Capela de Nossa Senhora dos Mártires
A Capela de Nossa Senhora dos Mártires situa-se na freguesia de Santa Maria, no Município de Estremoz, Distrito de Évora, Portugal.[1][2]
Capela de Nossa Senhora dos Mártires (ábside gótica) | |
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Informações gerais | |
Estilo dominante | gótico, manuelino e rococó joanino |
Construção | séc. XIV |
Promotor | D. Fernando I e D. Nuno Alvares Pereira |
Aberto ao público | |
Estado de conservação | Bom |
Património de Portugal | |
Classificação | Monumento Nacional (Decreto n.º 8 228, DG n.º 133) |
Ano | 04-07-1922 |
DGPC | 70499 |
SIPA | 70499 |
Geografia | |
País | Portugal |
Localização | Santa Maria |
Coordenadas | 38° 49′ 49″ N, 7° 34′ 53″ O |
Geolocalização no mapa: Portugal Continental |
Edifício classificado em 1922 como Monumento Nacional,[3] encontra-se aberto ao público. Para visitar deverá solicitar-se a chave na porta em frente.[4]
História
editarOriginalmente esta capela teria sido uma basílica cristã de época tardo-romana.[5]
Iniciou-se, segundo as crónicas em 1371, por iniciativa de Dom Fernando I e terminou-o o Condestável Dom Nuno Álvares Pereira, senhor da Vila de Estremoz. A Ermida de N.ª S.ª dos Mártires teve anexa uma albergaria e um hospital, protegidos por D. Manuel I.
Em 1579, o Cardeal D. Henrique, primeiro arcebispo de Évora anexou-a à Santa Casa da Misericórdia de Estremoz, que ainda é a actual proprietária desta ermida.[2]
Em 1729 foi visitada por D. João V, tendo a Rainha D. Maria Ana de Austria oferecido a Nossa Senhora do Mártires um riquíssimo vestido bordado a ouro. Foi ampliada no reinado de Dom Manuel I, e reformada nos séculos XVII e XVIII.[6]
A capela foi profanada em 1912 e despojada das suas peças de Arte Sacra. Reabriu o culto em 1972. O conjunto foi restaurado em 1950, e em 1959 foi reerguido o cruzeiro barroco existente no adro.[1][6]
Características
editarA capela foi sucessivamente modificada do estilo gótico do tempo de D. Fernando e D. Nuno Álvares Pereira, ao coro-alto manuelino e ao rococó joanino (reinado de D. João V), por iniciativa do provedor Fernão de Mesquita Pimentel, falecido em 1744, que aqui se encontra sepultado.[1][6]
- 1938 - Restauro geral;
- 1959 - Reconstrução da cobertura do alpendre;
- 1966 - Reconstrução dos telhados e pavimentos. Limpeza de cantarias;
- 1987 - Reconstrução da cobertura e telhado, reparo de arquitrave, capitel e coluna;
- 1988 - Reconstrução da cobertura da nave.
Ver também
editarReferências bibliográficas
editar- CHAVES, Luís, Arqueologia Artística III - Siglas nos Edifícios Medievais de Estremoz, Lisboa, 1917;
- ESPANCA, Túlio, Distrito de Évora, Concelho de Estremoz, in Inventário Artístico de Portugal, VII, SNBA, Évora, 1975;
- CHICÓ, Mário Tavares, A Arquitectura Gótica em Portugal, 2ª ed., Lisboa, 1981.
Notas
- ↑ a b c IGESPAR, Ministério da Cultura de Portugal. «Ficha detalhada da Capela de Nossa Senhora dos Mártires». Consultado em 2 de março de 2011
- ↑ a b c SIPA - Sistema de Informação para o Património Arquitectónico. «Capela de Nossa Senhora dos Mártires (ábside gótica)». Consultado em 2 de março de 2011
- ↑ Decreto n.º 8 228, DG n.º 133, de 04-07-1922
- ↑ Estremoz Marca, pág. 7, Câmara Municipal de Estremoz, 2008.
- ↑ «Capela de Nossa Senhora dos Mártires - Cabeceira Gótica. Descrição na página oficial do Município de Estremoz». Consultado em 2 de março de 2011
- ↑ a b c MENDEIROS, José Filipe. Património religioso de Estremoz, pág. 91. Estremoz, 2001