Bárbara da Matamba
Bárbara (1666), nascida Cambi[1] (em quimbundo: Kambi), Cambu (Kambu) ou Mucambu (Mukambu) foi a angola (rainha) do Reino de Matamba entre 1663 e 1666, sucedendo sua irmã, a consagrada rainha Jinga Ambande.[2]
Bárbara | |
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Angola da Matamba | |
Reinado | 1663 - 1666 |
Consorte | João Guterres Angola Canini |
Antecessor(a) | Ana I |
Sucessor(a) | António Jinga Amona |
Pai | Ngola Quiluanje |
Filho(s) | Francisco Verônica |
Biografia
editarBárbara foi irmã da rainha Jinga, que unificou os reinos de Dongo e Matamba. Jinga promoveu seu casamento com o general João Guterres Angola Canini e nomeou-a herdeira. Porém, Bárbara foi capturada pelos portugueses e mantida refém durante as negociações com sua irmã.
Em 1656, foi libertada pelos portugueses contra várias centenas de escravos. A rainha Jinga assinou um tratado de paz com Portugal e se converteu ao catolicismo, adotando oficialmente o nome cristão de Ana de Sousa. Após a morte de Jinga, Bárbara assumiu o trono. Junto a isso, eclodiu uma guerra civil em Matamba entre ela, apoiada por seu marido, e António Jinga Amona. O conflito apenas teve fim quando seu filho, Francisco, subiu ao trono, em 1680.
Ela teve dois filhos; Francisco, que reinou entre 1680 e 1681, e Verônica, que reinou entre 1681 e 1721.
Referências
- ↑ Cerrano 1996, p. 138.
- ↑ Appiah, Anthony; Gates, Henry Louis (2010). Encyclopedia of Africa (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press
Bibliografia
editar- Cerrano, Carlos M. H. (1996). «Ginga, a rainha quilombola de Matamba e Angola». Revista USP (28)