Orquestra Sinfônica da Polícia Militar do Paraná
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A Banda Sinfônica da Polícia Militar do Paraná, informalmente denominada Banda de Música, é uma instituição de representação da corporação, declarada patrimônio histórico, artístico e cultural do Estado do Paraná,[carece de fontes] que está subordinada à Ajudância Geral do Estado Maior da PMPR.
Banda Sinfônica da Polícia Militar do Paraná | |
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Concerto da Banda Sinfônica no Teatro Guaíra em 2012.
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País | Brasil |
Estado | Paraná |
Corporação | PMPR |
Subordinação | Ajudância Geral |
Criação | 1857 (167 anos) |
Aniversários | 12 de Março |
Insígnias | |
Brasão da Banda Sinfônica |
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Sede |
História
editarA Banda de Música da Polícia Militar do Paraná foi oficialmente criada pela Lei n° 30, de 12 de março de 1857, mas efetivamente se constituiu em 7 de setembro de 1861, ao realizar sua primeira apresentação pública. Seu primeiro Maestro foi o músico Bento Antônio de Menezes; o qual permaneceu na função por vinte e três anos. Por ocasião da visita do Imperador Dom Pedro II a Curitiba[carece de fontes] em 1880, a banda participou de praticamente de todas as solenidades; incluindo-se o baile em honra ao SS.MM. Cita o Imperador em seu diário da viagem:
Primeiros músicos
editarFunção | Nome completo | Nascimento | Naturalidade |
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Maestro | Bento Antonio de Meneses | Paranaguá | |
2° Sargento | Eulâmpio Rodrigues de Oliveira Vianna | Paranaguá | |
Cabo de Esquadra | Bernardo Antonio Marques | Antonina | |
Cabo de Esquadra | Guilherme Joaquim Rodrigues | ||
Soldado | Leandro José Pereira | Paranaguá | |
Soldado | Joaquim Antonio d'Amaral | ||
Soldado | Joaquim Antonio de Oliveira | ||
Soldado | Prudente José do Nascimento | São Paulo - SP | |
Soldado | Antonio José de Almeida Bicudo | Jundiaí - SP | |
Soldado | Manoel Antonio Fabrício | Morretes | |
Soldado | Manoel do Nascimento e Silva | Curitiba | |
Soldado | Francisco Alves Pereira Martins | Iguape - SP | |
Soldado | Joaquim Antonio Gonçalves | Vila do Príncipe (Lapa) | |
Soldado | Manoel Fernandes dos Santos | Antonina | |
Soldado | Américo dos Santos Moraes | Antonina | |
Soldado | Manoel Ephigenio dos Santos | Tindiquera (Araucária) | |
Aprendiz de Corneta | Antonio Roberto | Curitiba | |
Civil | Clarimundo José da Silva | Paranaguá | |
Civil | Irineu Francisco Correia | Ambrósios (São José dos Pinhais) | |
Civil | Joaquim Antonio da Veiga | Guaratuba | |
Civil | Alexandre José de Almeida Garret | Curitiba |
Primeiros instrumentos musicais
editarEm 8 de junho de 1857 foi despendido o valor de 1.252$112 (um Conto e duzentos e cinquenta e dois mil Réis e cento e doze Réis) para a compra de vinte um instrumentos musicais.[carece de fontes]
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Também foram adquiridos três bocais e três portes (alças em couro para suporte); bem como dez peças musicais, cinco escalas para instrumentos e três compêndios.
Banda de Música da Polícia Militar do Paraná em 1868. Fotografias de João de Almeida Barbosa. |
Por problemas financeiros a banda foi dissolvida em 1883,[carece de fontes] voltando a ser reativada em 03 de Setembro de 1891. Ao ser criado o Batalhão de Guardas em 1952, a banda foi incorporada ao seu efetivo. Em 1975 foi transferida para a Academia Policial Militar do Guatupê (APMG), readquirindo autonomia na década de oitenta.
Primeira apresentação
editarA primeira apresentação da Banda de Música deu-se em 7 de setembro de 1861, data comemorativa da Independência do Brasil.
Programação do Aniversário da Independência do Império em 1861.[carece de fontes]
- Ao romper da alvorada os sinos da Igreja Matriz dobraram, e, subsequentemente, a Banda de Música da Companhia de Força Policial tocou o Hino Nacional em frente ao Palácio do Governo, enquanto o 3° Regimento de Artilharia disparou uma salva de vinte e um tiros.
- Ao meio dia deu-se o Te-Deum, com a presença do Presidente da Província e demais autoridades.
- Cerimonial:
- 1. Os principais funcionários reuniram-se em frente ao Palácio do Governo à espera do Presidente da Província;
- 2. O Presidente da Província chegou e seguiu escoltado pelos comandantes do Corpo Policial e do Esquadrão de Cavalaria do Corpo Fixo; sendo seguido pelos Presidentes da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal, e pelos Inspetores do Tesouro Provincial e da Tesouraria Geral;
- 3. A Companhia de Força Policial e a Banda de Música prestaram continência, e o cortejo seguiu pela Rua das Flores até a Rua Ypiranga (Avenida Marechal Floriano), em direção ao Largo da Matriz (Praça Tiradentes);
- 4. Logo após a saída do Presidente, a Companhia e a Banda partiram em passo acelerado pela Travessa da Matriz (Rua Monsenhor Celso) e postaram-se perante a Igreja Matriz, para voltarem a receber o cortejo;
- 4. Perante a Igreja Matriz o vigário fez a bênção do Presidente e das demais autoridades presentes;
- 5. O cortejo se retirou e a Companhia Policial e a Banda fizeram o caminho inverso, retornando ao Palácio;
- 6. No Palácio o cortejo foi recebido com fogos de artifício. O Presidente se dirigiu a uma sala onde havia uma pintura em tamanho natural do Imperador D. Pedro II, engalonado por dosséis. Sentou-se do lado esquerdo dessa pintura e passou a receber as felicitações pelo Aniversário da Independência. A seguir foi servido um banquete às autoridades.
- À noite foi realizado o Baile do Aniversário da Independência. A recepção foi feita com melodias executadas pela Banda de Música. O início do baile se deu pela execução do Hino Nacional. E ao final do hino o Presidente se dirigiu à janela do Palácio e bradou:
“ | Viva Sua Majestade, o Imperador! | ” |
- Ao que o povo respondeu:
“ | Viva! Viva a Família Imperial! Viva a Nação Brasileira! Viva! |
” |
- Entre às 22:00 h e 23:00 h foi servido um chá;
- Às 02:00 h da madrugada foi servido uma ceia, onde foi feito um brinde ao Imperador. Após a ceia encerrou-se as festividades.
Paralelamente às comemorações foi servido almoço e jantar especial aos indigentes e presos na Cadeia Pública; sendo alguns dos presos anistiados e libertados.
Em 1917 a Banda da Força Militar iniciou uma campanha para a construção de uma herma em homenagem ao grande músico brasileiro, Carlos Gomes. Foi então criada uma comissão constituída por Gabriel Ribeiro, presidente; Octávio Secundino, secretário; Attilio D'Alo (maestro antecessor), tesoureiro; Arthur Santos, orador; e Romualdo Suriani, diretor artístico. Em 11 de Julho realizou o primeiro concerto no Teatro Guaíra, com objetivo de angariar fundos para a obra. A campanha durou longos oito anos até que em 26 de Janeiro de 1925 o monumento foi oficialmente inaugurado na Praça Carlos Gomes, área central de Curitiba. Em agradecimento, a filha de Carlos Gomes, Ítala Gomes Vaz de Carvalho, presenteou Romualdo Suriani com algumas partituras de 1890 e alguns rascunhos da ópera Condor.[carece de fontes]
Com a vitória da Revolução de 1930 a Força Militar do Estado do Paraná foi enviada à Capital Federal, Rio de Janeiro; retornando a Curitiba em 11 de Novembro. Entretanto a Banda de Música permaneceu na Capital e em 03 de Novembro tocou na posse de novo governo. No dia 15 de Novembro participou do desfile cívico-militar, compondo o Batalhão Patriótico Voluntários do Paraná. Em 19 de Novembro realizou uma apresentação pública no Cemitério São João Batista, em homenagem a João Pessoa. Em 20 de Novembro apresentou-se no Jardim da Glória. E em 26 de Novembro apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, executando a "plotofonia" de O Guarani, de Carlos Gomes. Todas as apresentações foram executadas de cor, sem o uso de partituras.[carece de fontes]
Maestros da Banda PMPR
editarPor problemas financeiros ocasionados pela Guerra do Paraguai, a banda foi dissolvida em 1883;[carece de fontes] sendo somente reativada após a Proclamação da República, em 03 de Setembro de 1891.
- Maestro Vicente D’Aló (1892 - 1913)
- Capitão Romualdo Suriani (1913 - 1942)
- Coronel Angelo Antonello (1942 - 1960)
- Capitão Acyr Benedito Tedeschi (1960 - 1976)
- Capitão Izidoro Rossi (1976 - 1980)
- Capitão Isaac Otávio da Silva (1980 - 1991)
- 1° Tenente Antônio Manoel Alves (1991 - 1992)
- 1° Tenente Eliazar Moreira dos Santos (1992 - 1994)
- 1° Tenente Maximiano Pereira da Silva (1994 - 2000)
- Capitão Paulo Kühn (2000 - 2007)
- Capitão Roberval Gomes Barbosa (2007 - 2009)
- Capitão Paulo França dos Santos (2009 - 2011)
- Capitão Arilson Cesar Lecheta (2011- 2015)
- Capitão Josué de Souza (2015 -2016)
- Capitão Eliel Fonseca de Souza (2016 - 2018)
- Capitão José Galdino Silva Filho (2018 - )
No período do Império as árvores de campainhas eram estandartes representativos das bandas militares. Com possível origem na China, eram usadas pelos Janízaros do Império Otomano desde o século XIV. No século XVIII chegaram à Europa como troféu de guerra dos exércitos austríacos e poloneses; sendo usadas exclusivamente por tropas que combatiam a pé.
As árvores de Campainhas foram adotadas em Portugal no início do século XIX, e em seguida pelo Brasil. Compunham-se basicamente de um suporte cônico adornado com pingentes e símbolos orientais; fixo a uma haste com mola e uma esfera lastrada, para intensificar o tilintar das campainhas. Com a República elas foram substituídas por hastes com liras e teclado central, no qual o portador dava acompanhamento à música.[1]
Corneta-Mor
editarO "General" da Banda
- Embora o Maestro fosse classificado como oficial, fora da regencia tinha pouca ou nenhuma autoridade sobre o efetivo. Quem respondia pela banda perante o comando da tropa, era o Corneta-Mor.[nota 1] Os músicos eram militares comissionados,[nota 2] profissionais especialmente contratados por suas habilidades específicas, tal qual o médico, o veterinário, etc., e não possuíam as mesmas prerrogativas do efetivo fixo; e embora estivessem classificados por postos e graduações para efeito de remuneração, não possuíam ascendência sobre os combatentes.[nota 3] Os cornetas (corneteiros) eram os únicos considerados verdadeiros militares, pois acompanhavam a tropa em combate, compartilhando dos mesmos perigos. Mesmo que uma unidade não possuísse banda de música, não podia prescindir de corneteiros.
- Era o Corneta-Mor quem exercia a função de "carrasco" da unidade; sendo ele quem aplicava os castigos corporais[nota 4] antes destes serem proibidos pela Lei nº 2.556, de 26 de setembro de 1874. Geralmente a banda tocava durante a aplicação desses castigos para aplacar os gritos ou gemidos dos sentenciados.
- Quando o uso da barba e das longas costeletas passou a ser proibido nas forças armadas brasileiras, o Corneta-Mor manteve o cavanhaque (privilégio de oficial).
Uniformes históricos
editar1861 | 1899 | 1913 | 1951 | 1967 | 2001 |
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Muitas unidades também possuíram suas próprias bandas, cuja história ainda está por ser escrita:
- 1968 - Banda do 2° Batalhão de Polícia Militar (Jacarezinho);
- 1972 - Banda do 5° Batalhão de Polícia Militar (Londrina).
- O 4° BPM (Maringá), o 6° BPM (Cascavel), o 7° BPM (Cruzeiro do Oeste), o 9° BPM (Paranaguá) e o 15° BPM (Rolândia) também possuíram bandas.
Em 1977, a Inspetoria Geral das Polícias Militares (IGPM) determinou que as Polícias Militares possuíssem apenas uma banda de música em toda corporação, e que fossem extintas as bandas das Unidades.[carece de fontes]
Banda de Clarins da Polícia Montada
editarPor tradição, ao contrário da infantaria que usa cornetas, a "voz" da cavalaria é o clarin. A Banda de Clarins do Regimento de Polícia Montada da PMPR foi oficialmente organizada em 1947, no comando do Coronel Luiz José dos Santos. Seu primeiro chefe foi o Tenente Victor Gonçalves dos Santos; integrada por seis soldados músicos.[carece de fontes]
Banda do Corpo de Bombeiros
editarO Corpo de Bombeiros possuía fanfarra desde sua criação. Entretanto a banda do CCB somente foi ativada em 1950; realizando sua primeira apresentação na Praça Carlos Gomes, em 3 de fevereiro. A partir de agosto de 1951 ela passou à condição de adida à Banda da PM; sendo com o passar do tempo, absorvida. Em julho de 1962 ela foi reorganizada pelo Maestro Fernando Alves, tendo gravado o Hino do Paraná e a Marcha de Curitiba para distribuição nas escolas; posteriormente, foi novamente incorporada à da PM. Na década de 1980 foi reativada pelo Maestro, Sargento Maximiano Pereira da Silva, e está atualmente adida à da PM.
- Os 470 toques de corneta precisavam ser decorados para informar corretamente a tropa sobre todos os comandos necessários, mas ele garante que a aprendizagem foi rápida e tranquila.
“ | Todos os bombeiros precisavam conhecê-los e esta já era uma exigência na seleção para o ingresso. Lembro até hoje do mais difícil: o da guarnição de salvamento (subir no quinto andar do prédio incendiado – salvar o oficial de dia que está em perigo). | ” |
- Outro toque bastante interessante (relembra ele) era o de cachaça, autorizado pelo comandante em noites muito frias, depois que a tropa voltava de um incêndio com o uniforme molhado. Os bombeiros recebiam um pequeno copo de cachaça com mel para aquecer o corpo.
Em 1983 foram adquiridas quatro gaitas de fole, que então passaram a fazer parte dos instrumentos das bandas da polícia militar e corpo de bombeiros.
A Banda de Música do Colégio da Polícia Militar do Paraná (CPM) foi criada no ano de 1976 na categoria de fanfarra simples, e desde então vem atendendo à comunidade com as suas apresentações, que vão desde Dia das Mães até festas natalinas.
A banda tem como principal objetivo desenvolver no aluno o interesse pela arte musical, promovendo o cultivo da arte e, principalmente, manter acesa a chama do civismo entre os alunos. Para fazer parte da banda o aluno não necessita ter conhecimentos musicais, basta somente ter disponibilidade de tempo para as aulas teóricas e práticas, as quais variam de acordo com o instrumento musical que o aluno optar. Todos os ensaios são realizados nas instalações do próprio colégio.
Em 1990 a banda passou a ser chamada de Banda Marcial.
Em 1992 passou à categoria de Banda Musical.
Atualmente, em 2010, ela é formada por um efetivo de aproximadamente sessenta alunos, dos quais a maioria são do próprio colégio.
Alguns méritos conquistados:
- 1981 - Campeã Nacional;
- 1982 - Bicampeã Estadual;
- 1983 - Tricampeã Estadual;
- 1984 - Tetracampeã Estadual;
- 1985 - Pentacampeã Estadual;
- 1986 - Hexacampeã Estadual;
- 1995 - Heptacampeã Estadual;
- 2012 - 1º lugar de banda musical de concerto na categoria infanto-juvenil.[3]
Notas e referências
Notas
- ↑ Um Primeiro Sargento; distinguia-se por usar as divisas em prateado.
- ↑ Até 1916 na PMPR. Decreto nº 41, de 20 de janeiro.
- ↑ Para salientar essa condição, suas insígnias eram usadas no braço contrário ou invertidas (variando com o regulamento vigente).
- ↑ Pranchadas de espada (de madeira), açoites com vara de marmelo ou correia de couro (do capote).
Referências
- ↑ As Árvores de Campainhas, Segredos e Revelações da História Militar do Brasil - Revista O Cruzeiro; Gustavo Barroso; Abril de 1949.
- ↑ Página da Associação da Vila Militar da PMPR - Corpo de Bombeiros do Paraná comemora 100 anos de história.
- ↑ «Página oficial do Colégio da Polícia Militar do Paraná.». Consultado em 29 de abril de 2013. Arquivado do original em 3 de março de 2016
Bibliografia
editar- Episódios da História da PMPR - Volume IV; Capitão PMPR João Alves da Rosa Filho; Edição da Associação da Vila Militar; 2000[Falta ISBN]
- Memórias de um Velho Soldado; General Dermeval Peixoto; Volume 267; Edição da Bibliex; 1960[Falta ISBN]
Ligações externas
editar- «História e Tradição da Música Militar» (PDF). (Texto em pdf.)
- «Bandas Militares no Brasil: difusão e organização entre 1808 a 1889» (PDF). (Texto em pdf.)
- «Observações acerca da Música Militar na Guerra do Paraguai» (PDF). (Texto em pdf.)
- «Página do Cristão Militar»