Campanha alemã em Angola

A Campanha de Cubango-Cunene, também chamada de Campanha alemã em Angola foi um dos teatros da Campanha do Sudoeste da África, na Primeira Guerra Mundial.

Campanha alemã em Angola
Teatro Aficano da Primeira Guerra Mundial

Tropas portuguesas europeias desembarcam em Angola
Data Outubro de 1914 - 9 de julho de 1915
Local Sul da África Ocidental Portuguesa
Desfecho Vitória portuguesa
  • Soberania portuguesa no sul da Angola restaurada
Beligerantes
Portugal Portugal Império Alemão
Comandantes
Portugal Alves Roçadas
Portugal Pereira d'Eça
Império Alemão Victor Franke
Império Alemão Joachim Heydebreck
Forças
12 000 soldados +2 000 soldados
Baixas
810 mortos
638 feridos
268 capturados ou desaparecidos
1 civil português-angolano morto
+16 mortos
30 feridos
Ao todo, 826 mortos

Antes da declaração oficial de guerra entre a Alemanha e Portugal (março de 1916), as tropas alemãs e portuguesas entraram em confronto várias vezes na fronteira entre o Sudoeste Africano Alemão e a Angola portuguesa. Os alemães venceram a maioria desses confrontos e foram capazes de ocupar a região de Humbe, no sul de Angola, até que o controle português fosse restaurado alguns dias antes da campanha britânica na África do Sul derrotar os alemães.

História

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Tropas portuguesas embarcam para Angola

De 1911 a julho de 1914, os impérios alemão e britânico negociaram secretamente o possível desmembramento de Angola portuguesa.[1] Nesse caso, a maior parte da terra ficaria nas mãos dos alemães. Angola-Bund, fundada em 1912, foi a organização alemã que promoveu a aquisição.[carece de fontes?]

Ainda antes do início da Primeira Guerra Mundial (setembro de 1914), o governo português havia enviado reforços para a fronteira sul de Angola. Após o início da guerra, a fronteira entre o Sudoeste Africano Alemão e Angola permaneceu aberta. Os alemães esperavam que eles pudessem fornecer comida e possivelmente até armas através dela. No entanto, o governo colonial português foi bastante hostil e tentou impedir todo o comércio possível. Alguns nacionais alemães em Angola foram internados.[carece de fontes?]

A campanha

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A campanha no sul de Angola teve lugar antes de um estado formal de guerra ter sido declarado entre a Alemanha e Portugal. Os confrontos ocorreram entre outubro de 1914 e julho de 1915; A Alemanha não declarou guerra a Portugal até 9 de março de 1916.[carece de fontes?]

Devido à possibilidade de um ataque do Sudoeste Africano Alemão, as forças portuguesas no sul de Angola foram reforçadas para uma expedição militar liderada pelo tenente-coronel Alves Roçadas, que chegou a Moçâmedes em 1 de outubro de 1914.[carece de fontes?]

Desde meados de 1914, houve vários incidentes entre as tropas portuguesas e alemãs. O primeiro grave foi o incidente de Naulila em 19 de outubro, no qual 3 oficiais alemães, liderando uma coluna militar que tinha entrado em Angola sem permissão das autoridades portuguesas, foram mortos pelas tropas portuguesas.[2] Em 31 de outubro, tropas alemãs armadas com metralhadoras lançaram um ataque surpresa contra o pequeno posto avançado português em Cuangar, matando dois oficiais, um sargento, cinco soldados e um civil.[3] O ataque ficou conhecido como o "Massacre do Cuangar".[carece de fontes?]

Em 18 de dezembro, ocorreu o maior choque da campanha. Uma força alemã de 2 000 homens sob o comando do major Victor Franke atacou as forças portuguesas posicionadas em Naulila. Após resistência obstinada, os portugueses foram forçados a retirar-se para a região de Humbe, com 69 soldados mortos, entre eles 3 oficiais, 76 feridos, entre eles 1 oficial e 79 prisioneiros, entre eles 3 oficiais, enquanto os alemães tinham 12 soldados mortos e 30 feridos, entre eles 10 oficiais.[3] Após a explosão de um Paiol na base Forte Roçadas, os portugueses também deixaram Humbe, recuando para o norte.[carece de fontes?]

Dois dias depois, as forças alemãs no Sudoeste Africano se renderam, encerrando a Campanha do Sudoeste da África.[carece de fontes?]

Até setembro de 1915, os portugueses continuaram lutando no sul de Angola contra grupos locais que resistiam à ocupação colonial e que em parte recebiam armas dos alemães.[4]

Notas

Referências

  1. The Anglo-German Negotiations over the Portuguese Colonies in Africa, 1911-14, J. D. Vincent-Smith, The Historical Journal, Vol. 17, No. 3 (Sep., 1974), pp. 620-629. JStor link
  2. Fraga, p.127
  3. a b Fraga, p.128
  4. René Pélissier, Les guerres grises: Résistance et revoltes en Angola (1845-1941), Montamets/Orgeval: Éditions Pélissier, 1977

Bibliografia

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  • Fraga, L. A. (2010). Do intervencionismo ao sidonismo: os dois segmentos da política de guerra na 1a República, 1916–1918. Coimbra: Universidade de Coimbra. ISBN 9789892600345 
  • Pélissier, R. (1977). Les guerres grises: Résistance et revoltes en Angola, 1845–1941. Montamets/Orgeval:: Éditions Pélissier. OCLC 4265731 
  • Historicus Africanus, "Naulila", Band II, Der 1. Weltkrieg in Deutsch-Südwestafrika 1914/15, Glanz & Gloria Verlag, Bernd Kroemer, Windhoek/Namibia 2012, ISBN 978-99916-872-3-0

Ligações externas

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