a corrida de 100 metros mais prestigiada em nível de elite e é a competição de corrida rápida mais curta nas Olimpíadas.
Recordes globais antes das Olimpíadas de Verão de 2024[9][10]
Para o evento feminino de 100 metros, o período de qualificação foi entre 1 de julho de 2023 e 30 de junho de 2024. 48 atletas se classificaram para o evento, com um máximo de três atletas por nação. A atleta poderia garantir sua vaga para a prova se atingisse o índice olímpico de 11s07 ou pelo Ranking Mundial de Atletismo.[12] Além disso, vagas universais foram dadas aos CONs que não tinham atletas qualificados em nenhum outro evento.
A rodada preliminar foi realizada em 2 de agosto, começando às 10:35 (UTC+2) da manhã.[13] As três primeiras de cada bateria (Q) e os cinco mais rápidas (q) avançariam para a primeira rodada.
A primeira rodada foi realizada em 2 de agosto, começando às 11h50 (UTC+2) da manhã.[13] As três primeiras de cada bateria (Q) e as três mais rápidas (q) avançariam para as semifinais.
As semifinais foram realizadas em 3 de agosto, começando às 19:50 (UTC+2) da noite.[26] Os dois primeiros de cada bateria (Q) e os dois mais rápidos (q) avançariam para a final.