Be Like Others
Be Like Others (traduzido literalmente como: Ser Como os Outros), conhecido também como Transsexual in Iran, é um documentário de 2008 escrito e dirigido por Tanaz Eshaghian que trata sobre transexuais no Irã. O documentário explora questões de gênero e identidade sexual enquanto acompanha as histórias pessoais de alguns dos pacientes de uma clínica de mudança de sexo em Teerã. O filme foi apresentado no Festival Sundance de Cinema e no Festival Internacional de Cinema de Berlim, ganhando três prêmios nos dois eventos.
Be Like Others | |
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Ser como os outros (prt) | |
Irão Estados Unidos Reino Unido Canadá França 2008 • cor • 83 min | |
Gênero | documentário |
Direção | Tanaz Eshaghian |
Roteiro | Tanaz Eshaghian |
Edição | Siddiq Barmak |
Idioma | persa |
Visão geral
editarEmbora as relações homossexuais sejam ilegais (punível com a morte) no Irã, cirurgias de redesignação sexual são permitidas. Em 1987, o líder islâmico Ruhollah Khomeini passou uma fatwa permitindo cirurgias de mudança de sexo, argumentando que elas serviam como uma cura para "transexuais diagnosticados".[1] Be Like Others mostra as experiências de pacientes do sexo masculino e feminino no Centro Cirúrgico Mirdamad Dr. Bahram de Mir-Jalali, um clínica de reatribuição sexual em Teerã.[2] um deles é Ali Askar, um homem de 24 anos de idade que enfrenta o assédio de outros homens devido à sua aparência e comportamento femininos. Ele não quer se tornar uma mulher, mas não vê outra opção para ele na sociedade iraniana. Ali Askar decide ir em frente com a cirurgia, apesar das ameaças de morte advindas de seu pai, e encontra o apoio de Vida, uma transexual pós-operada que ele encontra na clínica. No final do filme, Ali tornou-se uma mulher chamada Negar, que foi deserdada por sua família, passou por tratamento contra depressão e teve que trabalhar como prostituta. Anoosh é outro jovem, com vinte anos, que foi condenado ao ostracismo devido à sua feminilidade. Seu namorado se sente mais confortável quando Anoosh se veste como uma mulher, e em contraste com Ali, a mãe de Anoosh apoia seu desejo de mudar de sexo. O final do filme mostra Anoosh — agora Anahita — feliz e noiva de seu namorado. No entanto, seu namorado tornou-se cada vez mais distante desde que Anahita realizou sua cirurgia.[3]
Ao longo do filme, os pacientes da clínica de reatribuição sexual afirmam que eles não são homossexuais, vendo a homossexualidade como algo que é vergonhoso e imoral. A opinião de Eshaghian é que esta vergonha é a força motriz por trás da decisão de tantos iranianos em decidir mudar seu sexo. Ela diz que a identificação como transexual em vez de homossexual lhes permite viver livre dos assédios da sociedade iraniana.[1]
Referências
- ↑ a b Barford, Vanessa (25 de fevereiro de 2008). «Iran's 'diagnosed transsexuals'». BBC. Consultado em 1 de março de 2008. Cópia arquivada em 29 de fevereiro de 2008
- ↑ Blizek, William L.; Ruby Ramji (abril de 2008). «Report from Sundance 2008: Religion in Independent Film». Journal of Religion and Film. 12 (1). Consultado em 1 de março de 2008. Cópia arquivada em 10 de fevereiro de 2008
- ↑ Koehler, Robert (31 de janeiro de 2008). «Be Like Others Review». Variety. Consultado em 1 de março de 2008