Azienda ou fazenda é, em contabilidade e economia, o patrimônio sofrendo constantes ações de natureza econômica por parte do elemento humano por ele responsável.[1]

Aziendalismo

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Aziendalismo é uma teoria científica italiana que define, como objeto de estudo da contabilidade, a azienda. No Brasil, a azienda era considerada objeto de estudo da economia aziendal, ramo contábil da economia que não se desenvolveu.

Origem italiana do termo

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Azienda significa, em italiano, "fazenda" ou "empresa". Talvez seja este o primeiro jargão e conceito que o estudante da área contábil aprende: "contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio à disposição das aziendas". "Fazenda" é oriundo do latim vulgar português facenda, "coisas que devem ser feitas".[2]

Utilização do termo no Brasil

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Deve-se anotar o tradicional estudo do professor Francisco D'Áuria sobre a visão de Giuseppe Cerboni (o mestre da Escola Personalista) e que, muitas vezes, confundiu o significado de azienda para o estudante brasileiro. Conforme D'Áuria, em obra de 1949, Cerboni afirma que as ações de natureza econômica devem contar com o "pensamento administrativo" (que, na verdade, seria um "pensamento jurídico", pois completa dizendo que "indica ao homem a vereda do direito e da moral"). Assim, as aziendas seriam entidades econômico-administrativas, mas com o sentido administrativo que lhe deu Cerboni.

Sem agregar essa conotação jurídica, pode-se entender azienda como o correspondente contábil do antigo conceito econômico de organização (chamada de "instituição" na esfera pública). Esse conceito teve origem quando economistas clássicos que definiram os três "fatores econômicos" (capital, terra e trabalho) não conseguiram explicar satisfatoriamente a geração de riquezas, principalmente a partir do surgimento de grandes corporações mercantis. Assim, começou-se a introduzir a organização como o quarto fator. Caberia, à contabilidade, a função de medir e explicar o produto econômico obtido de forma sistêmica a partir da seguinte estrutura: organização (definida como conjunto de pessoas) e patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações), este sofrendo a ação e a influência daquela, tendência observada nas teses de Herrmann Jr. e dos contabilistas de influência latina.

Atualmente, a teoria da azienda quase não é discutida na contabilidade aplicada no Brasil, uma vez que vem sendo substituída pelos conceitos de gestão da forma como é entendida pelos contabilistas anglo-americanos. Todavia, os juristas que escrevem sobre aspectos empresariais brasileiros se apropriam cada vez mais do termo, colocando-o como sucedâneo moderno da antiga expressão fundo de comércio e suas variações.

Classificação da azienda

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Quanto ao fim

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  • Social: não visam ao lucro. São as sociedades de caráter beneficente, esportivo, cultural, recreativo, religioso etc.;
  • Econômico-social: são aziendas sociais cujo objetivo é o crescimento econômico das mesmas, com objetivo de prestar serviços específicos, como sociedades de pecúlios, aposentadorias e benefícios;
  • Econômica: visam ao lucro voltado para seu próprio benefício. Há numerosos exemplos desse tipo de azienda que permeiam toda a sociedade moderna.

Quanto a seus proprietários

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  • Pública: pertencente à coletividade, mas podendo ser administrada tanto pelo setor público como pelo setor privado (no caso de concessão);
  • Particular: pertence a um indivíduo ou a um grupo restrito de pessoas.

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 211.
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 763.

Fontes

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  • HERRMANN JR., Frederico. Contabilidade Superior (Teoria Econômica da Contabilidade). 9ª ed. São Paulo: Atlas, 1972. 345p.