BTEX é um acrônimo que dá nome ao grupo de compostos formado pelos hidrocarbonetos: benzeno, tolueno, etil-benzeno e os xilenos (o-xileno, m-xileno e p-xileno).[1][2] Sendo um acrônimo, é formado pelas letras iniciais dos hidrocarbonetos citados.

Estes compostos são alguns dos compostos orgânicos voláteis (VOCs, do inglês volatile organic compound) encontrados nos derivados de petróleo tais como a gasolina. Tolueno, etilbenzeno, e xilenos tem efeitos nocivos sobre o sistema nervoso central.[3] O benzeno apresenta metabólitos no organismo humano que levam ao câncer.[4][5][6]

Compostos BTEX são notórios devido à contaminação de solo e água subterrânea com estes compostos. Isto ocorre tipicamente próximo a sítios de produção de petróleo e gás natural, postos de combustível e outras áreas com tanques de estocagem subterrâneos (USTs, do inglês Underground Storage Tanks) ou tanques de estocagem acima do solo (ASTs, do inglês Above-ground Storage Tanks) contendo gasolina ou outros produtos relacionados a petróleo.[7][8][9]

A quantidade de 'BTEX Total', a soma das concentrações de cada um dos constituintes de BTEX, é algumas vezes usada para auxiliar na avaliação do risco relativo ou seriedade em locais contaminados e a necessidade de remediação de tais sítios.[10] Naftaleno pode também ser incluído na análise de BTEX Total resultando em dados referenciados como BTEXN.[11] Da mesma maneira, estireno é algumas vezes adicionado, tornando-o BTEXS.[12]

Referências

  1. «BTEX Definition Page» (em inglês). USGS. 14 de dezembro de 2006 
  2. Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR). 2004. Interaction Profile for Benzene, Toluene, Ethylbenzene and Xylene (BTEX). U.S. Department of Health and Human Services, Public Health Service.
  3. Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR). 2007. Toxicological profile for ethylbenzene. U.S. Department of Health and Human Services, Public Health Service. Maryland Department of the Environment (MDE). 2007.
  4. Huff J (2007). «Benzene-induced cancers: abridged history and occupational health impact». Int J Occup Environ Health. 13 (2): 213–21. PMID 17718179 
  5. Rana SV; Verma Y (abril de 2005). «Biochemical toxicity of benzene». J Environ Biol. 26 (2): 157–68. PMID 16161967 
  6. Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR). 1997. Toxicological profile for benzene. U.S. Department of Health and Human Services, Public Health Service.
  7. CORSEUIL, H.X., MARINS, M. D.M. Efeitos causados pela mistura de gasolina e álcool em contaminações de águas subterrâneas. Bol. téc. PETROBRAS, v.41, n.3/4, p.133-138, 1998.
  8. CORSEUIL, H.X., MARINS, M. D.M. Contaminação de Águas Subterrâneas por Derramamentos de Gasolina: o problema é grave? Rev. Engen. Sanitária e Ambiental, v.2, n.2, p.50-54, 1997.
  9. Flavia do Vale Brito,; et al. (outubro de 2005). «Estudo da Contaminação de Águas Subterrâneas por BTEX oriundas de postos de distribuição no Brasil» (PDF). 3º Congresso Brasileiro de P&D em Petróleo e Gás; Salvador, Bahia. Portalabpg.org.br 
  10. TIBURTIUS,E.R.L., PERALTA-ZAMORA, P. P, LEAL, E.S Contaminação de águas por BTXS e processos utilizados na remediação de sítios contaminados. Quim. Nova, v. 27, n.3, p. 441-446, 2004.
  11. «Contaminated soil '98: proceedings of the Sixth International FZK/TNO Conference on Contaminated Soil». 17-21 de maio de 1998, Edinburgh, UK (em inglês). Books.google.com.br 
  12. «In situ and on-site bioremediation: papers from the Fourth International In Situ and On-Site Bioremediation Symposium». New Orleans, 28 de abril- 1 de maio de 1997 (em inglês). Books.google.com.br 

Ligações externas

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