Célula de Sertoli

A célula de Sertoli é uma célula somática de grandes dimensões do interior do testículo, relacionada com diversas células germinativas no túbulo seminífero. Tem funções no controle da maturação e da migração das células germinativas; síntese de proteínas e esteroides estão envolvidas no controle da passagem das secreções entre compartimentos tubulares e intersticiais e formam a barreira hemato-testicular.[1]

Célula de Sertoli

Epitélio germinativo do testículo.
1: lâmina basal
2: espermatogônia
3: espermatócito primário
4: espermatócito secundário
5: espermátide
6: espermátide madura
7: célula de Sertoli
8: Junção de oclusão (barreira hemato-testicular)

Secção histológica do parênquima testicular de um javali.
1 Lumen of Tubulus seminiferus contortus
2 espermátide
3 espermatócitos
4 espermatogônia
5 célula de Sertoli
6 Célula Mioide
7 Célula de Leydig
8 capilares
Identificadores
Gray pág.1243
MeSH Sertoli+Cells
Célula de Sertoli
Célula de Sertoli
Subclasse de Célula sustentacular, célula mesotelial
Cell Ontology CL_0000216
MeSH D012708
Foundational Model of Anatomy 72298

Funções

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Tem diversas funções essenciais para o bom funcionamento do sistema reprodutor masculino como [2]:

  • Sustentação e proteção das células de linhagem espermatogênica;
  • Nutrição das células da linhagem espermatogênica[3];
  • Formação da barreira hemato-testicular;
  • Fagocitose de gametas danificados e restos celulares;
  • Secreção de um meio rico em frutose, que nutre e facilita o transporte dos espermatozóides até o interior dos ductos genitais;
  • Secreção da Proteína de Ligação com Andrógeno (ABP) aumentando a concentração de testosterona nos túbulos seminíferos;
  • Secreção dos hormônios inibina após a puberdade (inibindo a secreção de FSH);
  • Secreção do hormônio anti-mulleriano (AMH) durante a diferenciação sexual do embrião na sexta semana de gestação.

Por ter tantas funções importantes é utilizada como parâmetro para avaliação da eficiência da espermatogênese.[1]

Sua atividade é regulada pelo Hormônio folículo estimulante (FSH) produzido pela glândula pituitária.[2]

Referências

  1. a b http://www.pubvet.com.br/artigos_det.asp?artigo=737
  2. a b http://www.embryology.ch/anglais/ugenital/molec06.html
  3. Rato, Luís; Marco G. Alves, Sílvia Socorro, Ana I. Duarte, José E. Cavaco & Pedro F. Oliveira (junho de 2012). «Metabolic regulation is important for spermatogenesis». Nature Reviews Urology. 9: 330-338. doi:10.1038/nrurol.2012.77