Cadão Volpato
Cadão Volpato (São Paulo, 28 de dezembro de 1956) é um jornalista, músico, escritor, ilustrador e apresentador brasileiro. É formado em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e em ciências sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).
Carlos Adão Volpato | |
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Cadão Volpato na Itália | |
Nome completo | Cadão Volpato |
Nascimento | 28 de dezembro de 1956 (67 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | jornalista, apresentador de televisão, músico, escritor e ilustrador |
Trabalhos notáveis | Metrópolis, Fellini, Funziona Senza Vapore, Metrópolis, Folha de S.Paulo, Estado de São Paulo |
Participou do movimento estudantil[1], foi trotskista e, graças à proximidade com os surrealistas do período, terminou os anos 70 no interior de um dragão chinês, naquela que foi das mais conhecidas intervenções urbanas da cidade, o Evento Fim de Década, ocorrido na Praça da Sé em dezembro de 1979. Encarnou o cineasta Jean-Luc Godard em evento da FAU-USP, criado por artistas argentinos e brasileiros em outra famosa intervenção do período (1981) e foi comparsa da ópera Carmen, de Bizet, no Teatro Municipal de São Paulo (1978).
Jornalismo
editarTrabalhou em diversos jornais e revistas do Brasil:
- O Estado de S. Paulo, Caderno 2: de cinema (1991-1992)
- Folha de S. Paulo: editor do caderno de Turismo (1988)
- Veja: crítico de cinema e repórter na editoria de Artes e Espetáculos (1987-1988); editor de especiais de verão (2002)
- Época: editor de Cultura (1998-2002)
- Trip: diretor de redação de diversas revistas: Gol, Pão de Açúcar, Natura, Audi e Revista Izzo, participando da criação de todas elas (2003-2006)
- Interview: editor (1995-1996)
- Revista SET, de cinema e vídeo: editor (1988-1991/ 1995)
- Capricho: redator-chefe (1997)
Escreve regularmente artigos para a Folha de S. Paulo, Revista Piauí, Revistas Vogue e RG, Bravo!, Jornal Valor Econômico (Caderno EU) e Guia da Folha.[2]
Literatura
editarTem quatro livros de ficção publicados pela editora Iluminuras (1995-2005). O último, Relógio sem Sol (2009), foi selecionado pelo Programa Petrobras Cultural.[3]
Seu primeiro romance, Pessoas que Passam Pelos Sonhos, sai em 2012 pela Editora Babel Brasil. Seu livro infantil Meu Filho, Meu Besouro (Cosac Naify, 2011, também ilustrado por ele) [4] o levou à edição comemorativa de dez anos da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) também em 2012.[5]
Participou das coletâneas Anos 90: Manuscritos de Computador (Boitempo, 1999) e Essa História Está Diferente (sobre músicas de Chico Buarque, Companhia das Letras, 2010).[6] Escreve para revistas e sites de literatura (Piauí, Inimigo Rumor, Ficções, Cronópios). Tem um roteiro original de cinema, Cada Árvore da Cidade tem a sua Xerazade.
Em 2024, lançou o romance Abaixo a Ditadura (Editora Faria e Silva, 2024), em que explora a memória da Libelu e da militância trotskita no contexto da Ditadura militar dentro da USP.[7]
Televisão
editarComandou o programa Metrópolis, da TV Cultura (1991-1994 e novamente em 2010-2012) e o programa Trampolim, da STV (2000-2005) [8]. Apresentou especiais sobre cinema e entrevistas de cultura (Chico Buarque) e esporte (Gabriela Sabatini) para a TV Bravo (1995). Foi locutor na programação da TVA (1991-1992).
Música
editarÉ letrista, cantor e guitarrista. Com Thomas Pappon, fundou o Fellini, uma banda cultuada do pós-punk brasileiro, que durou de 1984 a 1990, lançando seis discos: O Adeus de Fellini (85) [9], Fellini Só Vive Duas Vezes (86), Três Lugares Diferentes (87), Amor Louco (89) e os temporões Amanhã É Tarde (2002) e Você Nem Imagina (2010). Também criou o Funziona Senza Vapore em 1991, que lançou um disco homônimo dez anos depois (dessas gravações saiu a faixa Criança de Domingo, gravado por Chico Science em seu último disco, Afrociberdelia). E lançou um disco solo em 2005, Tudo Que Eu Quero Dizer Tem que Ser no Ouvido, inteiramente composto e tocado por ele.[10]
Além de Chico Science, suas composições foram gravadas por DJ Dolores e Stela Campos, entre outros. O Fellini foi homenageado na edição de 2003 do Tim Festival, com uma apresentação no palco principal.
Em seu disco de 2016, Tropix, a cantora Céu regravou a música Chico Buarque Song, originalmente do álbum Amor Louco (1989).
Ilustrações
editarSeus desenhos foram publicados nos livros Um Balde e Vidró (Massao Ohno Editor), nas revistas Lugar, Homem Vogue, Charlô e em todas as capas dos discos de seus projetos musicais.
Ver também
editarReferências
- ↑ «Nós que nem roubávamos tanto». Revista Piauí. Consultado em 3 de setembro de 2012
- ↑ «A História da Transformação do Rock». CastTV. Consultado em 1 de setembro de 2012
- ↑ «Programa Petrobrás Cultural». Petrobrás. Consultado em 26 de agosto de 2012
- ↑ «Cadão Volpato, poeta e ilustrador». Publishnews. Consultado em 1 de setembro de 2012
- ↑ «Meu Filho, Meu Besouro». Ed. Cosac Naify. Consultado em 28 de agosto de 2012
- ↑ «Geração 90: manuscritos de computador». Boi Tempo. Consultado em 28 de agosto de 2012
- ↑ André Barcinski (9 de fevereiro de 2024). «Cadão Volpato mescla fato e ficção ao revisitar tempos de militância na Libelu». Folha de S.Paulo. Consultado em 11 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 10 de fevereiro de 2024
- ↑ «Trampolim na STV». Sesc SP. Consultado em 29 de agosto de 2012
- ↑ «Mais um adeus de Fellini». Revista Trip. Consultado em 30 de agosto de 2012
- ↑ «Disco Funziona Sensa Vapore». Clique Music UOL. Consultado em 29 de agosto de 2012