Bernardo Sayão (político)

político e engenheiro agrônomo brasileiro. 3º vice-governador de Goiás

Bernardo Sayão Carvalho Araújo[2] (Rio de Janeiro, 18 de junho de 1901Imperatriz, 15 de janeiro de 1959) foi um engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura e político brasileiro.[3][4][5]

Bernardo Sayão Carvalho Araújo
Bernardo Sayão (político)
Bernardo Sayão na década de 1950.
3.º Vice-governador de Goiás
Período 31 de janeiro de 1955-31 de janeiro de 1959
Antecessor(a) Jonas Ferreira Alves Duarte[a]
Sucessor(a) João de Abreu
Governador interino de Goiás
Período 31 de janeiro de 1955 - 12 de março de 1955[b]
Antecessor(a) Jonas Ferreira Alves Duarte
Sucessor(a) José Ludovico de Almeida
Dados pessoais
Nascimento 18 de junho de 1901
Rio de Janeiro, RJ
Morte 15 de janeiro de 1959 (57 anos)
Brasília, DF[1]
Cônjuge Lygia Mendes Pimentel
Partido PSD
Profissão Engenheiro Agrônomo

Formado em 1923 na Escola Superior de Agronomia e Medicina Veterinária de Belo Horizonte, teve como principal projeto o desenvolvimento da região central do Brasil. Também era conhecido por nomes como "Pau Para Toda Obra, Sayão do Povo, Gigante do Oeste, Capitão Desbravador, Bandeirante Moderno e Chefe", entre muitos outros, dados por amigos e por todos os candangos que com ele desbravaram o oeste Brasileiro. Bernardo Sayão, trabalhou em estradas nas matas selvagens de Goiás.

Em Goiás

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Fundou a "CANG" Colônia Agrícola Nacional de Goiás, na Marcha para o Oeste de Getúlio Vargas deu origem à cidade de Ceres. Em razão do bem-sucedido trabalho lá realizado, em 1954, foi eleito vice-governador de Goiás, chegando a governar o estado interinamente por um mês e meio, de 31 de janeiro a 12 de março de 1955.[6]

NOVACAP

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Em setembro de 1956, tornou-se um dos diretores da NOVACAP, sendo Israel Pinheiro o presidente, além de Ernesto Silva e Íris Meinberg. Nessa condição contribuiu significativamente, com sua liderança e carisma, para a credibilidade e início das obras de construção de Brasília.

 
O presidente do Brasil, JK, ajudando a carregar a urna funerária de Bernardo Sayão

Construção da Belém-Brasília

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Em 1958, Juscelino Kubitschek lhe encarrega a construção do trecho norte da Transbrasiliana (a Belém-Brasília), acompanhando pessoalmente as obras. Mas, no início de janeiro de 1959, durante os trabalhos de abertura da mata, uma árvore é derrubada de forma equivocada e atinge o barracão onde se encontrava Sayão, que morre no mesmo dia. A localização do acampamento ficava dentro do município paraense de Ulianópolis, nas proximidades da Vila Ligação, do município também paraense de Dom Eliseu.[7] Ele foi 1 dos primeiros corpos que foi sepultado no cemitério campo da esperança na nova capital do Brasil.

Homenagens

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Bernardo Sayão dá nome a um município brasileiro no estado do Tocantins, além de ser homenageado por vários municípios às margens da Belém-Brasília, onde batizaram com seu nome diversas praças, avenidas e ruas. Cidades como Gurupi, Paraíso do Tocantins, Guaraí, Colinas do Tocantins, Araguaína, Miranorte, Barrolândia, Bernardo Sayão, Goiânia, Rialma, Ceres, Inhumas, Nova Glória, Imperatriz, Açailândia e Belém possuem algumas homenagens a Sayão. Ele também tem seu nome recordado ao dar nome a um setor (bairro) na cidade goiana de Ceres e no Distrito Federal chamado SIBS (Setor de Indústria Bernardo Sayão), onde existem vários prédios com empresas de diversos segmentos, principalmente gráficas. Esse setor fica próximo à cidade-satélite de Núcleo Bandeirante.

Ainda no Distrito Federal, foi criado, no dia 10 de outubro de 2002, por decreto do então governador Joaquim Roriz, o Parque Ecológico Bernardo Sayão, localizado entre o Jardim Botânico e o Lago Sul, na altura das QIs 27 e 29, em Brasília.[8]

Um dos mais tradicionais Grupos Escoteiros de Brasília leva o nome de Bernardo Sayão, o Grupo Escoteiro Bernardo Sayão (GEBS 14/DF).

Há, ainda, na cidade Anápolis, outro grupo escoteiro que também leva o seu nome, sendo um dos mais antigos do estado de Goiás, com sua fundação em 9 de setembro de 1961 - Grupo Escoteiro Bernardo Sayão (GEBS 2/GO).

Centro Acadêmico

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Em 1969, os alunos da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Estadual de Campinas, Unicamp, fundaram seu Centro Acadêmico com o nome do Engenheiro. O CABS - Centro Acadêmico Bernardo Sayão, tem a função de integrar os estudantes, auxiliando-os em atividades acadêmicas, cívicas e recreativas, oferecendo cursos de línguas, promovendo eventos educativos como palestras, torneios esportivos, mostras de cinema e debates sobre temas sociais, além de cursos livres de tecnologia.[9]

Notas e referências

Notas

  1. O cargo estava vago desde 1º de julho de 1954, pois Pedro Ludovico Teixeira renunciou para disputar uma vaga no Senado Federal do Brasil.
  2. José Ludovico de Almeida, titular da governadoria, teve de aguardar a contagem dos votos, devido problemas nas urnas eleitorais, ficando afastado na data de posse até 12 de março de 1955. O cargo foi exercido pelo vice, Bernardo Sayão, pois seus votos já haviam sido validados.

Referências

  1. Antonio Callado (6 de fevereiro de 1959). «Vida e morte do bandeirante». Revista Visão. Consultado em 10 de janeiro de 2017 
  2. Pela grafia arcaica, Bernardo Sayão Carvalho Araujo.
  3. «Bernardo Sayão Carvalho Araújo». A História de Brasília, InfoBrasilia. Consultado em 25 de dezembro de 2013 
  4. «Bernardo Saião». Museu Virtual de Brasília 
  5. «O papel dos vice-governadores na história administrativa de Goiás». Jornal Opção. 21 de junho de 2023. Consultado em 19 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 19 de novembro de 2023 
  6. «Dossie Goiás, Relação de Governadores». Goiasnet. Consultado em 24 dezembro de 2013 
  7. «Bernardo Sayão». Museu Virtual de Brasília. Consultado em 25 de dezembro de 2013 
  8. «Parque do Rasgado, bênção verde para Brasília». www.folhadomeio.com.br. Consultado em 27 de agosto de 2017 
  9. «História - Centro Acadêmico Bernardo Sayão». Consultado em 3 de novembro de 2016 

Referências

Precedido por
Jonas Ferreira Alves Duarte
Governador de Goiás
1955
Sucedido por
José Ludovico de Almeida