Piolho-da-cerejeira-brava
O piolho-da-cerejeira-brava,[1] Rhopalosiphum padi, também designado por outros nomes científicos, é uma espécie de afídio. As formas adultas são ápteras, de forma globosa e de cor verde-escura, com antenas divididas em três segmentos e sifúnculos curtos.
Piolho-da-cerejeira-brava | |||||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||
Rhopalosiphum padi Lineu |
Espécie polífaga, alimenta-se de várias plantas, sendo o azereiro-dos-danados (Prunus padus) o seu hospedeiro primário. As gramíneas, como o milho, cevada, aveia e trigo constituem os seus possíveis hospedeiros secundários. Os ovos são postos sobre o azereiro-dos-danados, desenvolvendo-se e alimentando-se aí a fêmea fundadora e 2 a 3 gerações de fundatrigéneas, o que causa danos nas folhas jovens, que ficam com aspecto enrugado. As fundatrigéneas aladas migram para as gramíneas, principalmente para o milho, ocupando em primeiro lugar o espaço entre o caule e o limbo das folhas, na casca ou na página inferior das folhas. Começam a fazer esta migração logo em Junho, mas começam a fazer migrações mais numerosas entre setembro e novembro, quando as condições climáticas diminuem a possibilidade de serem atacados por micoses e predadores de afídios. Depois de o milho ganhar flor, os afídios movem-se para as panículas e nas espigas. Terminado o ciclo de desenvolvimento do milho, movem-se para os cereais de inverno. No outono, com a diminuição do fotoperíodo, aparecem nas gramíneas as ginóparas (fêmeas) aladas e os machos, também alados, que voltam para o hospedeiro primário. Aí, as ginóparas dão origem a fêmeas ovíparas.[1]
Estudos feitos sobre populações criados em azereiro-dos-danados mostram que se formam espécimes migrantes, alados, no caso de existir subnutrição (isto é, se a planta deixa de produzir seiva em abundância) ou no caso de excesso de indivíduos na população de afídios em causa.[2][3]
Em regiões onde existem culturas intensivas de cereais, estes afídios passam a apresentar um ciclo de vida anolocíclico, isto é, sem necessidade que procedam à reprodução sexuada nos hospedeiros primários.[1]
Danos na cultura dos cereais
editarEntre os estragos que podem causar nas culturas de cereais verifica-se o enrolamento em espiral das folhas dos mesmos, sendo o milho e culturas de verão as mais afectadas e a transmissão de vírus, como o vírus-do-nanismo-amarelo-da-cevada.[1]
Sinonímia
editarEsta espécie é ainda conhecida pelos seguintes nomes científicos [4]:
- Anuraphis padi auct. nec. L.
- Anuraphis prunina (Walker, 1848)
- Aphis fitchii Sanderson 1902
- Aphis padi Linnaeus, 1758
- Aphis prunifoliae (Fitch, 1855) partim.
- Aphis prunina Walker, 1848
- Brachycaudus padi auct. nec. L.
- Brachycaudus pruni (Koch, 1854)
- Rhopalosiphum fitchii auct. nec. Fitch
- Rhopalosiphum prunifoliae (Fitch)
- Siphonaphis padi (Linnaeus)
- Siphonaphis prunifoliae
- Aphis avenae Fabricius
- Rhopalosiphon padi (L.)
- Aphis annuae Oestlund, 1886
- Aphis avenae-sativae Shrank, 1801
- Aphis holci Ferrari, 1872
- Rhopalosiphum padi americanum Mordvilko, 1921
- Aphis pseudoavenae Patch, 1917
- Aphis tritici Lawson, 1866
- Aphis africana Theobald, 1926
- Siphocoryne acericola Matsumura, 1917
- Siphocoryne faxinicola Matsumura, 1917
- Siphocoryne donarium Matsumura, 1918
- Aphis uwamizusakurae Monz., 1929
Referências bibliográficas
editar- ↑ a b c d «Rhopalosiphum padi (L.)». INRA. Consultado em 3 de julho de 2009
- ↑ Shiyomi, Masae. «SpringerLink - Journal Article». www.springerlink.com. Consultado em 3 de julho de 2009
- ↑ Dixon, A. F. G. «Wiley InterScience:: JOURNALS:: Annals of Applied Biology». www3.interscience.wiley.com. Consultado em 3 de julho de 2009[ligação inativa]
- ↑ «Rhopalosiphum padi». www.cabicompendium.org. Consultado em 3 de julho de 2009