César Moreira Baptista
César Henrique Moreira Baptista GOC • GCC • ComSE • GOIH • GCIH • OIP (Espinho, 14 de Março de 1915 — 1982) foi um advogado, professor de Economia e político português durante o período do Estado Novo.
César Moreira Baptista | |
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Nascimento | 14 de março de 1915 Espinho |
Morte | 1982 |
Cidadania | Portugal |
Ocupação | político |
Distinções |
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Era o ministro do Interior, aquando do 25 de Abril.[1]
Biografia
editarCésar Henrique Moreira Baptista nasceu a 14 de Março de 1915, em Espinho, no distrito de Aveiro.[2]
Formado em Direito, foi advogado e professor de Economia no Instituto Comercial de Lisboa.[2]
Dentro da União Nacional, Moreira Baptista foi presidente da Comissão Concelhia de Cascais, vogal da Comissão Distrital de Lisboa e vogal, em 1957, da Comissão Executiva.[2]
Entre 1953 e 1957 foi Presidente da Câmara Municipal de Sintra.[2]
Moreira Baptista foi deputado à Assembleia Nacional durante uma legislatura, a VII que decorreu entre 1957 e 1961.[2]
Substituiu José Manuel da Costa à frente do Secretariado Nacional de Informação (SNI), a 1 de Fevereiro de 1958, com o beneplácito de Marcelo Caetano, que a elevaria[3] o SNI, a 16 de Outubro de 1968, à categoria de Secretaria de Estado da Informação e Turismo (SEIT).
Durante o período que esteve à frente desta secretaria de Estado, César Moreira Baptista afastou-a da orientação de promoção da cultura de António Ferro, incluindo da cultura popular/folclórica, para um serviço mais vocacionado para a promoção do país, e consequentemente do regime, em moldes mais modernos, e integrados na linha dos organismos de promoção turística, como forma de suavizar a imagem externa do regime.
Durante este período César Moreira Baptista foi um elemento fundamental, juntamente com Ramiro Valadão para a instrumentalização da RTP, que deixa de ser um serviço passivo de relato dos acontecimentos pelo ponto de vista do regime, para se tornar efectivamente numa ferramenta de propaganda, proactivo a favor do Governo.
Quando Marcelo Caetano sobiu ao poder, chamou-o para subsecretário de Estado da Presidência do Conselho e, mais tarde, a 7 de Novembro de 1973, nomeou-o para ministro do Interior, funções que desempenhava em 25 de Abril de 1974.
Nesse dia é um dos únicos dois ministros que acompanham o presidente do Conselho no Quartel do Carmo, e o segue ao Funchal. No regresso será preso, mas é libertado uns meses depois.
Durante a sua carreira, Moreira Baptista foi ainda director da FNAT, (actual Fundação INATEL) e director da Caixa de Previdência dos Organismos Económicos.[2]
César Henrique Moreira Baptista faleceu no ano de 1982.[2]
Condecorações
editarA 10 de Junho de 1948 foi feito Oficial da Ordem da Instrução Pública.[4]
A 19 de Julho de 1961 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, a 16 de Fevereiro de 1967 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo e a 29 de Março de 1968 foi feito Comendador da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.[4]
É elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo a 20 de Outubro de 1971 e a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique a 21 de Junho de 1972[4]
Referências
- ↑ Mello, Manuel José Homem (11 de junho de 2008). Artigo de opinião. «À beira do precipício…». Águeda. Soberania do Povo. Consultado em 19 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 22 de fevereiro de 2014
- ↑ a b c d e f g Castilho, J. M. Tavares (2009). «Biografia e carreira parlamentar de César Henrique Moreira Baptista» (PDF). Os Deputados à Assembleia Nacional (1935-1974). Assembleia da República Portuguesa. Consultado em 4 de janeiro de 2013
- ↑ «Arquivo & Biblioteca: Cronologia». Fundação Mário Soares. Consultado em 19 de dezembro de 2012
- ↑ a b c «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "César Moreira Baptista". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 5 de janeiro de 2013
Ligações externas
editar- «Biografia e resumo das Intervenções parlamentares na Assembleia Nacional.» (PDF). por Castilho, J. M. Tavares (2009) no sítio oficial da Assembleia da República Portuguesa.