O Boeing Starliner (ou CST-100[a]) é uma nave espacial em forma de cápsula espacial projetada para transportar tripulação para a Estação Espacial Internacional e outros destinos de órbita terrestre baixa.[1] Desenvolvido pela Boeing sob o Programa de Tripulações Comerciais da NASA, consiste em uma cápsula de tripulação reutilizável e um módulo de serviço descartável.[2]

Starliner 2 se aproximando da Estação Espacial Internacional em maio de 2022.

Um pouco maior que o Módulo de Comando e Serviço Apollo ou a Crew Dragon, mas menor que a cápsula Orion, a Starliner pode acomodar uma tripulação de até sete, embora a NASA planeje voar no máximo com quatro. Ela pode permanecer atracada na Estação Espacial Internacional por até sete meses e é lançado em um veículo Atlas V N22 do Complexo de lançamento espacial 41 de Cabo Canaveral, na Flórida.

Em 2014, a NASA assinou com a Boeing um contrato de preço fixo de US$ 4,2 bilhões para construir a Starliner, enquanto a SpaceX recebeu US$ 2,6 bilhões para desenvolver o Crew Dragon. Em outubro de 2024, o esforço da Boeing excedeu seu orçamento em pelo menos US$ 1,85 bilhão.

Originalmente planejado para estar operacional em 2017, a Starliner foi repetidamente atrasado por problemas de gerenciamento e engenharia. O primeiro teste de voo orbital não tripulado em dezembro de 2019 foi considerado um fracasso parcial, levando a um segundo teste de voo orbital em maio de 2022. Durante o teste de voo da tripulação, lançado em junho de 2024, os propulsores da Starliner apresentaram mau funcionamento na aproximação como a Estação Espacial Internacional e a NASA concluiu que era muito arriscado retornar seus astronautas de volta para a Terra a bordo da espaçonave, que pousou sem tripulação em setembro de 2024.[3]

A Starliner custa mais por voo do que a Crew Dragon, gerando críticas do inspetor geral da NASA e de outros observadores.

Características

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É semelhante a Orion, uma espaçonave construído pela Lockheed Martin para a NASA.[4] A cápsula tem um diâmetro de 4,56 metros,[5] que é um pouco maior do que o módulo de comando da Apollo e menor do que o da cápsula Orion.[6] A Starliner pode transportar equipes maiores, com até sete pessoas.[7] A Starliner é projetada para ser capaz de permanecer em órbita por até sete meses para ser reutilizada por até dez missões.[7] Também é compatível com vários veículos de lançamento, incluindo o Atlas V, Delta IV, e Falcon 9.[7][8] O veículo de lançamento inicial é cotado para ser o Atlas V.[9]

Ver também

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Notas e referências

Notas

  1. CST é uma sigla para Crew Space Transportation.

Referências

  1. «Orbital Complex Construction» (em inglês). Bigelow Aerospace. Consultado em 9 de outubro de 2014 
  2. «Boeing Submits Proposal for NASA Commercial Crew Transport System» (em inglês). Boeing. Consultado em 9 de outubro de 2014 
  3. «Sem astronautas, nave espacial Starliner da Boeing retorna à Terra». CNN Brasil. Consultado em 11 de novembro de 2024 
  4. «New Boeing Spaceship Targets Commercial Missions» (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2014 
  5. «Boeing CST-100: Commercial Crew Transportation System» (PDF) (em inglês). Boeing. Consultado em 9 de outubro de 2014 
  6. «Boeing space capsule could be operational by 2015» (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2014 
  7. a b c «Commercial Human Spaceflight Plan Unveiled» (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2014 
  8. «Commercial Crew and Cargo Program» (PDF) (em inglês). Consultado em 9 de outubro de 2014 
  9. «Boeing Selects Atlas V Rocket for Initial Commercial Crew Launches» (em inglês). Boeing. Consultado em 9 de outubro de 2014 

Ligações externas

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