Bermudo Soares de Ribadouro
Bermudo Soares de Ribadouro (ou Vermudo Soares) (m. Ervas Tenras, 24 de junho de 1191), foi um fidalgo, rico-homem e cavaleiro medieval português, e senhor de várias honras. É conhecido sobretudo pelo governo da tenência familiar de Lamego, "herdada" do pai[1].
Bermudo Soares de Ribadouro | |
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Rico-homem/Senhor | |
Senhor de Fontelo e Vila Cova | |
Reinado | 1189-1191 |
Predecessor(a) | Soeiro Viegas |
Sucessor(a) | Lourenço Soares |
Tenente régio | |
Reinado |
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Morte | 24 de junho de 1191 |
Ervas Tenras, Pinhel, Guarda, Portugal | |
Sepultado em | Mosteiro de Salzedas, Tarouca, Viseu, Portugal |
Dinastia | Ribadouro |
Pai | Soeiro Viegas de Ribadouro |
Mãe | Sancha Bermudes de Trava |
Religião | Catolicismo romano |
Biografia
editarBermudo Soares era o filho primogénito do magnate Soeiro Viegas de Ribadouro, filho mais novo de Egas Moniz, o Aio, e da sua sua esposa Sancha Bermudes de Trava, sobrinha do primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques. Estava, portanto, estreitamente aparentado à família real portuguesa.
Em 1187 surge como rico-homem e tenente de Lamego, cargo no qual parece ter já sido associado pelo pai, dado que ainda poderia viver por essa altura[2], que, provavelmente, percebendo a importância desta tenência, preferiu retê-la para os seus descendentes[3].
A herança que o seu pai recebeu de Egas Moniz fizera dele um senhor de numerosos e grandes haveres ou honras por todo o Ribadouro, especialmente desde cerca de Lamego e Tarouca até aos rios Paiva e Távora[3]. Bermudo teve acesso a toda esta fortuna após a morte de Soeiro Viegas, entre 1187 e 1189.
Bermudo participou, juntamente com o seu irmão Lourenço e outros importantes ricos-homens, na Batalha de Ervas Tenras, que ocorreu sensivelmente por volta de 1190/91, e que opunha as forças beirãs a Afonso IX de Leão, que, com as suas tropas, invadia a região do Ribacoa[4]. Bermudo não saiu vivo desta batalha[4].
Bermudo faleceu, solteiro e sem descendência, a 24 de junho de 1191, segundo o obituário do mosteiro de Salzedas, onde se sepultou[5], deixando provavelmente os seus bens ao seu irmão Lourenço.
Referências
- ↑ Mattoso 1981, p. 194-195.
- ↑ GEPB 1935-57.
- ↑ a b GEPB 1935-57, p. 221, vol.35.
- ↑ a b GEPB 1935-57, p. 335, vol.29.
- ↑ Reis 1934.
Bibliografia
editar- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira - 50 vols. , Vários, Editorial Enciclopédia, Lisboa. vol. 16-pg. 887.
- Mattoso, José (1994). A Nobreza Medieval Portuguesa - A Família e o Poder. Lisboa: Editorial Estampa. ISBN 972-33-0993-9
- Reis, Baltasar dos (1934). Livro da fundação do Mosteiro de Salzedas. Lisboa: Imprensa Nacional de Lisboa
- D. António Caetano de Sousa, História Genealógica da Casa Real Portuguesa, Atlântida-Livraria Editora, Lda, 2ª Edição, Coimbra, 1946, Tomo XII-P-pg. 147
- Mattoso, José (1985). Identificação de um País. I. Lisboa: Editorial Estampa
- Oliveira, António Resende de (2001). O trovador galego-português e o seu mundo. I. Lisboa: Editorial Notícias. ISBN 972-46-1286-4
- Sottomayor-Pizarro, José Augusto (1997). Linhagens Medievais Portuguesas: Genealogias e Estratégias (1279-1325). I. Porto: Universidade do Porto
- Manuel José da Costa Felgueiras Gayo, Nobiliário das Famílias de Portugal, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989. vol. X-pg. 322 (Sousas).
- Ventura, Leontina (1992). A nobreza de corte de Afonso III. II. Coimbra: Universidade de Coimbra
Bermudo Soares de Ribadouro Casa de Riba Douro | ||
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Herança familiar | ||
Precedido por Soeiro Viegas |
Senhor de Caria Senhor de Fontelo Senhor de Vila Cova 1189-1191 |
Sucedido por Lourenço Soares |