Café colonial
O café colonial é uma refeição típica da culinária brasileira, que recebeu influências europeias. A refeição é proveniente principalmente das cidades de origem germânica e eslava, dos três estados do Sul do Brasil, sendo que cada estado tem sua característica específica da culinária.[1]
Parte de um café colonial servido em uma confeitaria alemã em Witmarsum, no Paraná. | |
Categoria | prato principal |
País | Brasil |
Receitas: Café colonial Multimédia: Café colonial |
Distribuição geográfica
editarEm todo o Sul o chamado "café colonial" recebeu influências das tradições dos povos que ajudaram a colonizar a região. Povos germânicos como alemães, alemães do Volga, bucovinos, austríacos, luxemburgueses, belgas, suíços, holandeses, suábios, bessarábios. Povos eslavos como poloneses, ucranianos, rutenos, silesianos, bielorrussos, russos. E até mesmo influências dos povos ítalos e iberos.
Em Santa Catarina, das serras ao litoral é possível encontrar o café colonial, não apenas em Joinville e Blumenau, mas em quase todas as cidades do estado, mesmo nas que não tiveram colonização germânica.[carece de fontes] Alguns exemplos: Anitápolis, Santa Rosa de Lima, Grão-Pará.[2] Em Santa Catarina, mais especificamente no Vale do Itajaí onde a cultura alemã é predominante nas cidades de Blumenau, Pomerode, Brusque, Jaraguá do Sul, Timbó, Indaial e Rio do Sul, possuem os tradicionais Cafés Coloniais se destacando o de Blumenau com o Cafehaus Glória.[carece de fontes]
No Rio Grande do Sul também há a colonização alemã, e cidades como Gramado, Canela, Nova Petrópolis, Igrejinha e Santa Cruz do Sul, tem no cardápio pratos desta culinária.[3][4][5][6]
No Paraná o café colonial é comum em praticamente em todas as regiões do estado, como em Curitiba e região metropolitana, Campos Gerais, Centro-Sul, Norte e Oeste. Além da influência germânica e holandesa,[7][8][9] a influência eslava (polonesa, ucraniana e russa) pode ser mais sentida.[1]
Característica e composição
editarApesar do nome, o café colonial é uma refeição que não tem a finalidade exclusiva de ser um café da manhã (desjejum), podendo, ao contrário, ser degustado a qualquer momento do dia. A maioria dos produtos são produzidos artesanalmente.
Constitui-se de uma mesa farta composta de massas, como pães variados, principalmente pães caseiros, podendo ser do tipo sovado, francês, de queijo, integral, broa, focaccia, brioche, e pães doces como o chineque. Uma variedade de tortas e bolos, como cuca, bolo de milho e rosca de polvilho.[1] Além de alimentos como manteiga, chimia, queijos, presunto, embutidos, salsicha wiener, salsicha bock, carne de porco, bolachas e biscoitos, keschmier e mel, entre outros.[1] Acompanhados de bebidas como leite, café, chocolate quente e até mesmo vinho.
Noutras regiões brasileiras, especialmente nas rurais, a composição do chamado café colonial pode variar, nunca perdendo, todavia, o sentido de lanche bem farto e nutritivo. Tem como horários ás 06:00 ás 07:00 pra início do mesmo.
Galeria
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Prato de vina, típica salsicha tipo vienense proveniente da cultura germânica, em Curitiba.
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Xícara de café servido com rosquinhas espanholas.
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Bockwurst, salsicha tradicional da cultura germânica que integra o café colonial.
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Salame cracóvia, típico embutido do Paraná que integra os cafés coloniais.
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Queijo de colônia, tipo de queijo produzido na área serrana do Sul do Brasil.
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Mesa com produtos de origem italiana em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.
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Estabelecimento de café colonial em estilo holandês em Carambeí, no Paraná.
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Estabelecimento de café colonial em estilo suábio em Guarapuava, no Paraná.
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Estabelecimento de café colonial em estilo alemão em Palmeira, no Paraná.
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Estabelecimento de café colonial em Ponta Grossa, no Paraná.
Referências
- ↑ a b c d «Cadernos - Paraná da Gente nº1 - Pratos Típicos Paranenses» (PDF). Secretaria de Estado de Cultura. 2004. Consultado em 7 de janeiro de 2020
- ↑ Acolhida.com.br - acessado em 19 de agosto de 2008
- ↑ Jornal Hoje - 28 de agosto de 2006 - acessado em 19 de fevereiro de 2008
- ↑ História do café colonial - acessado em 03 de dezembro de 2022
- ↑ Hoje em dia.com.br - acessado em 19 de fevereiro de 2008
- ↑ Veja São Paulo - acessado em 19 de feveriro de 2008
- ↑ Maria Gizele da Silva. (3 de agosto de 2014). «Sossego e água fresca». Gazeta do Povo. Consultado em 7 de janeiro de 2020
- ↑ «Gastronomia de propriedades rurais de Ponta Grossa encanta turistas». G1. 27 de novembro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2020
- ↑ Michelle Pavoni (12 de novembro de 2016). «Área rural da região é rica em opções gastronômicas». Diário dos Campos. Consultado em 7 de janeiro de 2020