Bakla
Nas Filipinas, um baklâ, bayot (Cebuano) ou agi (Hiligaynon) é uma pessoa que foi designada como homem ao nascer, mas geralmente adota uma expressão de gênero feminina e se veste como mulheres.[1] São frequentemente pessoas consideradas de terceiro gênero.[2] Muitas baklas são pessoas atraídas exclusivamente por homens, mas não são necessariamente gays.[3] O termo é erroneamente aplicado a mulheres trans.
Baklas são social e economicamente integradas à sociedade filipina, tendo sido aceitas pela sociedade antes da colonização ocidental, muitos dos quais eram respeitados e desempenhavam o papel de líderes espirituais conhecidos como babaylan, katalonan e outros xamãs nas Filipinas pré-coloniais. No entanto, um grupo minoritário de filipinos desaprova ou rejeita os baklas, geralmente por motivos religiosos impostos pelas religiões da época colonial e de inspiração colonial. Um estereótipo comum imputado às baklas é o da parlorista - cross-dressers extravagantes e camp que trabalham em salões de beleza; na realidade, a bakla prospera em vários setores da sociedade, dos níveis mais baixo aos mais altos.[4]
Gênero
editarAs baklas geralmente se vestem e agem como mulheres, deixam seus cabelos crescer, têm implantes mamários, tomam pílulas hormonais e fazem outras mudanças para parecer mais femininas. Algumas também são submetidas a cirurgia de redesignação sexual, mas isso é incomum.[5]
Baklâ é frequentemente considerado um terceiro gênero.[2] J. Neil C. García lembra uma rima infantil que começa listando quatro gêneros distintos: "menina, menino, baklâ, moleca"[5] (nas Filipinas, moleca ou bofinha (tomboy) se refere explicitamente a uma lésbica).
Ver também
editar- Kathoey - na Tailândia
- Direitos LGBT nas Filipinas
- Cultura das Filipinas
- Muxe, um fenômeno semelhante deterceiro gênero no México (especialmente em Oaxaca e regiões vizinhas)
- Travesti - na América Latina
- Femminiello - na Itália
- Transfeminilidade
- Efeminação
- Fakaleiti - em Tonga
- Māhū - no Havaí
- Akava'ine - Maori das Ilhas Cook
- Takatāpui - maoris
Referências
editar- ↑ «Survival Through Pluralism: Emerging Gay Communities in the Philippines». Journal of Homosexuality. 40. PMID 11386330. doi:10.1300/j082v40n03_07
- ↑ a b Aggleton, Peter. Men who sell sex: international perspectives on male prostitution and HIV/AIDS. [S.l.: s.n.] ISBN 1-56639-669-7
- ↑ «Being 'bakla' is NOT the same as being gay»
- ↑ «The Haunting of Gay Manila: Global Space-Time and the specter of Kabaklaan». GLQ: A Journal of Lesbian and Gay Studies. 14. doi:10.1215/10642684-2007-035
- ↑ a b «Performativity, the bakla and the orienting gaze». Inter-Asia Cultural Studies. 1. doi:10.1080/14649370050141140