Bares (Mañón)
Bares é uma paróquia do concelho de Mañón situada no extremo esquerdo da ria que forma o Sor.
O extremo desta península é o cabo Estaca de Bares. Nele há um parque eólico, precisamente numa localização na qual abundavam em tempos os moinhos de vento e as aceias.
História
editarO porto de Bares aparece citado pela primeira vez em 916 num documento do rei Ordonho II, quem concedeu o senhorio da Vila de Bares e um mosteiro sito na paróquia de Mogor ao bispo de Mondoñedo Sabarico II. Mas a sua existência como vila e como porto remonta a muitos séculos antes, como demonstran os achados de moedas fenícias, tégulas, ânforas e uma necrópole romana. Encontraram-se também várias mamoas, que foram catalogadas por Federico Maciñeira.
O molhe do porto de Bares, uma magnífica construção a jeito de quebra-mar, de grandes rochas; é conhecido com o nome de O Coído. Pode ser considerado o porto mais antigo dos conhecidos no Noroeste da Península Ibérica, talvez de origem fenícia. Muitos expertos, incluindo Federico Maciñeira e Fernando Alonso Romero, assinaram-lhe uma cronologia pré ou proto-histórica, levando em conta os freqüentes e importantes achados efetuados neste lugar. Uma teoria alternativa é a de que remonta ao século XIII ou XIV, quando se generalizou a caça da baleia no litoral cantábrico, e Bares se converteu num porto refúgio para barcos baleeiros.
Ficam os vestígios de uma base do Exército dos Estados Unidos, pertencendo ao sistema LORAN para controlo das comunicações aéreas. Foi abandonada em 1991.
Também pode encontrar-se no alto do monte de Bares uma guarita de pedra, do século XVIII, que comunicava com outras duas em Espasante e no alto do Ortegal, cumprindo uma missão de vigilância do território.